Orientação contrabaixística para contrabaixistas (acústico)
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Re: Orientação contrabaixística para contrabaixistas (acústico)
(80) Carneirinho, carneirão, vibrato não é recurso de afinação...
Vibrato é a delicada oscilação sonora feita com o dedo se movimentando um pouco para lá e pouco para cá, sem escorregá-lo do lugar em que ele está.
A grosso modo, é como se o dedo ficasse um pouco nervoso e saísse distribuindo “cotoveladas” em quem tentasse se aproximar dele.
Como contrabaixistas educadinhos que somos, não podemos distribuir “cotoveladas” em tudo e todos os sons que aparecem pela nossa frente.
Se você quer “brigar” sempre com as notas, que o faça com estratégia e objetivos, pois o vibrato deve ser usado como recurso expressivo e não como recurso de afinação.
Quando o vibrato deixa de ser um recurso expressivo, alguns probleminhas podem surgir...
Por exemplo: de nada adianta você passar a sua vida contrabaixística errando a pontaria dos intervalos para ajustá-los com aquela tremidinha nervosa que você acha que é um vibrato, e principalmente, que você acha que é o super vibrato que pode livrá-lo também da desafinação.
De tanto você fazer isso, você passará não só a ser um contrabaixista que vive fazendo ajustes de afinação, como seu vibrato deixará de ser algo bonito e expressivo para virar um disfarce de seu estudo mal direcionado.
Escalas e intervalos costumam ser estudados sem vibrato, para que fiquem mais precisos. Depois que a “precisão” aparece com mais freqüência, você pode acrescentar pitadas de vibrato a gosto.
Um bom estudo para a “pontaria” é escorregar os dedos da mão esquerda em direção à nota com um metrônomo e fazer um acento com o arco na nota almejada assim que o dedo chega nela.
Dessa forma, as notas não sofrem “ajustes”. Você vai ouvir o som da nota sem vibrato.
Estava desafinada? Volte 5, 10, 50 vezes até acertar a fofa, sem se esquecer de pensar no movimento, na nota desejada e na distância a ser percorrida.
Só evite repetir a nota errada por mais de cinco vezes seguidas sem dar uma parada básica para pensar, porque senão o seu cérebro passará a achar que aquele foi o caminho certo. Explicando melhor: se você for repetir o movimento 20 vezes, não se esqueça de que o bom senso é múltiplo de cinco, certo?
Voltando à notinha “esquisita”, você desafinou bonito e, para compensar essa falha “mecânica”, o que você faz?
Enfia a droga do vibrato na nota assim que consegue captar a desafinação, e com ele escorrega o dedo até a nota ficar certa.
Com o tempo, além do seu cérebro achar que o intervalo errado é o certo, ele também passará a achar que aquele vibrato salvador da sua desafinação faz parte do processo.
Simples, não é? Você passará a tocar desafinado e com um vibrato para afinar.
Aí, a qualidade do vibrato também passará a ficar comprometida. Afinal, ele foi chamado para ser o galã da sua música e você o torna um reles coadjuvante de afinação!...
Lógico que ele vai se revoltar com esse papel ridículo, passará a ficar cada vez mais agressivo e passará também a dar “cotoveladas” nas notas cada vez mais rápidas.
Você não perceberá, mas um dia alguém descobrirá para você que o seu galã virou um carneiro...
Mais à frente, alguns vibratos se revoltam de outra forma: de tanto serem obrigados a consertar a desafinação do contrabaixista como um tique nervoso, eles entram em estado de choque e param de acontecer.
A partir disso, eles passam a apresentar o tal do tique nervoso no início da nota e mais nada!...
Até o vibrato surta, gente!
Com o tempo, a mão esquerda também fica dura e aí, o galã que virou um carneiro, virou um carneiro de um mé só: méee de m****!
<a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/"><img alt="Licença Creative Commons" style="border-width:0" src="http://i.creativecommons.org/l/by-nc-nd/3.0/80x15.png" /></a>
<span xmlns:dc="http://purl.org/dc/elements/1.1/" href="http://purl.org/dc/dcmitype/Text" property="dc:title" rel="dc:type">Orientacoes Contrabaixisticas</span> by <a xmlns:cc="http://creativecommons.org/ns#" href="https://www.contrabaixobr.com/tecnica-teoria-f22/orientacao-contrabaixistica-para-contrabaixistas-acustico-t2297.htm" property="cc:attributionName" rel="cc:attributionURL">Voila Marques</a> is licensed under a <a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/">Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Não a obras derivadas License</a>.
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Vibrato é a delicada oscilação sonora feita com o dedo se movimentando um pouco para lá e pouco para cá, sem escorregá-lo do lugar em que ele está.
A grosso modo, é como se o dedo ficasse um pouco nervoso e saísse distribuindo “cotoveladas” em quem tentasse se aproximar dele.
Como contrabaixistas educadinhos que somos, não podemos distribuir “cotoveladas” em tudo e todos os sons que aparecem pela nossa frente.
Se você quer “brigar” sempre com as notas, que o faça com estratégia e objetivos, pois o vibrato deve ser usado como recurso expressivo e não como recurso de afinação.
Quando o vibrato deixa de ser um recurso expressivo, alguns probleminhas podem surgir...
Por exemplo: de nada adianta você passar a sua vida contrabaixística errando a pontaria dos intervalos para ajustá-los com aquela tremidinha nervosa que você acha que é um vibrato, e principalmente, que você acha que é o super vibrato que pode livrá-lo também da desafinação.
De tanto você fazer isso, você passará não só a ser um contrabaixista que vive fazendo ajustes de afinação, como seu vibrato deixará de ser algo bonito e expressivo para virar um disfarce de seu estudo mal direcionado.
Escalas e intervalos costumam ser estudados sem vibrato, para que fiquem mais precisos. Depois que a “precisão” aparece com mais freqüência, você pode acrescentar pitadas de vibrato a gosto.
Um bom estudo para a “pontaria” é escorregar os dedos da mão esquerda em direção à nota com um metrônomo e fazer um acento com o arco na nota almejada assim que o dedo chega nela.
Dessa forma, as notas não sofrem “ajustes”. Você vai ouvir o som da nota sem vibrato.
Estava desafinada? Volte 5, 10, 50 vezes até acertar a fofa, sem se esquecer de pensar no movimento, na nota desejada e na distância a ser percorrida.
Só evite repetir a nota errada por mais de cinco vezes seguidas sem dar uma parada básica para pensar, porque senão o seu cérebro passará a achar que aquele foi o caminho certo. Explicando melhor: se você for repetir o movimento 20 vezes, não se esqueça de que o bom senso é múltiplo de cinco, certo?
Voltando à notinha “esquisita”, você desafinou bonito e, para compensar essa falha “mecânica”, o que você faz?
Enfia a droga do vibrato na nota assim que consegue captar a desafinação, e com ele escorrega o dedo até a nota ficar certa.
Com o tempo, além do seu cérebro achar que o intervalo errado é o certo, ele também passará a achar que aquele vibrato salvador da sua desafinação faz parte do processo.
Simples, não é? Você passará a tocar desafinado e com um vibrato para afinar.
Aí, a qualidade do vibrato também passará a ficar comprometida. Afinal, ele foi chamado para ser o galã da sua música e você o torna um reles coadjuvante de afinação!...
Lógico que ele vai se revoltar com esse papel ridículo, passará a ficar cada vez mais agressivo e passará também a dar “cotoveladas” nas notas cada vez mais rápidas.
Você não perceberá, mas um dia alguém descobrirá para você que o seu galã virou um carneiro...
Mais à frente, alguns vibratos se revoltam de outra forma: de tanto serem obrigados a consertar a desafinação do contrabaixista como um tique nervoso, eles entram em estado de choque e param de acontecer.
A partir disso, eles passam a apresentar o tal do tique nervoso no início da nota e mais nada!...
Até o vibrato surta, gente!
Com o tempo, a mão esquerda também fica dura e aí, o galã que virou um carneiro, virou um carneiro de um mé só: méee de m****!
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Última edição por Voila Marques em Qui Nov 22, 2012 12:33 am, editado 2 vez(es)
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Divida a ideia e multiplique o resultado: perguntas e respostas técnicas se tornam solidárias, se postadas em fórum aberto!
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Re: Orientação contrabaixística para contrabaixistas (acústico)
(81) Agruras contrabaixísticas
Quase todo começar a fazer alguma coisa tem seu lado bom e seu lado ruim, ainda mais quando esse começo implica em estudo.
Se até para namorar a gente tem que “estudar”, aprender a conhecer o outro, na Música isso não é diferente: estudar um instrumento muitas das vezes pode ser encarado como um namoro sério, e isso torna o caso peculiar, exótico e esquisito, quase uma doença crônica.
Quando a gente resolve tocar contrabaixo, as pessoas estranham no início, e depois começam a se conformar com a idéia, mas só param mesmo de implicar, quando a gente passa a tocar músicas inteligíveis, e bem. Só que isso demora...
Para quem estuda um instrumento, todo dia é um começo, todo dia é um estudo, e todo estudo é dia de implicância mútua, porque as exigências crescem de acordo com o nível técnico e musical do instrumentista, e nunca deixam de existir.
O senso crítico deveria ser mais um sentido do músico, junto com a audição, o tato e a visão, pois é a partir dele que o músico ouve melhor, vê melhor, sente melhor o instrumento e toca melhor...
Gostaria de contar para vocês que estudar contrabaixo às vezes é chato sim, assim como estudar qualquer outro instrumento, mas que também é possível atenuar a chatura de um estudo com pequenas modificações em sua rotina.
Tédio instrumental a longo prazo pode estar associado à baixa-estima, à falta de objetividade do estudo ou à falta de criatividade do músico.
Eu morri de amores pelo contrabaixo depois de assistir a uma aula, o que prova que amor à primeira vista existe, e como estou com ele até hoje, isso prova que amor à enésima vista também existe.
Não conheço nenhum contrabaixista cego, mas acho que esse amor independe de vista.
Para mim, bastou ouvir o som do contrabaixo, porque se eu fosse um pouco mais coerente com meus olhos, não escolheria um instrumento tão maior que eu.
Meu consolo é que o piano e a harpa também são maiores do que quem os toca.
Tá certo que não dão o trabalho de carregar todos os dias, mas pior do que carregar contrabaixo todos os dias é montar, desmontar e carregar bateria todos os dias.
Contrabaixo pelo menos não precisa montar nem desmontar.
Na realidade, com o passar dos anos ele é que vai desmontando a gente...
A gente começa aprendendo a tocar com os dedos - e embora isso possa parecer até óbvio, já que não dá para tocar com o nariz- nas orquestras o ensaio às vezes é tão monótono, que dá vontade de tocar uma nota ou outra com a orelha, e conheço quem faz isso, e bem.
Obviamente, você não precisará acrescentar a orelha ao seu estudo diário – somente a prima audição, uma provável analfabeta musical - mas, certamente, você começará a estudar contrabaixo sem aquela varetinha chamada arco: as primeiras aulas e os primeiros sons são feitos só com os dedos.
Bem, todo aprendizado de contrabaixo tem o tal do pizzicato, que mais parece nome de molho. Huumm, macarronada com molho de pizzicato! Pizzicato – azeitonas, azeitonas – notas musicais, música – fome... A vida é cheia de analogias e interpretações...
Pois é, mas o tal do pizzicato nada mais é do que tocar beliscando a corda com os dedos, e você ainda vai ter que encarar o estudo do tal do pizzicato sonhando com o tal do macarrão... Em compensação, ao fim do estudo (e troncho de fome) você ainda pode dar uma esnobada e fingir que já está tocando o solo da 1ª Sinfonia de Mahler.
• (Solo da 1ª Sinfonia de Mahler em pizzicato, uma oitava abaixo:
ré corda solta- mi- fá- mi- ré/ ré- mi- fá- mi- ré/
fá- sol- lá/ fá- sol- lá/
lá- si bemol- lá- sol –fá- mi- ré/ lá- si bemol- lá- sol –fá- mi- ré
lá- lá- ré/ lá- lá- ré))
Um dia, você até poderá tocar essa sinfonia na orquestra, mas antes você tocará – e muito- esse trecho nos concursos para orquestra, e como ele é um dos pesadelos dos contrabaixistas, passará a ser seu pesadelo também.
Na música, os sonhos são contagiantes e os pesadelos, contagiosos...
O solo do Mahler começa com a orquestra em silêncio e só o tímpano levando o contrabaixista para a forca assim: ré-lá-ré-lá.
Após algumas aulas fazendo um “estágio” só em pizzicato, aí você é apresentado ao arco e seu estudo continua com as malditas e delinqüentes cordas soltas.
O som delas é sempre motivo de curiosidade entre os vizinhos que não sabem se você tem um boi ou se tem um navio em casa, coisinhas perfeitamente viáveis dentro de um apartamento, ainda mais quando vindas da imaginação criativa dos seus vizinhos.
Encare positivamente as cordas soltas já que, frente aos seus vizinhos, elas farão você se sentir um rico criador de gado ou mesmo um poderoso armador grego, coisas que como contrabaixista você jamais será.
Mas sonhar alto faz bem ao contrabaixista, já que como um rico criador de gado, você chegará, no máximo, a tocar numa feira agropecuária e, com sorte financeira (para esclarecer bem), numa banda sertaneja famosa.
Como um poderoso armador grego, você poderá tocar na banda de um transatlântico, quem sabe com o Roberto Carlos, não é mesmo? Mais isso é só no futuro porque, caindo na real, entre as quatro paredes do seu cafofinho, só dá mesmo para ser capitão do navio Bambalalão... Avante, cordas soltas!
• (Bambalalão com arco: sol- sol- sol- ré- ré- sol- sol- sol- ré- ré- sol- sol- sol- lá dedo1- lá- lá- ré- ré- ré- sol)
Daí você começa a intercalar corda solta com corda presa. O contrabaixo e você ainda são duas crianças e têm um mundo contrabaixístico pela frente...
Então começam os estudos de graus conjuntos, as famosas escalas, que nada mais são do que uma escada de notas, em que cada uma delas fica num degrau, seguida da sua nota vizinha do andar de cima na subida - de minisaia- e da sua vizinha do andar de baixo na descida – como o rolo de pastel.
O estudo de um instrumento por vezes é tão repetitivo, que de certa feita flagrei um vizinho meu assoviando o início de um concerto de contrabaixo!
