A maconha deveria ser legalizada? Descriminalizada? Continuar tudo como está?

gmv bass escreveu:A criminalização da maconha passa em primeiro plano no viés racial e depois socioeconômico.Quando o pobre/favelado usa, é maconheiro / drogado.Quando o branco classe média usa é o "bon vivant". O estado escolheu o traficante da favela como inimigo ou bode expiatório de um sistema penal injusto, sobretudo com os mais pobres e negros, enquanto o "meritocatra" ricaço  que sonegou milhoes faz um acordo maroto e fica tudo bem.
Hoje, no Brasil, o vulgo  "cidadão de bem" é aquele que enche a cara de álcool(perto das crianças) no churrasco da família, dirige embriagado , bate na esposa e vai na missa no domingo enquanto demonizam o cara que fuma um baseado na quebrada, escondido.

NeyBass escreveu:Legalizando ou não, continuará sendo uma droga

Henri-Q escreveu:

NeyBass escreveu:Legalizando ou não, continuará sendo uma droga

É não, bobo... Colocaram esse apelido nesse trem por engano, uái.

Jãozeiro escreveu:Tomara que legalize um dia. Vai até poder ser vendido em drogaria.  Imagina que legal, ir comprar uma droga pra gripe, tipo um Apracur, e aproveita e leva uma maconhazinha ainda. Meu sonho. 

vinibassplayer escreveu:mas uma coisa é certa, seria um produto mto menos danoso do q bebida ou cigarro por exemplo.

allexcosta escreveu:

vinibassplayer escreveu:mas uma coisa é certa, seria um produto mto menos danoso do q bebida ou cigarro por exemplo.

Não só maconha, mas qualquer droga ilícita é muito menos danosa para a sociedade que álcool e tabaco. Não há nem como iniciar uma comparação.

Henri-Q escreveu:Nunca fiquei sabendo de alguém que roubou um tênis no varal para fumar um cigarro.

allexcosta escreveu:

vinibassplayer escreveu:mas uma coisa é certa, seria um produto mto menos danoso do q bebida ou cigarro por exemplo.

Não só maconha, mas qualquer droga ilícita é muito menos danosa para a sociedade que álcool e tabaco. Não há nem como iniciar uma comparação.

NeyBass escreveu:Mais um motivo para não legalizar.

allexcosta escreveu:

Henri-Q escreveu:Nunca fiquei sabendo de alguém que roubou um tênis no varal para fumar um cigarro.

E esse simples fato te faz ser capaz de julgar um problema de tamanha complexidade, suponho...

Sugiro que verifique os números.

Henri-Q escreveu:Não é isso. Quis apenas frisar que entorpecentes trazem consigo um comportamento marginal relativo a abstinência que causa transtorno a sociedade.

Henri-Q escreveu:

Nunca fiquei sabendo de alguém que roubou um tênis no varal para fumar um cigarro.

Edu Fettermann escreveu:Enquanto a conversa, qualquer que seja, for no nível do "não gosto, logo ninguém deveria poder fazer isso", a gente nunca vai avançar. Eu também não fumo, não gosto do cheiro e tenho um pouco de birra com o comportamento de alguns conhecidos que usam, mas o mundo não gira ao redor do meu gosto pessoal. Não deve caber ao Estado a última palavra sobre o que alguém pode ou não pode consumir ou fazer com o próprio corpo.

Edu Fettermann escreveu:Enquanto a conversa, qualquer que seja, for no nível do "não gosto, logo ninguém deveria poder fazer isso", a gente nunca vai avançar. Eu também não fumo, não gosto do cheiro e tenho um pouco de birra com o comportamento de alguns conhecidos que usam, mas o mundo não gira ao redor do meu gosto pessoal. Não deve caber ao Estado a última palavra sobre o que alguém pode ou não pode consumir ou fazer com o próprio corpo.

Paulo Penna escreveu:Se as drogas são ligadas a 85% dos crimes violentos, elas são muito danosas sim.

Paulo Penna escreveu:Se as drogas são ligadas a 85% dos crimes violentos, elas são muito danosas sim.

Edu Fettermann escreveu:Bom, pude ver bem de perto o contexto de dois lugares onde o uso recreativo da maconha é legal - Vancouver, no Canadá, e Denver, nos Estados Unidos. Nas duas cidades, fui a lojas de maconha para conhecer, ver como funciona esse esquema da venda legalizada. Não fumo, fui na curiosidade jornalística e acompanhado de minha esposa.

O que vi foi o que todos nós já sabemos, mas nossos preconceitos às vezes nos impedem de admitir: gente de todo tipo fuma maconha. Aquele senhor engravatado que passa apressado no calçadão com ar de empresário, o universitário, a dona de casa, a médica, o jovem, o velho.

Conversei com uma atendente brasileira na loja de Vancouver e ela me disse coisas interessantes. Primeiro e óbvio, a legalização faz com que o produto seja fiscalizado e tenha um padrão mínimo de qualidade para que seja comercializado. Depois, e também óbvio, é que o Estado não deveria ter a palavra final sobre o que você pode ou não pode consumir. E é legal ver a incoerência da galera do "Estado mínimo" que diz que o Estado não pode interferir em nada, mas defende que o governo interfira na instância máxima da individualidade que é o corpo.