Contrabaixo é cultura, mas o contrabaixista é sempre um ser carente de reconhecimento. Ao contrário dos pianistas, sempre idolatrados e quase sempre exibidos, os contrabaixistas costumam se esconder atrás do instrumento. Só saem de lá para comer e beber, e justamente na hora em que o estudo começa a ficar um saco, como qualquer ser humano normal faz. Bem-vindos ao clube!
A falta de estímulo para ser contrabaixista ou músico às vezes bate, daí a gente pensa: vou fazer o quê? Improvise uma solução, mas não desista da música!
Mas tem dia que você está lá, p. da vida, quase atirando o contrabaixo pela janela, quando de repente se dá conta de que uma cidade sem grades quase não existe, e que isso seria inútil.
Aí, você resolve parar de estudar, largar tudo e botar o contrabaixo na parede.
Uma das grandes vantagens de tocar contrabaixo é que, ao invés de você ficar de castigo porque não quer estudar, quem fica de cara para a parede é ele, enquanto você vai passear!
Depois que você coloca o contrabaixo de castigo na parede, a porta do armário está aberta com aquele espelhão todo, aí você passa e olha, repassa e re-olha, trepassa, treolha e, corroído de remorsos, sente saudades até das cordas soltas.
Além do pizzicato, das cordas soltas e das cordas presas, das escalas, tem também as notas ligadas e separadas, com as chamadas arcadas:
• (sol –lá – si - ré –ré – si- dó)
A partir daí você pode voar nas notas e tocar até a Asa Branca.
Ou estudar os “saltos”:
• (sol – si – sol – dó – sol – ré)
E andar a cavalo com os saltos no Ponteio Acutilado ou num galope.
Aí, ao invés de você mandar o contrabaixo passear sozinho, vocês viajam juntos.
Depois tem o estudo dos intervalos, que são as distâncias entre as notas: terças, quartas, quintas, etc. Sem feira, sem sábado e sem domingo, por favor.
• (mi - ré – dó –mi- ré – dó – mi)
E você descobre que os intervalos grandes ou pequenos, quando feitos com o ouvido e o coração, perdem o tamanho e ganham dimensão e alma...
E que deles pode soar até um Carinhoso...
Ainda têm estudos em duas cordas, em três, nas quatro, que até parecem joguinhos de coordenação motora.
• (ré – sol – si - ré – sol – si)
E descobrir que um simples joguinho pode terminar no Brasileirinho, um diminutivo que é grande em qualquer instrumento.
Uma solução para dar um colorido extra aos estudos de vocês é chamar os seus colegas para tocar junto.
Daí o namoro crônico com o contrabaixo evolui para o casamento, e unidos na riqueza de notas musicais e na pobreza de notas materiais, na alegria das apresentações e na tristeza dos estudos, você se dá conta de que o segredo da música bem estudada é uma alquimia individual de persistência, criatividade e talento para descobrir coisas novas.
Todas essas agruras contrabaixísticas são solucionáveis e normais, até porque anormal mesmo foi você resolver tocar contrabaixo acústico. Um famoso violoncelista brasileiro dizia que “tocar bem é tornar natural aquilo que é completamente antinatural”.
E, como vocês sabem, para todos os males tem frase de mãe. A da minha mãe é assim: “Dê tempo ao tempo para ele ter tempo de ter tempo!”.
E um bom estudo para todos nós!
<a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/"><img alt="Licença Creative Commons" style="border-width:0" src="http://i.creativecommons.org/l/by-nc-nd/3.0/80x15.png" /></a>
<span xmlns:dc="http://purl.org/dc/elements/1.1/" href="http://purl.org/dc/dcmitype/Text" property="dc:title" rel="dc:type">Orientacoes Contrabaixisticas</span> by <a xmlns:cc="http://creativecommons.org/ns#" href="https://www.contrabaixobr.com/tecnica-teoria-f22/orientacao-contrabaixistica-para-contrabaixistas-acustico-t2297.htm" property="cc:attributionName" rel="cc:attributionURL">Voila Marques</a> is licensed under a <a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/">Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Não a obras derivadas License</a>.
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Quase todo começar a fazer alguma coisa tem seu lado bom e seu lado ruim, ainda mais quando esse começo implica em estudo.
Se até para namorar a gente tem que “estudar”, aprender a conhecer o outro, na Música isso não é diferente: estudar um instrumento muitas das vezes pode ser encarado como um namoro sério, e isso torna o caso peculiar, exótico e esquisito, quase uma doença crônica.
Quando a gente resolve tocar contrabaixo, as pessoas estranham no início, e depois começam a se conformar com a idéia, mas só param mesmo de implicar, quando a gente passa a tocar músicas inteligíveis, e bem. Só que isso demora...
Para quem estuda um instrumento, todo dia é um começo, todo dia é um estudo, e todo estudo é dia de implicância mútua, porque as exigências crescem de acordo com o nível técnico e musical do instrumentista, e nunca deixam de existir.
O senso crítico deveria ser mais um sentido do músico, junto com a audição, o tato e a visão, pois é a partir dele que o músico ouve melhor, vê melhor, sente melhor o instrumento e toca melhor...
Gostaria de contar para vocês que estudar contrabaixo às vezes é chato sim, assim como estudar qualquer outro instrumento, mas que também é possível atenuar a chatura de um estudo com pequenas modificações em sua rotina.
Tédio instrumental a longo prazo pode estar associado à baixa-estima, à falta de objetividade do estudo ou à falta de criatividade do músico.
Eu morri de amores pelo contrabaixo depois de assistir a uma aula, o que prova que amor à primeira vista existe, e como estou com ele até hoje, isso prova que amor à enésima vista também existe.
Não conheço nenhum contrabaixista cego, mas acho que esse amor independe de vista.
Para mim, bastou ouvir o som do contrabaixo, porque se eu fosse um pouco mais coerente com meus olhos, não escolheria um instrumento tão maior que eu.
Meu consolo é que o piano e a harpa também são maiores do que quem os toca.
Tá certo que não dão o trabalho de carregar todos os dias, mas pior do que carregar contrabaixo todos os dias é montar, desmontar e carregar bateria todos os dias.
Contrabaixo pelo menos não precisa montar nem desmontar.
Na realidade, com o passar dos anos ele é que vai desmontando a gente...
A gente começa aprendendo a tocar com os dedos - e embora isso possa parecer até óbvio, já que não dá para tocar com o nariz- nas orquestras o ensaio às vezes é tão monótono, que dá vontade de tocar uma nota ou outra com a orelha, e conheço quem faz isso, e bem.
Obviamente, você não precisará acrescentar a orelha ao seu estudo diário – somente a prima audição, uma provável analfabeta musical - mas, certamente, você começará a estudar contrabaixo sem aquela varetinha chamada arco: as primeiras aulas e os primeiros sons são feitos só com os dedos.
Bem, todo aprendizado de contrabaixo tem o tal do pizzicato, que mais parece nome de molho. Huumm, macarronada com molho de pizzicato! Pizzicato – azeitonas, azeitonas – notas musicais, música – fome... A vida é cheia de analogias e interpretações...
Pois é, mas o tal do pizzicato nada mais é do que tocar beliscando a corda com os dedos, e você ainda vai ter que encarar o estudo do tal do pizzicato sonhando com o tal do macarrão... Em compensação, ao fim do estudo (e troncho de fome) você ainda pode dar uma esnobada e fingir que já está tocando o solo da 1ª Sinfonia de Mahler.
• (Solo da 1ª Sinfonia de Mahler em pizzicato, uma oitava abaixo:
ré corda solta- mi- fá- mi- ré/ ré- mi- fá- mi- ré/
fá- sol- lá/ fá- sol- lá/
lá- si bemol- lá- sol –fá- mi- ré/ lá- si bemol- lá- sol –fá- mi- ré
lá- lá- ré/ lá- lá- ré))
Um dia, você até poderá tocar essa sinfonia na orquestra, mas antes você tocará – e muito- esse trecho nos concursos para orquestra, e como ele é um dos pesadelos dos contrabaixistas, passará a ser seu pesadelo também.
Na música, os sonhos são contagiantes e os pesadelos, contagiosos...
O solo do Mahler começa com a orquestra em silêncio e só o tímpano levando o contrabaixista para a forca assim: ré-lá-ré-lá.
Após algumas aulas fazendo um “estágio” só em pizzicato, aí você é apresentado ao arco e seu estudo continua com as malditas e delinqüentes cordas soltas.
O som delas é sempre motivo de curiosidade entre os vizinhos que não sabem se você tem um boi ou se tem um navio em casa, coisinhas perfeitamente viáveis dentro de um apartamento, ainda mais quando vindas da imaginação criativa dos seus vizinhos.
Encare positivamente as cordas soltas já que, frente aos seus vizinhos, elas farão você se sentir um rico criador de gado ou mesmo um poderoso armador grego, coisas que como contrabaixista você jamais será.
Mas sonhar alto faz bem ao contrabaixista, já que como um rico criador de gado, você chegará, no máximo, a tocar numa feira agropecuária e, com sorte financeira (para esclarecer bem), numa banda sertaneja famosa.
Como um poderoso armador grego, você poderá tocar na banda de um transatlântico, quem sabe com o Roberto Carlos, não é mesmo? Mais isso é só no futuro porque, caindo na real, entre as quatro paredes do seu cafofinho, só dá mesmo para ser capitão do navio Bambalalão... Avante, cordas soltas!
• (Bambalalão com arco: sol- sol- sol- ré- ré- sol- sol- sol- ré- ré- sol- sol- sol- lá dedo1- lá- lá- ré- ré- ré- sol)
Daí você começa a intercalar corda solta com corda presa. O contrabaixo e você ainda são duas crianças e têm um mundo contrabaixístico pela frente...
Então começam os estudos de graus conjuntos, as famosas escalas, que nada mais são do que uma escada de notas, em que cada uma delas fica num degrau, seguida da sua nota vizinha do andar de cima na subida - de minisaia- e da sua vizinha do andar de baixo na descida – como o rolo de pastel.
O estudo de um instrumento por vezes é tão repetitivo, que de certa feita flagrei um vizinho meu assoviando o início de um concerto de contrabaixo!
Contrabaixo é cultura, mas o contrabaixista é sempre um ser carente de reconhecimento. Ao contrário dos pianistas, sempre idolatrados e quase sempre exibidos, os contrabaixistas costumam se esconder atrás do instrumento. Só saem de lá para comer e beber, e justamente na hora em que o estudo começa a ficar um saco, como qualquer ser humano normal faz. Bem-vindos ao clube!
A falta de estímulo para ser contrabaixista ou músico às vezes bate, daí a gente pensa: vou fazer o quê? Improvise uma solução, mas não desista da música!
Mas tem dia que você está lá, p. da vida, quase atirando o contrabaixo pela janela, quando de repente se dá conta de que uma cidade sem grades quase não existe, e que isso seria inútil.
Aí, você resolve parar de estudar, largar tudo e botar o contrabaixo na parede.
Uma das grandes vantagens de tocar contrabaixo é que, ao invés de você ficar de castigo porque não quer estudar, quem fica de cara para a parede é ele, enquanto você vai passear!
Depois que você coloca o contrabaixo de castigo na parede, a porta do armário está aberta com aquele espelhão todo, aí você passa e olha, repassa e re-olha, trepassa, treolha e, corroído de remorsos, sente saudades até das cordas soltas.
Além do pizzicato, das cordas soltas e das cordas presas, das escalas, tem também as notas ligadas e separadas, com as chamadas arcadas:
• (sol –lá – si - ré –ré – si- dó)
A partir daí você pode voar nas notas e tocar até a Asa Branca.
Ou estudar os “saltos”:
• (sol – si – sol – dó – sol – ré)
E andar a cavalo com os saltos no Ponteio Acutilado ou num galope.
Aí, ao invés de você mandar o contrabaixo passear sozinho, vocês viajam juntos.
Depois tem o estudo dos intervalos, que são as distâncias entre as notas: terças, quartas, quintas, etc. Sem feira, sem sábado e sem domingo, por favor.
• (mi - ré – dó –mi- ré – dó – mi)
E você descobre que os intervalos grandes ou pequenos, quando feitos com o ouvido e o coração, perdem o tamanho e ganham dimensão e alma...
E que deles pode soar até um Carinhoso...
Ainda têm estudos em duas cordas, em três, nas quatro, que até parecem joguinhos de coordenação motora.
• (ré – sol – si - ré – sol – si)
E descobrir que um simples joguinho pode terminar no Brasileirinho, um diminutivo que é grande em qualquer instrumento.
Uma solução para dar um colorido extra aos estudos de vocês é chamar os seus colegas para tocar junto.
Daí o namoro crônico com o contrabaixo evolui para o casamento, e unidos na riqueza de notas musicais e na pobreza de notas materiais, na alegria das apresentações e na tristeza dos estudos, você se dá conta de que o segredo da música bem estudada é uma alquimia individual de persistência, criatividade e talento para descobrir coisas novas.
Todas essas agruras contrabaixísticas são solucionáveis e normais, até porque anormal mesmo foi você resolver tocar contrabaixo acústico. Um famoso violoncelista brasileiro dizia que “tocar bem é tornar natural aquilo que é completamente antinatural”.
E, como vocês sabem, para todos os males tem frase de mãe. A da minha mãe é assim: “Dê tempo ao tempo para ele ter tempo de ter tempo!”.
E um bom estudo para todos nós!
<a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/"><img alt="Licença Creative Commons" style="border-width:0" src="http://i.creativecommons.org/l/by-nc-nd/3.0/80x15.png" /></a>
<span xmlns:dc="http://purl.org/dc/elements/1.1/" href="http://purl.org/dc/dcmitype/Text" property="dc:title" rel="dc:type">Orientacoes Contrabaixisticas</span> by <a xmlns:cc="http://creativecommons.org/ns#" href="https://www.contrabaixobr.com/tecnica-teoria-f22/orientacao-contrabaixistica-para-contrabaixistas-acustico-t2297.htm" property="cc:attributionName" rel="cc:attributionURL">Voila Marques</a> is licensed under a <a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/">Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Não a obras derivadas License</a>.
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Re: Orientação contrabaixística para contrabaixistas (acústico)
(82) Sobre professores genéricos de contrabaixo...
Muitas cidades oferecem cursos de música gratuitos, alguns vinculados ao governo, outros a ONGs.
Acho a iniciativa muito válida, pois são oferecidas aulas de música e/ou instrumentos para pessoas que não podem pagar pelos estudos musicais. Muitas das vezes, além das aulas, são emprestados instrumentos para que os alunos possam estudar na própria escola e/ou em casa, e acelerar seu desenvolvimento.
O que não concordo é com o descaso de algumas dessas entidades, que oferecem cursos de contrabaixo com professores não-contrabaixistas, ou que oferecem prática orquestral e o contrabaixo para os contrabaixistas, sem oferecer também aulas de contrabaixo para que o aluno se desenvolva a contento.
Os projetos sociais que envolvem música têm patrocinadores. Patrocínios estão associados à prestação de contas, troca de favores e mostra de serviço.
Quando o vínculo é com o governo, tocar em cerimônias e eventos políticos são plausíveis de acontecer, assim como as apresentações para membros do governo também são. Patrocínios culturais envolvem retorno e visibilidade.
Para representar melhor projetos musicais vinculados ao ensino instrumental, nada mais adequado que uma orquestra, ainda mais se a orquestra em questão for formada por crianças e jovens, pois tudo que envolve o talento infantil ou juvenil tem um apelo social muito intenso e sugestivo.
Se os jovens forem carentes, o apelo social é mais representativo ainda.
Logicamente que, afastar crianças e jovens carentes do resultado maléfico das drogas e/ou oferecer uma oportunidade de estudo e melhoria cultural e/ou uma proposta de investimento no potencial desses artistas, objetivando o ingresso deles no mercado de trabalho - ao mesmo tempo em que afasta o fantasma do desemprego e da violência-, são propostas maravilhosas.
Muitos cursos de música gratuitos têm trabalhos ótimos, mas acho um absurdo que muitos deles releguem o ensino do contrabaixo a terceiro plano, seja por priorizar quase que exclusivamente os instrumentos mais melodiosos e/ou com mais chances de aparecer na mídia e/ou de agradar mais os patrocinadores; seja porque a procura pelo contrabaixo é menor que para os outros instrumentos; seja para justificar as verbas investidas no projeto com muitos instrumentos de valor mais acessível, ao invés de poucos com valor mais alto, já que na hora de “mostrar serviço”, uma escola de música ou uma orquestra com 20 violinistas e um contrabaixo costuma ter muito mais visibilidade do que uma escola com poucos violinistas e 4 contrabaixistas, por exemplo.
A preferência dos estudantes por instrumentos mais agudos (violino, cavaquinho, flauta, trompete) pode bem ser um fator cultural – violinos estão presentes em nossa cultura através dos mouros, portugueses e espanhóis; o trompete sempre esteve presente em bandas; e a flauta e o cavaquinho sempre acompanharam o desenvolvimento da música popular.
Mas a preferência por instrumentos mais agudos também pode ser um fator econômico – instrumentos menores, além de mais agudos, costumam ser menos caros-, mas nada disso justifica as escolas não oferecerem o mesmo tipo de oportunidade às pessoas que querem estudar contrabaixo.
Muito embora o contrabaixo seja um instrumento em franco desenvolvimento, e que o nível dos contrabaixistas esteja cada vez melhor, não podemos negar as conseqüências de séculos de defasagem técnica do contrabaixo em relação a outros instrumentos.
Enquanto no século XVI a técnica do violino já estava desenvolvida, a do contrabaixo ainda engatinhava, entre afinações indefinidas, tamanhos diversos do instrumento, número de cordas variados, e a uma possível dificuldade de deslocamento com o instrumento e uma conseqüente dificuldade de troca de experiências entre os contrabaixistas de localidades distantes.
Mesmo com todos os esforços contrabaixísticos para que o instrumento apareça mais - e bem -, tanto nas orquestras, quanto como instrumento solista, ainda há uma relutância cultural entre as pessoas em reconhecer esses esforços. Essa relutância é natural e decrescente frente às modificações históricas e técnicas do instrumento, mas ainda é também pouco digerida por nós, contrabaixistas.
.
Sei que existem cursos de música em locais onde não há sequer um contrabaixista em muitos hectares. Penso que esse é um dos poucos casos “aceitáveis” de professores genéricos de contrabaixo, já que a contratação de um professor de contrabaixo exclusivo para pouquíssimos alunos envolveria um deslocamento grande e muitos gastos, na maioria das vezes, impossíveis de serem viabilizados com os escassos recursos de projetos modestos.
O que me aborrece são os cursos de música que, mesmo situados em grandes metrópoles ou bem próximos a elas, ainda insistem na velha fórmula de contratar professores de outros instrumentos para ministrar aulas de contrabaixo, sem ao menos tentar contratar um contrabaixista, professor de contrabaixo.
Existem muitos professores genéricos de contrabaixo, que podem ser excelentes violinistas, violistas, violoncelistas, trombonistas e tubistas mas que, como contrabaixistas, continuam sendo excelentes violinistas, violistas, violoncelistas, trombonistas e tubistas e só...
Outra coisa que me veio à mente é pensar no que faz um professor que não é de contrabaixo aceitar dar aulas de um instrumento que pensa haver alguma semelhança com o seu.
Em locais sem um contrabaixista a raios de distância, talvez isso possa até ser encarado como uma caridade e uma quase resistência cultural, já que o contrabaixo será apresentado a pessoas que sequer teriam a chance de conhecê-lo, se não fosse o projeto de música com seu professor genérico de contrabaixo.
Agora, não contratarem professor de contrabaixo em locais com dezenas de contrabaixistas pelas cercanias - muitos deles esperando por uma chance no mercado de trabalho -, para contratar um professor de contrabaixo genérico, além desconhecimento dos organizadores do projeto, isso também demonstra, no mínimo, o total desrespeito do professor genérico para com o colega contrabaixista de formação, que mereceria estar em seu próprio lugar.
Nas metrópoles, quando o projeto musical fica sem professor de contrabaixo repentinamente, “deslocar” um professor de outro instrumento para dar algumas poucas aulas até a chegada de outro professor de contrabaixo é um “quebra-galho” viável, desde que haja uma real movimentação da organização do projeto em arranjar logo o profissional, antes que todos se acomodem com a situação.
Mas na impossibilidade de arranjar o professor de contrabaixo, penso que o curso deve ser interrompido.
Sem professor de contrabaixo, muitos jovens contrabaixistas estão com má-postura ao contrabaixo, muitos vícios no instrumento e... muitas dores pelo corpo...
Sei que quando se é jovem, muita coisa é passada por cima, no melhor modelito do "deixa assim".
Só que a sua juventude, um dia será velhice e se você não se cuidar, a sua velhice ou mezzo-velhice será cheia de problemas de saúde.
Problemas de saúde (tendinites, bursites, dores de coluna, etc), advindos de uma má orientação ou de um estudo mal-direcionado (e/ou de irresponsabilidades de um modo geral), podem aparecer em qualquer instrumentista mas, ao estudar com um leigo no contrabaixo, as chances desses problemas aparecerem - e precocemente -, aumentam consideravelmente.
Penso que um mínimo de conforto e de responsabilidade são essenciais para todos os instrumentistas: instrumento regulado, macio e pequeno, cordas novas e macias, arco com crina razoável, uma boa resina, estante de música, banco confortável e uma boa iluminação no local de estudo e/ou trabalho. E um professor do próprio instrumento com experiência nisso e/ou com um currículo digno do cargo.
Contrabaixos chineses estão, na maioria das vezes, longe de ter uma qualidade fantástica, mas muitos são até bons para estudo, vêm com arco e capa e têm um valor bem acessível para projetos sociais.
Cordas tradicionais podem até ser caras, mas o custo-benefício compensa: melhor qualidade sonora e maior durabilidade.
Embora não sendo o recomendável, essas cordas podem durar muitos anos. As cordas que vêm nos instrumentos chineses costumam ser de péssima qualidade: podem arrebentar, além de não segurarem a afinação corretamente.
O mesmo acontece com a resina (breu): gasta-se um pouco mais com uma tradicional, mas a durabilidade é de muitos anos.
O banco, a estante e a iluminação são baratos.
Atualmente, podemos calcular um gasto médio de R$ 3.500,00 (aproximadamente seis salários mínimos) para a compra de todo o material necessário para iniciar um curso de contrabaixo, incluindo a regulagem do cavalete.
Se o contrabaixo e o arco forem bem cuidados (sem tombos, batidas, banhos de sol, etc), assim como o restante do material, não há necessidade de manutenções freqüentes e nem de reposições. A troca das cordas e a troca da crina do arco podem ser feitas até de três em três anos (ou mais, embora o recomendável seja em menos tempo).
Voltando ao assunto inicial, não vou entrar nos méritos dos projetos sociais de Música, porque muitos têm trabalhos ótimos, mas acho um absurdo que muitos menosprezem o ensino do contrabaixo e o releguem a terceiro plano, seja porque o que importa são os outros instrumentos, seja porque o contrabaixo só precisa fazer pum-pum-pum e, para fazer pum-pum-pum, não precisa gastar dinheiro com um professor de contrabaixo.
Com isso, os professores de outros instrumentos, que não podem fazer pum-pum-pum no seu próprio instrumento, acabam dando aulas de contrabaixo, e fazendo muito pum-pum-pum com isso.
Procure sempre se informar sobre os profissionais que darão aulas no curso de contrabaixo que você tanto quer fazer. Se não tiver um professor de contrabaixo original, desconfie do curso.
Se você resolver embarcar nessa mesmo assim, embarque consciente de que você estará sendo cúmplice de um crime executado por uma quadrilha formada pelos irresponsáveis pela organização e realização do projeto musical, junto do irresponsável do tal professor genérico, que atuará como falso contrabaixista.
Não é porque você é pobre, ou não tem dinheiro suficiente para pagar um curso de música, que você é obrigado a aceitar esmolas musicais.
O barato pode sair bem caro, e a próxima vítima das dores contrabaixísticas pode ser você...
<a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/"><img alt="Licença Creative Commons" style="border-width:0" src="http://i.creativecommons.org/l/by-nc-nd/3.0/80x15.png" /></a>
<span xmlns:dc="http://purl.org/dc/elements/1.1/" href="http://purl.org/dc/dcmitype/Text" property="dc:title" rel="dc:type">Orientacoes Contrabaixisticas</span> by <a xmlns:cc="http://creativecommons.org/ns#" href="https://www.contrabaixobr.com/tecnica-teoria-f22/orientacao-contrabaixistica-para-contrabaixistas-acustico-t2297.htm" property="cc:attributionName" rel="cc:attributionURL">Voila Marques</a> is licensed under a <a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/">Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Não a obras derivadas License</a>.
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Muitas cidades oferecem cursos de música gratuitos, alguns vinculados ao governo, outros a ONGs.
Acho a iniciativa muito válida, pois são oferecidas aulas de música e/ou instrumentos para pessoas que não podem pagar pelos estudos musicais. Muitas das vezes, além das aulas, são emprestados instrumentos para que os alunos possam estudar na própria escola e/ou em casa, e acelerar seu desenvolvimento.
O que não concordo é com o descaso de algumas dessas entidades, que oferecem cursos de contrabaixo com professores não-contrabaixistas, ou que oferecem prática orquestral e o contrabaixo para os contrabaixistas, sem oferecer também aulas de contrabaixo para que o aluno se desenvolva a contento.
Os projetos sociais que envolvem música têm patrocinadores. Patrocínios estão associados à prestação de contas, troca de favores e mostra de serviço.
Quando o vínculo é com o governo, tocar em cerimônias e eventos políticos são plausíveis de acontecer, assim como as apresentações para membros do governo também são. Patrocínios culturais envolvem retorno e visibilidade.
Para representar melhor projetos musicais vinculados ao ensino instrumental, nada mais adequado que uma orquestra, ainda mais se a orquestra em questão for formada por crianças e jovens, pois tudo que envolve o talento infantil ou juvenil tem um apelo social muito intenso e sugestivo.
Se os jovens forem carentes, o apelo social é mais representativo ainda.
Logicamente que, afastar crianças e jovens carentes do resultado maléfico das drogas e/ou oferecer uma oportunidade de estudo e melhoria cultural e/ou uma proposta de investimento no potencial desses artistas, objetivando o ingresso deles no mercado de trabalho - ao mesmo tempo em que afasta o fantasma do desemprego e da violência-, são propostas maravilhosas.
Muitos cursos de música gratuitos têm trabalhos ótimos, mas acho um absurdo que muitos deles releguem o ensino do contrabaixo a terceiro plano, seja por priorizar quase que exclusivamente os instrumentos mais melodiosos e/ou com mais chances de aparecer na mídia e/ou de agradar mais os patrocinadores; seja porque a procura pelo contrabaixo é menor que para os outros instrumentos; seja para justificar as verbas investidas no projeto com muitos instrumentos de valor mais acessível, ao invés de poucos com valor mais alto, já que na hora de “mostrar serviço”, uma escola de música ou uma orquestra com 20 violinistas e um contrabaixo costuma ter muito mais visibilidade do que uma escola com poucos violinistas e 4 contrabaixistas, por exemplo.
A preferência dos estudantes por instrumentos mais agudos (violino, cavaquinho, flauta, trompete) pode bem ser um fator cultural – violinos estão presentes em nossa cultura através dos mouros, portugueses e espanhóis; o trompete sempre esteve presente em bandas; e a flauta e o cavaquinho sempre acompanharam o desenvolvimento da música popular.
Mas a preferência por instrumentos mais agudos também pode ser um fator econômico – instrumentos menores, além de mais agudos, costumam ser menos caros-, mas nada disso justifica as escolas não oferecerem o mesmo tipo de oportunidade às pessoas que querem estudar contrabaixo.
Muito embora o contrabaixo seja um instrumento em franco desenvolvimento, e que o nível dos contrabaixistas esteja cada vez melhor, não podemos negar as conseqüências de séculos de defasagem técnica do contrabaixo em relação a outros instrumentos.
Enquanto no século XVI a técnica do violino já estava desenvolvida, a do contrabaixo ainda engatinhava, entre afinações indefinidas, tamanhos diversos do instrumento, número de cordas variados, e a uma possível dificuldade de deslocamento com o instrumento e uma conseqüente dificuldade de troca de experiências entre os contrabaixistas de localidades distantes.
Mesmo com todos os esforços contrabaixísticos para que o instrumento apareça mais - e bem -, tanto nas orquestras, quanto como instrumento solista, ainda há uma relutância cultural entre as pessoas em reconhecer esses esforços. Essa relutância é natural e decrescente frente às modificações históricas e técnicas do instrumento, mas ainda é também pouco digerida por nós, contrabaixistas.
.