Nas duas cidades, existem leis de consumo comparáveis às do álcool: não se pode usar maconha e dirigir ou executar qualquer tarefa profissionalmente por no mínimo 4 horas, além de outras regras.

Diante disso, e vendo o quanto se arrecada com essa regulamentação, eu penso que seria um bom passo algo do tipo no Brasil. Ninguém deixa de fumar maconha porque é ilegal, e além disso acaba se expondo a uma série de riscos: entrar em lugares perigosos, comprar produtos de péssima qualidade que podem fazer muito mal à saúde (alô prensadão com fezes de vaca), etc. Fora o estigma social do "maconheiro". A gente dá risada daquele tiozão que vive bêbado, mas alguém fuma um baseado e "nossa, se drogando aí". Enfim.

CG escreveu:

Paulo Penna escreveu:Se as drogas são ligadas a 85% dos crimes violentos, elas são muito danosas sim.

A partir do momento que vc discriminaliza, a maconha passará a ser um negócio lícito, portanto não alimentará o tráfico e por consequência os índices de violência ligado a ela com certeza diminuirão bastante... Portanto, ao se liberar, esses números que vc divulga cairão. Entendeu a lógica?

CG escreveu:

Paulo Penna escreveu:Se as drogas são ligadas a 85% dos crimes violentos, elas são muito danosas sim.

A partir do momento que vc discriminaliza, a maconha passará a ser um negócio lícito, portanto não alimentará o tráfico e por consequência os índices de violência ligado a ela com certeza diminuirão bastante... Portanto, ao se liberar, esses números que vc divulga cairão. Entendeu a lógica?

CG escreveu:

Paulo Penna escreveu:Se as drogas são ligadas a 85% dos crimes violentos, elas são muito danosas sim.

A partir do momento que vc discriminaliza, a maconha passará a ser um negócio lícito, portanto não alimentará o tráfico e por consequência os índices de violência ligado a ela com certeza diminuirão bastante... Portanto, ao se liberar, esses números que vc divulga cairão. Entendeu a lógica?

Breno_Barnabe escreveu:
Vamos destrinchar.
O trafico (comercio ilegal) continua existindo em locais onde é legalizado, oferecendo à um preço inferior (e sem "atestado de qualidade"). Ele não deixará de existir, eu vi isso no Uruguai e nos EUA. Você vai num dispensário e o próprio funcionário te fala que dá pra pegar mais barato em "outro esquema", te dá cartão, etc.

WHead escreveu:^Paulo, talvez você tenha sido convocado e aceito exatamente por isso.. e pelo seu perfil.

WHead escreveu:^E álcool não é droga?

WHead escreveu:Para participar de juris com dos homicídios ligados à drogas.

Paulo Penna escreveu:

WHead escreveu:Para participar de juris com dos homicídios ligados à drogas.

Trabalhei nos júris, como advogado e como assistente do MP.

WHead escreveu:Mas não é o fato de ser legal ou ilegal que define o que é droga. Aliás, em alguns países, o consumo de bebidas alcoólicas é proibido..

CG escreveu:

Breno_Barnabe escreveu:
Vamos destrinchar.
O trafico (comercio ilegal) continua existindo em locais onde é legalizado, oferecendo à um preço inferior (e sem "atestado de qualidade"). Ele não deixará de existir, eu vi isso no Uruguai e nos EUA. Você vai num dispensário e o próprio funcionário te fala que dá pra pegar mais barato em "outro esquema", te dá cartão, etc.

Bem... A galerinha compra o cigarro do Paraguai...

E há muito tempo atrás existia o whisky escocês feito em Andradas...
Há uma certa lógica nisso...

Outra... O tráfico não vive só de maconha...

vinibassplayer escreveu:
pela relação preço/custo/volume, é o dá menos lucro!! canabis é mais barato do q cocaina, é mais leve e ocupa mais espaço. se por exemplo 50g de maconha custa 40,00, 50g de pó dá mto menos volume pq é mais compacto e é mto mais caro... um golpe no pó seria um golpe mto maior no trafico do q canabis...

Zubrycky escreveu:

vinibassplayer escreveu:
pela relação preço/custo/volume, é o dá menos lucro!! canabis é mais barato do q cocaina, é mais leve e ocupa mais espaço. se por exemplo 50g de maconha custa 40,00, 50g de pó dá mto menos volume pq é mais compacto e é mto mais caro... um golpe no pó seria um golpe mto maior no trafico do q canabis...

O lucro proporcionado pela maconha no tráfico é o menor, mas só no começo, de acordo com o que amigos meus que trabalham com recuperação de viciados me contaram. Ela geralmente funciona como um chamariz para a clientela e serve porta de entrada para produtos mais lucrativos e que "fidelizam" mais os clientes.

allexcosta escreveu:

vinibassplayer escreveu:mas uma coisa é certa, seria um produto mto menos danoso do q bebida ou cigarro por exemplo.

Não só maconha, mas qualquer droga ilícita é muito menos danosa para a sociedade que álcool e tabaco. Não há nem como iniciar uma comparação.

WHead escreveu:^Tecnicamente a porta de entrada pra outras drogas é o álcool..

WHead escreveu:https://www.camara.leg.br/radio/radioagencia/327891-especialistas-afirmam-que-alcool-e-porta-de-entrada-dos-jovens-para-as-drogas-0238/

WHead escreveu:Desculpe-me, não entendi o seu ponto.. Pode explicar?