Sei que existem cursos de música em locais onde não há sequer um contrabaixista em muitos hectares. Penso que esse é um dos poucos casos “aceitáveis” de professores genéricos de contrabaixo, já que a contratação de um professor de contrabaixo exclusivo para pouquíssimos alunos envolveria um deslocamento grande e muitos gastos, na maioria das vezes, impossíveis de serem viabilizados com os escassos recursos de projetos modestos.
O que me aborrece são os cursos de música que, mesmo situados em grandes metrópoles ou bem próximos a elas, ainda insistem na velha fórmula de contratar professores de outros instrumentos para ministrar aulas de contrabaixo, sem ao menos tentar contratar um contrabaixista, professor de contrabaixo.
Existem muitos professores genéricos de contrabaixo, que podem ser excelentes violinistas, violistas, violoncelistas, trombonistas e tubistas mas que, como contrabaixistas, continuam sendo excelentes violinistas, violistas, violoncelistas, trombonistas e tubistas e só...
Outra coisa que me veio à mente é pensar no que faz um professor que não é de contrabaixo aceitar dar aulas de um instrumento que pensa haver alguma semelhança com o seu.
Em locais sem um contrabaixista a raios de distância, talvez isso possa até ser encarado como uma caridade e uma quase resistência cultural, já que o contrabaixo será apresentado a pessoas que sequer teriam a chance de conhecê-lo, se não fosse o projeto de música com seu professor genérico de contrabaixo.
Agora, não contratarem professor de contrabaixo em locais com dezenas de contrabaixistas pelas cercanias - muitos deles esperando por uma chance no mercado de trabalho -, para contratar um professor de contrabaixo genérico, além desconhecimento dos organizadores do projeto, isso também demonstra, no mínimo, o total desrespeito do professor genérico para com o colega contrabaixista de formação, que mereceria estar em seu próprio lugar.
Nas metrópoles, quando o projeto musical fica sem professor de contrabaixo repentinamente, “deslocar” um professor de outro instrumento para dar algumas poucas aulas até a chegada de outro professor de contrabaixo é um “quebra-galho” viável, desde que haja uma real movimentação da organização do projeto em arranjar logo o profissional, antes que todos se acomodem com a situação.
Mas na impossibilidade de arranjar o professor de contrabaixo, penso que o curso deve ser interrompido.
Sem professor de contrabaixo, muitos jovens contrabaixistas estão com má-postura ao contrabaixo, muitos vícios no instrumento e... muitas dores pelo corpo...
Sei que quando se é jovem, muita coisa é passada por cima, no melhor modelito do "deixa assim".
Só que a sua juventude, um dia será velhice e se você não se cuidar, a sua velhice ou mezzo-velhice será cheia de problemas de saúde.
Problemas de saúde (tendinites, bursites, dores de coluna, etc), advindos de uma má orientação ou de um estudo mal-direcionado (e/ou de irresponsabilidades de um modo geral), podem aparecer em qualquer instrumentista mas, ao estudar com um leigo no contrabaixo, as chances desses problemas aparecerem - e precocemente -, aumentam consideravelmente.
Penso que um mínimo de conforto e de responsabilidade são essenciais para todos os instrumentistas: instrumento regulado, macio e pequeno, cordas novas e macias, arco com crina razoável, uma boa resina, estante de música, banco confortável e uma boa iluminação no local de estudo e/ou trabalho. E um professor do próprio instrumento com experiência nisso e/ou com um currículo digno do cargo.
Contrabaixos chineses estão, na maioria das vezes, longe de ter uma qualidade fantástica, mas muitos são até bons para estudo, vêm com arco e capa e têm um valor bem acessível para projetos sociais.
Cordas tradicionais podem até ser caras, mas o custo-benefício compensa: melhor qualidade sonora e maior durabilidade.
Embora não sendo o recomendável, essas cordas podem durar muitos anos. As cordas que vêm nos instrumentos chineses costumam ser de péssima qualidade: podem arrebentar, além de não segurarem a afinação corretamente.
O mesmo acontece com a resina (breu): gasta-se um pouco mais com uma tradicional, mas a durabilidade é de muitos anos.
O banco, a estante e a iluminação são baratos.
Atualmente, podemos calcular um gasto médio de R$ 3.500,00 (aproximadamente seis salários mínimos) para a compra de todo o material necessário para iniciar um curso de contrabaixo, incluindo a regulagem do cavalete.
Se o contrabaixo e o arco forem bem cuidados (sem tombos, batidas, banhos de sol, etc), assim como o restante do material, não há necessidade de manutenções freqüentes e nem de reposições. A troca das cordas e a troca da crina do arco podem ser feitas até de três em três anos (ou mais, embora o recomendável seja em menos tempo).
Voltando ao assunto inicial, não vou entrar nos méritos dos projetos sociais de Música, porque muitos têm trabalhos ótimos, mas acho um absurdo que muitos menosprezem o ensino do contrabaixo e o releguem a terceiro plano, seja porque o que importa são os outros instrumentos, seja porque o contrabaixo só precisa fazer pum-pum-pum e, para fazer pum-pum-pum, não precisa gastar dinheiro com um professor de contrabaixo.
Com isso, os professores de outros instrumentos, que não podem fazer pum-pum-pum no seu próprio instrumento, acabam dando aulas de contrabaixo, e fazendo muito pum-pum-pum com isso.
Procure sempre se informar sobre os profissionais que darão aulas no curso de contrabaixo que você tanto quer fazer. Se não tiver um professor de contrabaixo original, desconfie do curso.
Se você resolver embarcar nessa mesmo assim, embarque consciente de que você estará sendo cúmplice de um crime executado por uma quadrilha formada pelos irresponsáveis pela organização e realização do projeto musical, junto do irresponsável do tal professor genérico, que atuará como falso contrabaixista.
Não é porque você é pobre, ou não tem dinheiro suficiente para pagar um curso de música, que você é obrigado a aceitar esmolas musicais.
O barato pode sair bem caro, e a próxima vítima das dores contrabaixísticas pode ser você...
<a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/"><img alt="Licença Creative Commons" style="border-width:0" src="http://i.creativecommons.org/l/by-nc-nd/3.0/80x15.png" /></a>
<span xmlns:dc="http://purl.org/dc/elements/1.1/" href="http://purl.org/dc/dcmitype/Text" property="dc:title" rel="dc:type">Orientacoes Contrabaixisticas</span> by <a xmlns:cc="http://creativecommons.org/ns#" href="https://www.contrabaixobr.com/tecnica-teoria-f22/orientacao-contrabaixistica-para-contrabaixistas-acustico-t2297.htm" property="cc:attributionName" rel="cc:attributionURL">Voila Marques</a> is licensed under a <a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/">Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Não a obras derivadas License</a>.
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Última edição por Voila Marques em Qui Nov 22, 2012 12:33 am, editado 2 vez(es)
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Re: Orientação contrabaixística para contrabaixistas (acústico)
(83) Fábulas contrabaixísticas: O Contrabaixista e a Galinha Ruiva
Depois de ser chamado pela enésima vez para mais um concerto em cima da hora, um contrabaixista se lembra da história da Galinha Ruiva...
Nela, a Galinha Ruiva resolve plantar um grãozinho de milho e, para isso, pergunta a seus amigos Porco, Gato e Pata, se algum deles gostaria de ajudá-la, mas nenhum deles quer. Ela então planta o milho sozinha.
Depois que o milho fica maduro, ela resolve colhê-lo e, mais uma vez, pede a ajuda dos amigos e, novamente, ninguém se manifesta. Ela vai colhê-lo sozinha.
Na hora de debulhar o milho, a mesma pergunta e as mesmas respostas e, mais uma vez, ela faz tudo sozinha.
Por fim, ela resolve fazer um bolo de milho e, depois dele pronto e cheiroso, pergunta se alguém quer ajudá-la a comê-lo, e todos correm para auxiliá-la nessa difícil tarefa.
Aí, ela resolve comer tudo somente com seus pintinhos, já que ninguém a ajudou em nada quando ela precisou...
Agora, vamos à outra historinha...
Era uma vez, um dia muito noite na casa de um contrabaixista, quando o telefone toca...
Do outro lado da linha está um(a) maestro (maestrina) necessitando com urgência urgentíssima de um contrabaixista para um concerto num palácio, quatro dias depois, com também quatro ensaios, incluindo sábado e domingo. Delícia!
Na hora dos detalhes, falta o detalhe principal: o cachê, mas o Maestro (Maestrina) diz que ele só aparecerá após a aprovação de um projeto mágico seu de orquestra...
Mais uma vez, o Contrabaixista escuta aquelas famosas frases do “estamos sem cachê para esse concerto”, do “primeiro concerto para um projeto de uma futura nova orquestra”, etc.
E aí vem a pergunta que ninguém quer ouvir nessas horas: “você poderia me ajudar?”.
Só então o Contrabaixista se dá conta de que já ouviu história semelhante antes, e se lembra, de imediato, da historinha da Galinha Ruiva, mas é interrompido pelo(a) Maestro (Maestrina), que aparece mais um detalhe: o contrabaixista Porco, o contrabaixista Gato e a contrabaixista Pata, que fariam o concerto, não poderão mais, por causa de “outros compromissos profissionais”.
O Contrabaixista fica comovido com tão triste situação e, quase às lágrimas, aceita ajudar a Galinha Ruiva Maestro (Maestrina).
Como o Contrabaixista não tem uma fada madrinha para transformar abóboras e ratos em carruagem, a Galinha Ruiva então se compromete a trazer e levar o Contrabaixista e seu imenso instrumento de carro, a cada ensaio e concerto, pois o Contrabaixista pode ser até bobo de tocar de graça, mas nunquinha de gastar suas próprias moedas de ouro com a carruagem que o levará aos ensaios e concerto no palácio...
O Contrabaixista volta a se lembrar da história da Galinha Ruiva e sonha com um grand finale diferente para ela, com muitos músicos ajudando a fazer os concertos, e até com os quem sabe- talvez- possíveis ovos de ouro do projeto da orquestra.
Depois de beber uma boa dose de bom senso retardado, ele corre para o telefone e, um telefonema aqui e outro acolá, descobre que a tal orquestra é um horror, que a tal Galinha Ruiva Maestro (Maestrina) é completamente inexperiente, que os contrabaixistas Porco, Gato e Pata amarelaram, e que o tal concerto será uma grande roubada...
Na história da Galinha Ruiva há um grande diferencial para o sucesso de todo o serviço e do bolo de milho: ela sabia fazê-los sozinha, e bem.
Na vida real, precisamos nos comportar como os antagonistas deste conto infantil, ou seja: esperar que os projetos de orquestra estejam prontos, aprovados, assados, cheirosos e com os todos os recursos disponíveis quando chegam até nós.
E, ao passarmos esse conto infantil para uma fábula contrabaixística, aprendemos que a receita do bolo é uma só: cada um fazer bem só a sua função, lembrando que é mais fácil achar contrabaixistas bons do que maestros (maestrinas) idem.
É importante também saber previamente alguns detalhes do projeto mágico como, por exemplo, se a Galinha Ruiva sabe o que é um milho, pois qualquer que seja o projeto, ele tem que ter uma Galinha Ruiva competente e experiente à frente dele ou, do contrário, não vingará. E tem que ter consistência no que nos é oferecido...
Mas, se com o projeto aprovado e o cachê no bolso, depois o projeto não passar de um concerto, pelo menos não plantamos o milho de graça e ainda podemos comer várias fatias de bolo com o cachê...
<a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/"><img alt="Licença Creative Commons" style="border-width:0" src="http://i.creativecommons.org/l/by-nc-nd/3.0/80x15.png" /></a>
<span xmlns:dc="http://purl.org/dc/elements/1.1/" href="http://purl.org/dc/dcmitype/Text" property="dc:title" rel="dc:type">Orientacoes Contrabaixisticas</span> by <a xmlns:cc="http://creativecommons.org/ns#" href="https://www.contrabaixobr.com/tecnica-teoria-f22/orientacao-contrabaixistica-para-contrabaixistas-acustico-t2297.htm" property="cc:attributionName" rel="cc:attributionURL">Voila Marques</a> is licensed under a <a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/">Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Não a obras derivadas License</a>.
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Depois de ser chamado pela enésima vez para mais um concerto em cima da hora, um contrabaixista se lembra da história da Galinha Ruiva...
Nela, a Galinha Ruiva resolve plantar um grãozinho de milho e, para isso, pergunta a seus amigos Porco, Gato e Pata, se algum deles gostaria de ajudá-la, mas nenhum deles quer. Ela então planta o milho sozinha.
Depois que o milho fica maduro, ela resolve colhê-lo e, mais uma vez, pede a ajuda dos amigos e, novamente, ninguém se manifesta. Ela vai colhê-lo sozinha.
Na hora de debulhar o milho, a mesma pergunta e as mesmas respostas e, mais uma vez, ela faz tudo sozinha.
Por fim, ela resolve fazer um bolo de milho e, depois dele pronto e cheiroso, pergunta se alguém quer ajudá-la a comê-lo, e todos correm para auxiliá-la nessa difícil tarefa.
Aí, ela resolve comer tudo somente com seus pintinhos, já que ninguém a ajudou em nada quando ela precisou...
Agora, vamos à outra historinha...
Era uma vez, um dia muito noite na casa de um contrabaixista, quando o telefone toca...
Do outro lado da linha está um(a) maestro (maestrina) necessitando com urgência urgentíssima de um contrabaixista para um concerto num palácio, quatro dias depois, com também quatro ensaios, incluindo sábado e domingo. Delícia!
Na hora dos detalhes, falta o detalhe principal: o cachê, mas o Maestro (Maestrina) diz que ele só aparecerá após a aprovação de um projeto mágico seu de orquestra...
Mais uma vez, o Contrabaixista escuta aquelas famosas frases do “estamos sem cachê para esse concerto”, do “primeiro concerto para um projeto de uma futura nova orquestra”, etc.
E aí vem a pergunta que ninguém quer ouvir nessas horas: “você poderia me ajudar?”.
Só então o Contrabaixista se dá conta de que já ouviu história semelhante antes, e se lembra, de imediato, da historinha da Galinha Ruiva, mas é interrompido pelo(a) Maestro (Maestrina), que aparece mais um detalhe: o contrabaixista Porco, o contrabaixista Gato e a contrabaixista Pata, que fariam o concerto, não poderão mais, por causa de “outros compromissos profissionais”.
O Contrabaixista fica comovido com tão triste situação e, quase às lágrimas, aceita ajudar a Galinha Ruiva Maestro (Maestrina).
Como o Contrabaixista não tem uma fada madrinha para transformar abóboras e ratos em carruagem, a Galinha Ruiva então se compromete a trazer e levar o Contrabaixista e seu imenso instrumento de carro, a cada ensaio e concerto, pois o Contrabaixista pode ser até bobo de tocar de graça, mas nunquinha de gastar suas próprias moedas de ouro com a carruagem que o levará aos ensaios e concerto no palácio...
O Contrabaixista volta a se lembrar da história da Galinha Ruiva e sonha com um grand finale diferente para ela, com muitos músicos ajudando a fazer os concertos, e até com os quem sabe- talvez- possíveis ovos de ouro do projeto da orquestra.
Depois de beber uma boa dose de bom senso retardado, ele corre para o telefone e, um telefonema aqui e outro acolá, descobre que a tal orquestra é um horror, que a tal Galinha Ruiva Maestro (Maestrina) é completamente inexperiente, que os contrabaixistas Porco, Gato e Pata amarelaram, e que o tal concerto será uma grande roubada...
Na história da Galinha Ruiva há um grande diferencial para o sucesso de todo o serviço e do bolo de milho: ela sabia fazê-los sozinha, e bem.
Na vida real, precisamos nos comportar como os antagonistas deste conto infantil, ou seja: esperar que os projetos de orquestra estejam prontos, aprovados, assados, cheirosos e com os todos os recursos disponíveis quando chegam até nós.
E, ao passarmos esse conto infantil para uma fábula contrabaixística, aprendemos que a receita do bolo é uma só: cada um fazer bem só a sua função, lembrando que é mais fácil achar contrabaixistas bons do que maestros (maestrinas) idem.
É importante também saber previamente alguns detalhes do projeto mágico como, por exemplo, se a Galinha Ruiva sabe o que é um milho, pois qualquer que seja o projeto, ele tem que ter uma Galinha Ruiva competente e experiente à frente dele ou, do contrário, não vingará. E tem que ter consistência no que nos é oferecido...
Mas, se com o projeto aprovado e o cachê no bolso, depois o projeto não passar de um concerto, pelo menos não plantamos o milho de graça e ainda podemos comer várias fatias de bolo com o cachê...
<a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/"><img alt="Licença Creative Commons" style="border-width:0" src="http://i.creativecommons.org/l/by-nc-nd/3.0/80x15.png" /></a>
<span xmlns:dc="http://purl.org/dc/elements/1.1/" href="http://purl.org/dc/dcmitype/Text" property="dc:title" rel="dc:type">Orientacoes Contrabaixisticas</span> by <a xmlns:cc="http://creativecommons.org/ns#" href="https://www.contrabaixobr.com/tecnica-teoria-f22/orientacao-contrabaixistica-para-contrabaixistas-acustico-t2297.htm" property="cc:attributionName" rel="cc:attributionURL">Voila Marques</a> is licensed under a <a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/">Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Não a obras derivadas License</a>.
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Última edição por Voila Marques em Qui Nov 22, 2012 12:32 am, editado 2 vez(es)
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Re: Orientação contrabaixística para contrabaixistas (acústico)
(84) Cuidaditos com o seu contrabaixo, com o contrabaixo do seu vizinho, com o contrabaixo do pai de todos...
Nem todos os contrabaixistas têm a sorte de conseguir um contrabaixo bom para tocar e/ou estudar.
A qualidade dos instrumentos é tão diversificada, que alguns contrabaixos até se dão ao luxo (?) de serem classificados mimosamente de “caixotinhos de bacalhau”... Lindo isso, não é?
Mas, mesmo sendo o talvez não tão feliz proprietário de uma preciosidade dessas, pense que pelo menos você tem um contrabaixo, enquanto muitos aspirantes a contrabaixistas -e até mesmo alguns contrabaixistas-, sequer têm um, valendo-se de sonhos ou de instrumentos emprestados enquanto a cegonha contrabaixística não os visita.
Parafraseando um antigo ministro que dizia que o "cachorro também era um ser humano como outro qualquer" (ou algo do tipo), podemos dizer que até os caixotes de bacalhau também são instrumentos e, por isso, merecem cuidados, mesmo que destituídos de atrativos.
Por mais esdrúxulo que possa parecer, contrabaixos também são instrumentos frágeis e delicados.
Assim como no famoso filme de faroeste Shane, de George Stevens, Os Brutos também Amam, na nossa vida contrabaixística os “brutos” também são - e devem ser- amados... Bem amados, please!
Para que esse amor não termine em tragédia operística, gostaria de passar para você alguns cuidaditos básicos bem democráticos, que servem para tanto para contrabaixos, quanto para contrabaixistas, feios ou bonitos, bons ou péssimos.
Quando se fala em cuidados, um dos primeiros quesitos são os tombos. Tombos são uma questão de física, de muita sorte e de alguns cuidados.
De um modo geral, o tampo do instrumento (parte da frente) é uma parte delicadíssima, e tombos em que o contrabaixo se estabaca com o cavalete voltado para o chão, ou quando algo atravessa o tampo do instrumento, costumam causar grandes avarias a ele, muitas delas irreversíveis.
Às vezes, o estrago é tão grande que a solução é trocar o tampo do instrumento, e nem sempre compensa fazer isso, financeiramente falando.
Em outros casos, trocar por um tampo do mesmo nível do original sai tão caro, que não tem como fazer o serviço com esse nível de exigência...
Instrumentos de madeira são mais resistentes ao tempo que os de compensado.
Aqui vão uns cuidadinhos básicos, quase um segredinho de beleza para o seu contrabaixo:
Evite deixar o contrabaixo no chão; apóie o bonitinho no canto da parede (quina), com o cavalete voltado para a parede; com os "ombrinhos" apoiados nas paredes; com os "quadris" afastados das paredes; e com o braço alinhado exatamente na linha entre as duas paredes.
Ele ficará ligeiramente inclinado para frente, ou seja, com os "ombrinhos" mais próximos da parede e com os "quadris" mais distantes dela.
Cuidados na apresentação: evite deixar o seu lindo no chão.
Se não houver jeito, proteja as laterais dele com uns caquinhos de madeira ou pedacinhos de borracha, para que a madeira não fique em contato direto com o chão, porque o verniz vai embora com isso.
Contrabaixo não é enceradeira.
Outra coisita: cintos costumam arranhar todo o verniz do instrumento. Vire o cinto para o lado, ou ponha um pano sobre ele ou vá sem ele.
Pense que, se a calça cair, o contrabaixo te protegerá, ou na possibilidade de encarar de frente uma grande performance...
Se você foi apoiar o fofinho na cadeira, veja se ela é segura, e se ele está com o "C" - aquela curvinha que fica entre o "ombrinho" e o "quadril"- bem assentada na cadeira.
Avente a possibilidade que ele pode escorregar e cair.
Pense que não é só você que escorrega na poltrona comendo batata frita na frente da televisão, e que contrabaixos não precisam nem de batata frita para isso: só do seu descuido.
Se você for mesmo colocá-lo no chão, eleja um local menos movimentado para isso, ou seja, com o cavalete voltado para uma parede, com o espigão protegido de pernas cegas, e com uma boa quantidade do fio da captação por perto, pois caso algum imbecil resolva tropeçar no fio, ainda há uma margem de fio antes dele levar o seu contrabaixo junto.
E NUNCA deixe o contrabaixo apoiado num banco de contrabaixo, daqueles altos. Alguns palcos mais assanhados sacodem até com os passos das pessoas, e alguns pisos são tronchos.
Para você não ficar na neura de pedir para passarem com cuidado perto do seu contrabaixo que a-do-ra ficar sentado no seu lugar enquanto você não está, ou de ficar verificando o caiamento do palco, adote a mania de deixá-lo em locais mais seguros.
Sabe aquele ditado que diz que "para morrer, basta estar vivo"?
Pois é, para o contrabaixo morrer basta estar em qualquer lugar, porque em pé ele pode cair, sentado ele pode cair e deitado ele também pode cair, se aquele estúpido tropeçar nele...
Essa é uma dica especial para as moçoilas contrabaixistas: cuidado com o trio sertanejo Contrabaixo, Saia Comprida & Escada. E processem o empresário que quiser fazer um quarteto com o Salto Alto...
Agora, se não der para terceirizar o serviço de subir escadas com o contrabaixo, bem acompanhado da Dona Saia Comprida e do Seu Salto Alto, dê um charmoso nó na sua saia, na altura dos joelhos.
É melhor arranjar um nó na saia do que arranhões no joelhinho tímido e escoriações no contrabaixo dublê de avião.
Afora tombos e arranhões, aqui vai mais uma dica: capas de material sintético são ótimas para fazer churrasquinho de contrabaixo. Basta um cigarrinho por perto, ok?
Contrabaixos também sofrem de hidrofobia: a madeira molhada e/ ou a umidade podem descolar o instrumento, empená-lo e... desvalorizá-lo, ou fazer você gastar dinheiro para tratar do "resfriado" adquirido no quase inocente banhinho.
Para quase terminar, a resistência física do instrumento depende mais do material que ele foi feito, da construção dele e do cuidado que se tem com ele, do que do tamanho.
Nem todos os contrabaixistas têm a sorte de conseguir um contrabaixo bom para tocar e/ou estudar, mas o inverso também é verdadeiro: nem todo contrabaixo tem a sorte de conseguir um contrabaixista cuidadoso que o toque e/ou estude...
E para terminar, desculpem-me a sinceridade, mas acho que esses trogloditas que pisam no contrabaixo - e de sapatos- com a pretensão de fazer disso música, deveriam sempre levar um bom tombo na hora das apresentações, daqueles de quebrar braço e perna, até pararem de torturar um pobre e inocente contrabaixo, que só veio ao mundo para fazer... música!
<a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/"><img alt="Licença Creative Commons" style="border-width:0" src="http://i.creativecommons.org/l/by-nc-nd/3.0/80x15.png" /></a>
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Nem todos os contrabaixistas têm a sorte de conseguir um contrabaixo bom para tocar e/ou estudar.
A qualidade dos instrumentos é tão diversificada, que alguns contrabaixos até se dão ao luxo (?) de serem classificados mimosamente de “caixotinhos de bacalhau”... Lindo isso, não é?
Mas, mesmo sendo o talvez não tão feliz proprietário de uma preciosidade dessas, pense que pelo menos você tem um contrabaixo, enquanto muitos aspirantes a contrabaixistas -e até mesmo alguns contrabaixistas-, sequer têm um, valendo-se de sonhos ou de instrumentos emprestados enquanto a cegonha contrabaixística não os visita.
Parafraseando um antigo ministro que dizia que o "cachorro também era um ser humano como outro qualquer" (ou algo do tipo), podemos dizer que até os caixotes de bacalhau também são instrumentos e, por isso, merecem cuidados, mesmo que destituídos de atrativos.
Por mais esdrúxulo que possa parecer, contrabaixos também são instrumentos frágeis e delicados.
Assim como no famoso filme de faroeste Shane, de George Stevens, Os Brutos também Amam, na nossa vida contrabaixística os “brutos” também são - e devem ser- amados... Bem amados, please!
Para que esse amor não termine em tragédia operística, gostaria de passar para você alguns cuidaditos básicos bem democráticos, que servem para tanto para contrabaixos, quanto para contrabaixistas, feios ou bonitos, bons ou péssimos.
Quando se fala em cuidados, um dos primeiros quesitos são os tombos. Tombos são uma questão de física, de muita sorte e de alguns cuidados.
De um modo geral, o tampo do instrumento (parte da frente) é uma parte delicadíssima, e tombos em que o contrabaixo se estabaca com o cavalete voltado para o chão, ou quando algo atravessa o tampo do instrumento, costumam causar grandes avarias a ele, muitas delas irreversíveis.
Às vezes, o estrago é tão grande que a solução é trocar o tampo do instrumento, e nem sempre compensa fazer isso, financeiramente falando.
Em outros casos, trocar por um tampo do mesmo nível do original sai tão caro, que não tem como fazer o serviço com esse nível de exigência...
Instrumentos de madeira são mais resistentes ao tempo que os de compensado.
Aqui vão uns cuidadinhos básicos, quase um segredinho de beleza para o seu contrabaixo:
Evite deixar o contrabaixo no chão; apóie o bonitinho no canto da parede (quina), com o cavalete voltado para a parede; com os "ombrinhos" apoiados nas paredes; com os "quadris" afastados das paredes; e com o braço alinhado exatamente na linha entre as duas paredes.
Ele ficará ligeiramente inclinado para frente, ou seja, com os "ombrinhos" mais próximos da parede e com os "quadris" mais distantes dela.
Cuidados na apresentação: evite deixar o seu lindo no chão.
Se não houver jeito, proteja as laterais dele com uns caquinhos de madeira ou pedacinhos de borracha, para que a madeira não fique em contato direto com o chão, porque o verniz vai embora com isso.
Contrabaixo não é enceradeira.
Outra coisita: cintos costumam arranhar todo o verniz do instrumento. Vire o cinto para o lado, ou ponha um pano sobre ele ou vá sem ele.
Pense que, se a calça cair, o contrabaixo te protegerá, ou na possibilidade de encarar de frente uma grande performance...
Se você foi apoiar o fofinho na cadeira, veja se ela é segura, e se ele está com o "C" - aquela curvinha que fica entre o "ombrinho" e o "quadril"- bem assentada na cadeira.
Avente a possibilidade que ele pode escorregar e cair.
Pense que não é só você que escorrega na poltrona comendo batata frita na frente da televisão, e que contrabaixos não precisam nem de batata frita para isso: só do seu descuido.
Se você for mesmo colocá-lo no chão, eleja um local menos movimentado para isso, ou seja, com o cavalete voltado para uma parede, com o espigão protegido de pernas cegas, e com uma boa quantidade do fio da captação por perto, pois caso algum imbecil resolva tropeçar no fio, ainda há uma margem de fio antes dele levar o seu contrabaixo junto.
E NUNCA deixe o contrabaixo apoiado num banco de contrabaixo, daqueles altos. Alguns palcos mais assanhados sacodem até com os passos das pessoas, e alguns pisos são tronchos.
Para você não ficar na neura de pedir para passarem com cuidado perto do seu contrabaixo que a-do-ra ficar sentado no seu lugar enquanto você não está, ou de ficar verificando o caiamento do palco, adote a mania de deixá-lo em locais mais seguros.
Sabe aquele ditado que diz que "para morrer, basta estar vivo"?
Pois é, para o contrabaixo morrer basta estar em qualquer lugar, porque em pé ele pode cair, sentado ele pode cair e deitado ele também pode cair, se aquele estúpido tropeçar nele...
Essa é uma dica especial para as moçoilas contrabaixistas: cuidado com o trio sertanejo Contrabaixo, Saia Comprida & Escada. E processem o empresário que quiser fazer um quarteto com o Salto Alto...
Agora, se não der para terceirizar o serviço de subir escadas com o contrabaixo, bem acompanhado da Dona Saia Comprida e do Seu Salto Alto, dê um charmoso nó na sua saia, na altura dos joelhos.
É melhor arranjar um nó na saia do que arranhões no joelhinho tímido e escoriações no contrabaixo dublê de avião.
Afora tombos e arranhões, aqui vai mais uma dica: capas de material sintético são ótimas para fazer churrasquinho de contrabaixo. Basta um cigarrinho por perto, ok?
Contrabaixos também sofrem de hidrofobia: a madeira molhada e/ ou a umidade podem descolar o instrumento, empená-lo e... desvalorizá-lo, ou fazer você gastar dinheiro para tratar do "resfriado" adquirido no quase inocente banhinho.
Para quase terminar, a resistência física do instrumento depende mais do material que ele foi feito, da construção dele e do cuidado que se tem com ele, do que do tamanho.
Nem todos os contrabaixistas têm a sorte de conseguir um contrabaixo bom para tocar e/ou estudar, mas o inverso também é verdadeiro: nem todo contrabaixo tem a sorte de conseguir um contrabaixista cuidadoso que o toque e/ou estude...
E para terminar, desculpem-me a sinceridade, mas acho que esses trogloditas que pisam no contrabaixo - e de sapatos- com a pretensão de fazer disso música, deveriam sempre levar um bom tombo na hora das apresentações, daqueles de quebrar braço e perna, até pararem de torturar um pobre e inocente contrabaixo, que só veio ao mundo para fazer... música!
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Re: Orientação contrabaixística para contrabaixistas (acústico)
(85) Fábulas contrabaixísticas: O Contrabaixista Lebre e o Contrabaixista Tartaruga
Um dia, o contrabaixista Lebre encontrou o contrabaixista Tartaruga num ensaio, e aproveitou para implicar o quanto pode com o seu passo lento e seu jeito disciplinado de encarar a vida contrabaixística.
- Mesmo sendo tu quase tão veloz quanto um violinista estabanado, ainda vou ganhar-te num concurso! – respondeu o contrabaixista Tartaruga pacientemente.
O contrabaixista Lebre, pensando que tal era impossível, aceitou o desafio.
Como havia um concurso para uma orquestra em andamento, combinaram então que ambos se inscreveriam nele.
No dia combinado do concurso, os dois se encontraram com o pianista acompanhador e partiram para a performance.
O contrabaixista Tartaruga começou a tocar uma música não tão rápida e de forma equilibrada, nunca parando pelo caminho, até o fim da partitura.
O contrabaixista Lebre largou desembestado numa música virtuosística, perdeu o tempo da música, trocou o ritmo, tropeçou, embolou as notas, até que parou no meio execução para procurar pelo pianista, que tinha ficado lá no meio do caminho...
Quando voltou a tocar, recomeçou a correr o mais rapidamente que pode, para recuperar o tempo que ele achava ter perdido.
Mas já era tarde...
Na hora do resultado, o contrabaixista Lebre soube que o contrabaixista Tartaruga tinha ganhado o concurso e que já estava a descansar confortavelmente sobre os elogios e apupos da banca e do público.
Moral da história:
Devagar, mas com persistência, continuará os estudos contrabaixísticos e a Música, e terá a chance de fazer boas escolhas contrabaixísticas.
Esta fábula é baseada num fato real que presenciei durante um curso dado pelo grande contrabaixista italiano Franco Petracchi, aqui no Brasil.
Nele, quase todos os contrabaixistas executantes optaram por tocar peças difíceis.
Ao fim do curso, Petracchi comentou que os contrabaixistas deveriam escolher peças adequadas ao seu nível no instrumento, para evitar perda de tempo.
<a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/"><img alt="Licença Creative Commons" style="border-width:0" src="http://i.creativecommons.org/l/by-nc-nd/3.0/80x15.png" /></a>
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Um dia, o contrabaixista Lebre encontrou o contrabaixista Tartaruga num ensaio, e aproveitou para implicar o quanto pode com o seu passo lento e seu jeito disciplinado de encarar a vida contrabaixística.
- Mesmo sendo tu quase tão veloz quanto um violinista estabanado, ainda vou ganhar-te num concurso! – respondeu o contrabaixista Tartaruga pacientemente.
O contrabaixista Lebre, pensando que tal era impossível, aceitou o desafio.
Como havia um concurso para uma orquestra em andamento, combinaram então que ambos se inscreveriam nele.
No dia combinado do concurso, os dois se encontraram com o pianista acompanhador e partiram para a performance.
O contrabaixista Tartaruga começou a tocar uma música não tão rápida e de forma equilibrada, nunca parando pelo caminho, até o fim da partitura.
O contrabaixista Lebre largou desembestado numa música virtuosística, perdeu o tempo da música, trocou o ritmo, tropeçou, embolou as notas, até que parou no meio execução para procurar pelo pianista, que tinha ficado lá no meio do caminho...
Quando voltou a tocar, recomeçou a correr o mais rapidamente que pode, para recuperar o tempo que ele achava ter perdido.
Mas já era tarde...
Na hora do resultado, o contrabaixista Lebre soube que o contrabaixista Tartaruga tinha ganhado o concurso e que já estava a descansar confortavelmente sobre os elogios e apupos da banca e do público.
Moral da história:
Devagar, mas com persistência, continuará os estudos contrabaixísticos e a Música, e terá a chance de fazer boas escolhas contrabaixísticas.
Esta fábula é baseada num fato real que presenciei durante um curso dado pelo grande contrabaixista italiano Franco Petracchi, aqui no Brasil.
Nele, quase todos os contrabaixistas executantes optaram por tocar peças difíceis.
Ao fim do curso, Petracchi comentou que os contrabaixistas deveriam escolher peças adequadas ao seu nível no instrumento, para evitar perda de tempo.
<a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/"><img alt="Licença Creative Commons" style="border-width:0" src="http://i.creativecommons.org/l/by-nc-nd/3.0/80x15.png" /></a>
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Re: Orientação contrabaixística para contrabaixistas (acústico)
(86) O contrabaixista e o monstro: sobre o uso da força e do peso
Na calada do dia ou da noite, você se tranca com o contrabaixo no quarto para estudar e coisas estranhas começam a acontecer: aquela mão esquerda que você achava linda e dócil some, para dar lugar a um monstro duro e ossudo a cada vez que você encosta no contrabaixo...
Por mais que você estude e leia métodos, nada de achar o antídoto!...
Para evitar que a sua linda mão esquerda de repente vire monstro no contrabaixo, é importantíssimo aprender a diferenciar o uso da força, do uso de peso do corpo.
Gostaria antes de esclarecer que a força tratada neste texto é aquela em que você acrescenta esforço físico para pressionar as cordas do contrabaixo, e causa tensionamentos e/ou dor, tanto durante a ação, quanto após a mesma.
Essa força necessita do peso do corpo para exercer sua ação sobre as cordas, para pressionar as cordas. O peso do corpo não necessita de força para exercer sua ação sobre as cordas (pressionar as cordas), e é esse peso que utilizamos para tocar o contrabaixo.
Faça um pequeno teste para sentir a diferença entre peso e força: chegue agora a sua mão esquerda para a beirada da sua mesa do computador e deixe-a com a palma da mão voltada para a mesa, como se ela fosse uma tartaruga a observar a vida. Não precisa chapá-la na mesa. Deixe o cotovelo bem solto, próximo a seu corpo.
Agora, aproxime a sua mão direita da sua tartaruga e faça-a pular em cima da sua mão direita, ou seja, jogue-a em cima dela, mantendo-a tão descansada a observar a vida como estava antes.
O nome disso que deixa a sua mão tranquila tanto em cima da mesa, quanto em cima da outra mão, se chama peso do corpo, e não força bruta.
Se você quiser, aproveite para levantar cada dedo da mão esquerda com a mão direita.
Você pode aproveitar também para afastar um pouco os dedos para os lados, pois você precisará disso mais tarde.
Com isso, pode até parecer que os dedos estão leves demais, mas esse peso é mais do que suficiente para pressionar uma corda, ainda mais depois que você passar a utilizar todo o peso do braço de forma mais completa, junto com o peso do corpo para fazer isso.
O peso do seu corpo só necessita da ajuda de uma força para pressionar as cordas: a da gravidade.
Agora, a sua mão vai “acordar” e passará de tartaruga a monstro: faça força com ela em direção à mesa.
Para piorar o quadro, e ficar mais parecido com o uso da força no contrabaixo, passe o polegar para baixo da mesa e “segure” a mesa com força.
Relaxe e lembre-se da tartaruga novamente. Intercale mais uma vez as duas fases da mão, antes de passar para o contrabaixo.
Tente fazer com que a sua mão no contrabaixo consiga observar a vida em cima da primeira corda (sol), porque ela é a mais fina e combina melhor com uma tartaruga.
Não tem problema se os dedos ficarem grudados uns nos outros como arroz empapado.
O que importa agora é entender a diferença entre a pressão exercida pelo uso do peso do corpo e a pressão exercida com o uso da força. Depois, você procura a perfeição. Até a rima vem antes disso.
Depois de relaxar bem a mão esquerda, faça-a virar monstro e pressione-a em direção à corda, se possível com uma força média, para não se machucar.
Aí, passe o polegar para baixo do braço e agarre o braço.
Relaxe e lembre-se do paraíso das tartarugas, praia, sol, mar, férias e coloque a mão de novo no contrabaixo.
Intercale as duas fases uma ou mais vezes, até você entender bem a diferença entre postura com o uso do peso e a postura com o uso da força.
Depois que você tiver fixado bem essa diferença, é hora de manter a mão esquerda na corda gradativamente, procurando sempre aumentar o tempo da mão relaxada e diminuir o tempo de mão tensa.
Comece fazendo isso por dois segundos.
Relaxe e recomece por mais dois segundos. Faça uma série com quatro repetições de dois segundos.
Relaxe por 2 minutos e recomece a série com quatro repetições de três segundos.
Só volte a repetir estas séries no seu próximo turno de estudo (manhã- tarde- noite).
Faça estes exercícios por uns três dias e daí, passe a fazer uma série com quatro repetições de três segundos e depois para a série com quatro repetições de quatro segundos.
Quando a mão estiver “nos trinques”, é hora de afastar os dedos e adaptar a forma da mão a uma das técnicas de dedilhado (1-2-4 ou 1-3-4 ou 1-2-3-4), lembrando que o peso do corpo sobre o contrabaixo continua o mesmo, o relaxamento da mão continua o mesmo, e que a única coisa que muda é o afastamento dos dedos, que você já fez lá trás - na época que a sua mão ainda era uma tartaruga-, e viu que não precisava tensionar nada ao mexer nas “patinhas” da sua tartaruga.
Continue sempre assim.
E aí descobrimos que o antídoto para a sua história do contrabaixista e o monstro é a conscientização sobre o uso do peso e da força, e muita ginástica anti-monstro para a mão esquerda ficar forte... e relaxada!
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Na calada do dia ou da noite, você se tranca com o contrabaixo no quarto para estudar e coisas estranhas começam a acontecer: aquela mão esquerda que você achava linda e dócil some, para dar lugar a um monstro duro e ossudo a cada vez que você encosta no contrabaixo...
Por mais que você estude e leia métodos, nada de achar o antídoto!...
Para evitar que a sua linda mão esquerda de repente vire monstro no contrabaixo, é importantíssimo aprender a diferenciar o uso da força, do uso de peso do corpo.
Gostaria antes de esclarecer que a força tratada neste texto é aquela em que você acrescenta esforço físico para pressionar as cordas do contrabaixo, e causa tensionamentos e/ou dor, tanto durante a ação, quanto após a mesma.
Essa força necessita do peso do corpo para exercer sua ação sobre as cordas, para pressionar as cordas. O peso do corpo não necessita de força para exercer sua ação sobre as cordas (pressionar as cordas), e é esse peso que utilizamos para tocar o contrabaixo.
Faça um pequeno teste para sentir a diferença entre peso e força: chegue agora a sua mão esquerda para a beirada da sua mesa do computador e deixe-a com a palma da mão voltada para a mesa, como se ela fosse uma tartaruga a observar a vida. Não precisa chapá-la na mesa. Deixe o cotovelo bem solto, próximo a seu corpo.
Agora, aproxime a sua mão direita da sua tartaruga e faça-a pular em cima da sua mão direita, ou seja, jogue-a em cima dela, mantendo-a tão descansada a observar a vida como estava antes.
O nome disso que deixa a sua mão tranquila tanto em cima da mesa, quanto em cima da outra mão, se chama peso do corpo, e não força bruta.
Se você quiser, aproveite para levantar cada dedo da mão esquerda com a mão direita.
Você pode aproveitar também para afastar um pouco os dedos para os lados, pois você precisará disso mais tarde.
Com isso, pode até parecer que os dedos estão leves demais, mas esse peso é mais do que suficiente para pressionar uma corda, ainda mais depois que você passar a utilizar todo o peso do braço de forma mais completa, junto com o peso do corpo para fazer isso.
O peso do seu corpo só necessita da ajuda de uma força para pressionar as cordas: a da gravidade.
Agora, a sua mão vai “acordar” e passará de tartaruga a monstro: faça força com ela em direção à mesa.
Para piorar o quadro, e ficar mais parecido com o uso da força no contrabaixo, passe o polegar para baixo da mesa e “segure” a mesa com força.
Relaxe e lembre-se da tartaruga novamente. Intercale mais uma vez as duas fases da mão, antes de passar para o contrabaixo.
Tente fazer com que a sua mão no contrabaixo consiga observar a vida em cima da primeira corda (sol), porque ela é a mais fina e combina melhor com uma tartaruga.
Não tem problema se os dedos ficarem grudados uns nos outros como arroz empapado.
O que importa agora é entender a diferença entre a pressão exercida pelo uso do peso do corpo e a pressão exercida com o uso da força. Depois, você procura a perfeição. Até a rima vem antes disso.
Depois de relaxar bem a mão esquerda, faça-a virar monstro e pressione-a em direção à corda, se possível com uma força média, para não se machucar.
Aí, passe o polegar para baixo do braço e agarre o braço.
Relaxe e lembre-se do paraíso das tartarugas, praia, sol, mar, férias e coloque a mão de novo no contrabaixo.
Intercale as duas fases uma ou mais vezes, até você entender bem a diferença entre postura com o uso do peso e a postura com o uso da força.
Depois que você tiver fixado bem essa diferença, é hora de manter a mão esquerda na corda gradativamente, procurando sempre aumentar o tempo da mão relaxada e diminuir o tempo de mão tensa.
Comece fazendo isso por dois segundos.
Relaxe e recomece por mais dois segundos. Faça uma série com quatro repetições de dois segundos.
Relaxe por 2 minutos e recomece a série com quatro repetições de três segundos.
Só volte a repetir estas séries no seu próximo turno de estudo (manhã- tarde- noite).
Faça estes exercícios por uns três dias e daí, passe a fazer uma série com quatro repetições de três segundos e depois para a série com quatro repetições de quatro segundos.
Quando a mão estiver “nos trinques”, é hora de afastar os dedos e adaptar a forma da mão a uma das técnicas de dedilhado (1-2-4 ou 1-3-4 ou 1-2-3-4), lembrando que o peso do corpo sobre o contrabaixo continua o mesmo, o relaxamento da mão continua o mesmo, e que a única coisa que muda é o afastamento dos dedos, que você já fez lá trás - na época que a sua mão ainda era uma tartaruga-, e viu que não precisava tensionar nada ao mexer nas “patinhas” da sua tartaruga.
Continue sempre assim.
E aí descobrimos que o antídoto para a sua história do contrabaixista e o monstro é a conscientização sobre o uso do peso e da força, e muita ginástica anti-monstro para a mão esquerda ficar forte... e relaxada!
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<span xmlns:dc="http://purl.org/dc/elements/1.1/" href="http://purl.org/dc/dcmitype/Text" property="dc:title" rel="dc:type">Orientacoes Contrabaixisticas</span> by <a xmlns:cc="http://creativecommons.org/ns#" href="https://www.contrabaixobr.com/tecnica-teoria-f22/orientacao-contrabaixistica-para-contrabaixistas-acustico-t2297.htm" property="cc:attributionName" rel="cc:attributionURL">Voila Marques</a> is licensed under a <a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/">Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Não a obras derivadas License</a>.
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Re: Orientação contrabaixística para contrabaixistas (acústico)
(87) O trem-fantasma da mudança de posição: aspectos importantes
Nos instrumentos de cordas, posição é um pequeno grupo de notas musicais que fazemos com os dedos, sem precisar movimentar a mão para cima ou para baixo.
No contrabaixo, cada grupo de notas de uma mesma posição pode ter de três a quatro notas por corda.
Isso dependerá da técnica de dedilhado usada, se de três dedos (1-2-4 ou 1-3-4) ou de quatro dedos (1-2-3-4), e também da região do instrumento usada, porque na região aguda as posições são sempre com quatro notas (0-1-2-3).
As notas de uma mesma posição podem ser feitas sob uma mesma corda ou nas cordas paralelas, sendo que, para isso, é necessário que a mão esquerda se movimente para os lados.
Quando movimentamos a mão esquerda para cima ou para baixo, chamamos este movimento de mudança de posição.
A mudança de posição acontece sempre que precisamos tocar notas que não existem na posição em que estamos, ou tocar notas que existem na posição em que estamos, mas com outros dedos.
Uma mudança de posição feita de forma adequada evita que ouçamos sons do além entre as notas, e faz com que evitemos fazer da mão esquerda um trem-fantasma desgovernado, com acelerações e freadas bruscas.
Por mais que você dirija perigosamente a sua mão esquerda e sacoleje o seu trenzinho, os sons do além não vão embora, porque notas indefinidas adoram mão desorganizada.
Para entender como o trem anda, é preciso antes conhecê-lo parado. Só aí é que podemos tirá-lo do seu estado de inércia.
O mesmo ocorre com a mão esquerda: é preciso conhecer bem a sua mão parada para colocá-la em movimento de forma consciente.
Além dos dedos equidistantes - dentro dos padrões usados na técnica de dedilhado escolhida (1-2-4 ou 1-3-4 ou 1-2-3-4) -, é necessário distribuir o peso do corpo e da mão de forma igual sobre os dedos.
Ao distribuir o peso do corpo sobre a mão, isso faz com que esse peso vá para cada dedo, que o receberá de forma igual, mesmo que o seu dedo médio seja alto, forte e bonitão, e que o seu dedo mínimo seja tão raquítico, que você insiste em tratá-lo como um dedo diferente dos outros. Excesso de mimo dá nisso: o dedo se comporta como o coitadinho, e está sempre se levantando quando não é chamado...
Quando se escorrega a mão, o braço vai junto. A mudança de posição não é feita somente com o dedo que sai de uma nota ou com o dedo que chega a outra nota.
Com o peso do corpo em cima de cada dedo, os bonitinhos não terão como fazer balé na hora do seu estudo. Peso pesa e dedo pesado não levanta à toa, gente!
Se a mudança será feita com o dedo 1, os outros dedos escorregam um pouco acima da corda, procurando mantê-los alinhados entre si, ou seja, enquanto o dedo 1 está escorregando sobre a corda, o dedo 2 não está sendo dublê de antena, nem o dedo 3 está tentando respirar e nem o dedo 4 fica pedindo socorro.
Sabe aquele ditado que diz que “enquanto um burro fala, o outro puxa a orelha”?
Pois é, enquanto um dedo toca, os outros ficam por perto, tentando ouvir.
Eles não mudam de lugar, só levantam um pouco, e esperam a vez de serem convocados de novo. Eles estão sempre pesados.
Quando um dedo fica levantado ou sai do lugar onde deveria estar, é porque está sem o peso do corpo para mantê-lo ligeiramente curvado e sem tensionamento.
Daí, a importância de fazer uma mudança de posição com a mão relaxada.
Mudança de posição com a mão dura deixa os dedos “assustados”, e dedos assustados são imprevisíveis: tanto podem atrasar a emissão da próxima nota, como podem nem mesmo conseguir chegar nela.
Mudança de posição feita com aceleração brusca de saída e freada brusca de chegada, resulta em uma mudança sem preparação, feita muito em cima da hora.
E essa variante de velocidade costuma ser audível, especialmente se vier acompanhada de acelerações com o arco. Isso faz com que cada mudança de nota venha com um “crescendo” no fim da nota que vai mudar e outro no fim da nota que mudou. Um horror!
A mão esquerda anda sempre à frente do arco. Por isso, as mudanças de posição devem ser feitas de forma equilibrada, antecipada e tranquila: quando o arco muda de direção, a mudança de posição já aconteceu fração de segundo antes.
Ela não acontece ao mesmo tempo, para que os sons do além não sejam mais audíveis.
O contrabaixo é um instrumento grande, grave e, para muitos, grotesco. Notas claras e precisas favorecem a compreensão e a expressão musical, e ajudam a diminuir o preconceito com o instrumento que, por si só, já assusta muita gente.
Não precisamos fazer dele um ator de filme de terror musical, com sons esquisitos, mãos estranhas, etc.
Lembre-se de que no futuro, só quem se divertirá nesse seu trem-fantasma serão os outros, contrabaixistas ou não.
<a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/"><img alt="Licença Creative Commons" style="border-width:0" src="http://i.creativecommons.org/l/by-nc-nd/3.0/80x15.png" /></a>
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Nos instrumentos de cordas, posição é um pequeno grupo de notas musicais que fazemos com os dedos, sem precisar movimentar a mão para cima ou para baixo.
No contrabaixo, cada grupo de notas de uma mesma posição pode ter de três a quatro notas por corda.
Isso dependerá da técnica de dedilhado usada, se de três dedos (1-2-4 ou 1-3-4) ou de quatro dedos (1-2-3-4), e também da região do instrumento usada, porque na região aguda as posições são sempre com quatro notas (0-1-2-3).
As notas de uma mesma posição podem ser feitas sob uma mesma corda ou nas cordas paralelas, sendo que, para isso, é necessário que a mão esquerda se movimente para os lados.
Quando movimentamos a mão esquerda para cima ou para baixo, chamamos este movimento de mudança de posição.
A mudança de posição acontece sempre que precisamos tocar notas que não existem na posição em que estamos, ou tocar notas que existem na posição em que estamos, mas com outros dedos.
Uma mudança de posição feita de forma adequada evita que ouçamos sons do além entre as notas, e faz com que evitemos fazer da mão esquerda um trem-fantasma desgovernado, com acelerações e freadas bruscas.
Por mais que você dirija perigosamente a sua mão esquerda e sacoleje o seu trenzinho, os sons do além não vão embora, porque notas indefinidas adoram mão desorganizada.
Para entender como o trem anda, é preciso antes conhecê-lo parado. Só aí é que podemos tirá-lo do seu estado de inércia.
O mesmo ocorre com a mão esquerda: é preciso conhecer bem a sua mão parada para colocá-la em movimento de forma consciente.
Além dos dedos equidistantes - dentro dos padrões usados na técnica de dedilhado escolhida (1-2-4 ou 1-3-4 ou 1-2-3-4) -, é necessário distribuir o peso do corpo e da mão de forma igual sobre os dedos.
Ao distribuir o peso do corpo sobre a mão, isso faz com que esse peso vá para cada dedo, que o receberá de forma igual, mesmo que o seu dedo médio seja alto, forte e bonitão, e que o seu dedo mínimo seja tão raquítico, que você insiste em tratá-lo como um dedo diferente dos outros. Excesso de mimo dá nisso: o dedo se comporta como o coitadinho, e está sempre se levantando quando não é chamado...
Quando se escorrega a mão, o braço vai junto. A mudança de posição não é feita somente com o dedo que sai de uma nota ou com o dedo que chega a outra nota.
Com o peso do corpo em cima de cada dedo, os bonitinhos não terão como fazer balé na hora do seu estudo. Peso pesa e dedo pesado não levanta à toa, gente!
Se a mudança será feita com o dedo 1, os outros dedos escorregam um pouco acima da corda, procurando mantê-los alinhados entre si, ou seja, enquanto o dedo 1 está escorregando sobre a corda, o dedo 2 não está sendo dublê de antena, nem o dedo 3 está tentando respirar e nem o dedo 4 fica pedindo socorro.
Sabe aquele ditado que diz que “enquanto um burro fala, o outro puxa a orelha”?
Pois é, enquanto um dedo toca, os outros ficam por perto, tentando ouvir.
Eles não mudam de lugar, só levantam um pouco, e esperam a vez de serem convocados de novo. Eles estão sempre pesados.
Quando um dedo fica levantado ou sai do lugar onde deveria estar, é porque está sem o peso do corpo para mantê-lo ligeiramente curvado e sem tensionamento.
Daí, a importância de fazer uma mudança de posição com a mão relaxada.
Mudança de posição com a mão dura deixa os dedos “assustados”, e dedos assustados são imprevisíveis: tanto podem atrasar a emissão da próxima nota, como podem nem mesmo conseguir chegar nela.
Mudança de posição feita com aceleração brusca de saída e freada brusca de chegada, resulta em uma mudança sem preparação, feita muito em cima da hora.
E essa variante de velocidade costuma ser audível, especialmente se vier acompanhada de acelerações com o arco. Isso faz com que cada mudança de nota venha com um “crescendo” no fim da nota que vai mudar e outro no fim da nota que mudou. Um horror!
A mão esquerda anda sempre à frente do arco. Por isso, as mudanças de posição devem ser feitas de forma equilibrada, antecipada e tranquila: quando o arco muda de direção, a mudança de posição já aconteceu fração de segundo antes.
Ela não acontece ao mesmo tempo, para que os sons do além não sejam mais audíveis.
O contrabaixo é um instrumento grande, grave e, para muitos, grotesco. Notas claras e precisas favorecem a compreensão e a expressão musical, e ajudam a diminuir o preconceito com o instrumento que, por si só, já assusta muita gente.
Não precisamos fazer dele um ator de filme de terror musical, com sons esquisitos, mãos estranhas, etc.
Lembre-se de que no futuro, só quem se divertirá nesse seu trem-fantasma serão os outros, contrabaixistas ou não.
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Re: Orientação contrabaixística para contrabaixistas (acústico)
(88) Fábulas contrabaixísticas: A Contrabaixista Adormecida
Era uma vez um rei e uma rainha que moravam num castelo muito distante, no Reino das Artes.
Quando a rainha deu à luz uma linda menina, o rei ficou tão feliz, que deu uma grande festa de batizado para a pequena princesa, chamada Aurora.
Todos os súditos foram convidados para a festa, e até mesmo doze fadas que moravam nos confins do reino foram chamadas para serem as convidadas de honra.
No dia da festa, cada uma das fadas chegou perto do berço em que dormia a princesa Aurora e ofereceu à recém-nascida um presente maravilhoso:
— Será a mais bela contrabaixista do reino! — disse a primeira fada, debruçando-se sobre o berço.
— E a de talento mais admirável! — acrescentou a segunda.
— Terá uma paciência infinda para estudar! — proclamou a terceira.
— Ninguém terá mais técnica do que ela! — afirmou a quarta.
— A sua inteligência brilhará como um sol! — comentou a quinta.
Onze fadas já tinham passado em frente ao berço e dado à pequena princesa um dom. Faltava somente uma delas, a mais jovem - que brincava com uma taça de sorvete -, quando uma décima terceira fada, que havia sido esquecida de ser convidada, adentrou o salão.
Com uma expressão sombria e ameaçadora, e terrivelmente ofendida por ter sido esquecida, ela chegou perto da princesa Aurora, que dormia tranqüila, e disse:
- Aos dezoito anos, a princesa levará um tombo de uma escada bem alta com o contrabaixo e morrerá!
Foi embora, e um silêncio terrível entre os convidados se espalhou pelo ar, enquanto seus pais se desesperavam com tão cruel maldição.
Foi então que a décima segunda fada, que ainda iria oferecer seu presente, se aproximou:
— Não posso cancelar a maldição que atingiu a princesa, mas tenho poderes para modificá-la um pouco!... Sendo assim, Aurora não morrerá. Ela dormirá por cem anos, até a chegada de um príncipe que a acordará com uma beijoca contrabaixística!
Como a maldição era a escada e não o contrabaixo, o rei logo tratou de fechar todos os acessos às escadas altas do palácio e do reino. A princesinha ficou - desde esse dia e por todos os outros de sua vida -, proibida de subir qualquer escada alta em todo o reino.
Aurora crescia e o presente das fadas se concretizava: ela era a melhor e mais talentosa contrabaixista de todos os reinos!
Ela passava horas estudando, e em poucos dias faria o seu primeiro concurso para tocar na orquestra do reino vizinho.
No dia em que completou dezoito anos, Aurora ouviu um som mágico de contrabaixo vindo do fundo do castelo.
Curiosa em saber de onde vinha aquele som tão divino, ela acabou por descobrir uma escada bem alta, com uma ripa de madeira na entrada, para não permitir o acesso de crianças, mas ela já tinha dezoito anos, ora!
Ela pulou então a madeira, e subiu as escadas. Qual não foi a sua surpresa ao chegar ao topo da escada e ver um quarto, onde uma velhinha tocava divinamente um contrabaixo com som de sonho!...
- Que som maravilhoso, vovozinha!
- Leve o contrabaixo para você, minha querida! Ele é todo seu!
Aurora agradeceu entusiasmada, pegou o contrabaixo e desceu as escadas com ele, quando subitamente tropeçou e despencou escada abaixo com o contrabaixo, chegando desmaiada ao fim da escada...
A maldição do sono dos cem anos começara e se espalhou por todo o reino, que também caiu em sono profundo.
A partir desse dia, a história da bela contrabaixista adormecida e de seu reino adormecido se espalhou pelos reinos vizinhos até chegar a reinos muito distantes.
Muitos foram os príncipes e plebeus que se aventuraram a entrar no castelo escondido sob a mata alta, e nada conseguiram. Muitos foram os que morreram entre os espinhos...
No dia em que a maldição completou cem anos, um príncipe conseguiu entrar no castelo, se aproximar da bela contrabaixista adormecida e sapecar-lhe uma beijoca contrabaixística nas bochechas.
Aurora acorda imediatamente, dá um pulo e exclama:
- Meu Deus, o concurso para contrabaixista da orquestra do reino! Que dia é hoje?
O príncipe, ainda abobalhado e surpreso com um final de conto tão pouco romântico, responde:
- Concurso? Que concurso? Você passou anos dormindo, sem estudar contrabaixo e ainda quer participar de um concurso? A vaga já foi preenchida, fofa! Agora, só para o próximo, e se você dormir menos e estudar mais!...
Portanto, queridos, olho acordado na concorrência, porque o tempo passa...
<a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/"><img alt="Licença Creative Commons" style="border-width:0" src="http://i.creativecommons.org/l/by-nc-nd/3.0/80x15.png" /></a>
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Era uma vez um rei e uma rainha que moravam num castelo muito distante, no Reino das Artes.
Quando a rainha deu à luz uma linda menina, o rei ficou tão feliz, que deu uma grande festa de batizado para a pequena princesa, chamada Aurora.
Todos os súditos foram convidados para a festa, e até mesmo doze fadas que moravam nos confins do reino foram chamadas para serem as convidadas de honra.
No dia da festa, cada uma das fadas chegou perto do berço em que dormia a princesa Aurora e ofereceu à recém-nascida um presente maravilhoso:
— Será a mais bela contrabaixista do reino! — disse a primeira fada, debruçando-se sobre o berço.
— E a de talento mais admirável! — acrescentou a segunda.
— Terá uma paciência infinda para estudar! — proclamou a terceira.
— Ninguém terá mais técnica do que ela! — afirmou a quarta.
— A sua inteligência brilhará como um sol! — comentou a quinta.
Onze fadas já tinham passado em frente ao berço e dado à pequena princesa um dom. Faltava somente uma delas, a mais jovem - que brincava com uma taça de sorvete -, quando uma décima terceira fada, que havia sido esquecida de ser convidada, adentrou o salão.
Com uma expressão sombria e ameaçadora, e terrivelmente ofendida por ter sido esquecida, ela chegou perto da princesa Aurora, que dormia tranqüila, e disse:
- Aos dezoito anos, a princesa levará um tombo de uma escada bem alta com o contrabaixo e morrerá!
Foi embora, e um silêncio terrível entre os convidados se espalhou pelo ar, enquanto seus pais se desesperavam com tão cruel maldição.
Foi então que a décima segunda fada, que ainda iria oferecer seu presente, se aproximou:
— Não posso cancelar a maldição que atingiu a princesa, mas tenho poderes para modificá-la um pouco!... Sendo assim, Aurora não morrerá. Ela dormirá por cem anos, até a chegada de um príncipe que a acordará com uma beijoca contrabaixística!
Como a maldição era a escada e não o contrabaixo, o rei logo tratou de fechar todos os acessos às escadas altas do palácio e do reino. A princesinha ficou - desde esse dia e por todos os outros de sua vida -, proibida de subir qualquer escada alta em todo o reino.
Aurora crescia e o presente das fadas se concretizava: ela era a melhor e mais talentosa contrabaixista de todos os reinos!
Ela passava horas estudando, e em poucos dias faria o seu primeiro concurso para tocar na orquestra do reino vizinho.
No dia em que completou dezoito anos, Aurora ouviu um som mágico de contrabaixo vindo do fundo do castelo.
Curiosa em saber de onde vinha aquele som tão divino, ela acabou por descobrir uma escada bem alta, com uma ripa de madeira na entrada, para não permitir o acesso de crianças, mas ela já tinha dezoito anos, ora!
Ela pulou então a madeira, e subiu as escadas. Qual não foi a sua surpresa ao chegar ao topo da escada e ver um quarto, onde uma velhinha tocava divinamente um contrabaixo com som de sonho!...
- Que som maravilhoso, vovozinha!
- Leve o contrabaixo para você, minha querida! Ele é todo seu!
Aurora agradeceu entusiasmada, pegou o contrabaixo e desceu as escadas com ele, quando subitamente tropeçou e despencou escada abaixo com o contrabaixo, chegando desmaiada ao fim da escada...
A maldição do sono dos cem anos começara e se espalhou por todo o reino, que também caiu em sono profundo.
A partir desse dia, a história da bela contrabaixista adormecida e de seu reino adormecido se espalhou pelos reinos vizinhos até chegar a reinos muito distantes.
Muitos foram os príncipes e plebeus que se aventuraram a entrar no castelo escondido sob a mata alta, e nada conseguiram. Muitos foram os que morreram entre os espinhos...
No dia em que a maldição completou cem anos, um príncipe conseguiu entrar no castelo, se aproximar da bela contrabaixista adormecida e sapecar-lhe uma beijoca contrabaixística nas bochechas.
Aurora acorda imediatamente, dá um pulo e exclama:
- Meu Deus, o concurso para contrabaixista da orquestra do reino! Que dia é hoje?
O príncipe, ainda abobalhado e surpreso com um final de conto tão pouco romântico, responde:
- Concurso? Que concurso? Você passou anos dormindo, sem estudar contrabaixo e ainda quer participar de um concurso? A vaga já foi preenchida, fofa! Agora, só para o próximo, e se você dormir menos e estudar mais!...
Portanto, queridos, olho acordado na concorrência, porque o tempo passa...
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Re: Orientação contrabaixística para contrabaixistas (acústico)
^ Rsrsrsrsr. Muito boa!
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Re: Orientação contrabaixística para contrabaixistas (acústico)
^Um obrigada retardadíssimo, Afonso!afonsodecampos escreveu:^ Rsrsrsrsr. Muito boa!
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Re: Orientação contrabaixística para contrabaixistas (acústico)
(89) Quando a idade não é documento, mas o sonho contrabaixístico tem limites…
Quando resolvemos estudar contrabaixo e começamos a estudá-lo, muitas das vezes estamos vencendo uma batalha e começando outra.
Vencer os nossos próprios preconceitos de estudar um instrumento tão trambolhudo sem sabermos como será o futuro, ou mesmo de assumir a música como parte essencial da nossa vida, a despeito do que os nossos pais, cônjuges, filhos ou parentes acharão disso, ou mesmo passando por cima do que eles querem para nós, são algumas das lutas, entre muitas outras lutas, que talvez tenhamos tido para conseguir chegar perto de um contrabaixo e assumi-lo para nós mesmos e para o mundo.
Mas a maior batalha é a que ainda está por vir: continuar no contrabaixo, com todos os problemas que virão depois da nossa escolha.
Os problemas recorrentes são que nem vírus: voltam sempre piores e mais fortes…
Manter-se no contrabaixo é suportar a falta da grana que ainda não veio, mas que talvez – um dia – quem sabe venha.
É suportar as cobranças dos parentes, porque você só quer saber de música e não de trabalhar.
É suportar a insegurança de não saber se haverá mercado de trabalho que sustente as suas contas.
É ter medo da concorrência, principalmente quando se quer muito ser e estar contrabaixista, mas o tempo para estudar é dividido com um emprego, trabalho, família e/ou outros estudos.
É perceber a frustração nos olhos dos nossos pais ao verem nossos colegas e os filhos dos colegas deles escolherem profissões mais “promissoras”, ou sentir na alma a frustração dos nossos filhos pelos brinquedos que não poderemos dar ou pelas viagens que não poderemos fazer.
É não dormirmos direito com medo da nossa própria idade, ou termos insônia pelo complô de contas que podem nos sequestrar na calada da noite.
É não abrirmos o armário com medo do bicho-papão da falta de talento ou da falta de jeito para o contrabaixo, ou mesmo da hora de encerrar a carreira.
É convivermos com o pavor de estarmos errados e termos feito a escolha errada.
Muitas dessas angústias nem chegaremos a ter e outras nos acompanharão por toda a vida contrabaixística e por vidas não contrabaixísticas também.
Portanto, você, eu, nós, nunca estaremos sozinhos nessas horas.
Posso dizer, pela minha vida contrabaixística, que consegui viver somente de contrabaixo até hoje, e lá se vão décadas.
Já foi mais fácil, mas ultimamente tem sido bem difícil.
Mas não posso me arrepender de não ter escolhido ser contrabaixista, ou seja, não posso me arrepender por não ter seguido o que quis.
Vejo muitos contrabaixistas preocupados com a sua própria idade e com medo de assumirem suas escolhas.
Tive um aluno com 66 anos de idade, e ele estava muito feliz por realizar um sonho: o sonho de estudar contrabaixo.
Hoje em dia, o estudo do contrabaixo para crianças e adolescentes está em franca expansão. Com isso, há cada vez mais contrabaixistas jovens e bons no mercado de trabalho.
Penso que o sonho de estudar contrabaixo ou de tocar contrabaixo é um sonho sem limites de idade.
Agora, tocar em uma orquestra profissional, por exemplo, ou de realizar aspirações mais avançadas como ser solista de orquestra ou ser professor de contrabaixo em uma universidade, dependerão muito do seu potencial no instrumento, do seu talento multifacetado para administrar a vida, e também do seu tempo de dedicação quase exclusiva ao contrabaixo, especialmente se você começar a estudá-lo a partir dos 22 anos, sem ter estudado nenhum outro instrumento antes.
Instrumento nessas horas é como um idioma: se você sabe mais de um instrumento ou mais de um idioma estrangeiro, você terá mais facilidade para os próximos e, no caso do contrabaixo, muito provavelmente também “queimará” algumas etapas do estudo do instrumento mais rápido que as pessoas que nunca tocaram um instrumento na vida.
Infelizmente, quando pensamos na dupla idade x profissão, temos que pensar no tempo de investimento no contrabaixo que faremos antes de começar a trabalhar com ele. Passar para uma orquestra profissional, e mesmo assim, mediante concurso, pode levar no mínimo cinco anos e em média oito anos, por exemplo.
Há opções que não exigem tanto tempo, como fazer concurso para tocar contrabaixo em bandas sinfônicas militares. O problema é que há exigência de idade para ingressar nos quadros militares, sem contar que a concorrência para esse tipo de serviço aumentou assustadoramente nos últimos anos.
Mas para tocar em casamentos e/ou shows com bandas, esse tempo é bem mais flexível: dois anos de estudo de contrabaixo bem estudados já são suficientes para você dar os primeiros passos, desde que não se acomode, porque aí a concorrência leva o seu lugar.
Não estou escrevendo que é para quem quer começar a estudar contrabaixo com 22 anos – ou mais -, desistir. Só você sabe é quem sabe se suportará esperar até os 27 ou 30 anos para concorrer à vaga na orquestra dos seus sonhos. É bom lembrar que o quadro de contrabaixistas pode estar completo por essa época. Isso sem contar que tem gente que não aguenta esperar nem dois anos, porque acha que tocar contrabaixo é só resolver hoje e dar recitais em dois meses.
Por isso, sou favorável a uma análise fria dos fatos. Se você chegar à conclusão de que é isso mesmo que você quer da sua vida, vá em frente!
Mas se as suas conclusões não forem tão precisas, e se o seu sonho contrabaixístico não se incomodar de ser adaptado, você poderá ter outro emprego ou outra profissão e fazer do contrabaixo um hobby e tocar numa orquestra amadora, por exemplo. Ou mesmo dar aulas em uma escola de música, ou dar aulas particulares, tocar em uma banda de shows ou em cerimônias de casamento, etc.
Com dedicação, você até poderá tocar contrabaixo em uma orquestra profissional que não esteja nos grandes centros urbanos.
Agora, para tudo isso você terá que ser tão ou mais forte do que quando resolveu peitar a vida e ser contrabaixista. Porque o contrabaixo e a Música não são para pessoas que vivem em dúvidas: são para pessoas que não se deixam sucumbir por elas, já que dúvidas todos nós temos, não é mesmo? O importante é o diferencial.
Mas com 20 anos, eu ainda posso ser contrabaixista?
Na flor dessa idade, tudo ainda é possível, desde que se tenha objetivos, determinação, disposição para estudar, e autoestima suficiente para não esmorecer com a concorrência mais jovem e com a incerteza do futuro contrabaixístico.
E com 30 anos?
Na folha dessa idade, os sonhos profissionais com o contrabaixo são para serem vividos, mas com adaptações. Isso é possível, desde que você tenha consciência que a sua vida tomou muitos rumos e que o seu rumo com o contrabaixo é um caminho complementar. E ele será igualmente bonito, porque aprenderá a se dividir com os seus outros objetivos de vida.
E com 40 anos?
No caule dessa idade, muitos sonhos já se realizaram e o contrabaixo é agora mais um. Um sonho maduro, sensato e não um arroubo de juventude. Pode até ser a realização de um amor platônico pelo contrabaixo. Por que não? Esse é aquele amor que só quer ser sonhado e admirado, de pertinho, mas sem as cobranças dos grandes amores. Você, um banquinho e um contrabaixo em casa e a sua experiência de vida emoldurando o seu sonho contrabaixístico a se realizar tranquilamente.
E aos 50 ou 60 anos?
Nessa raiz da idade, estudar o contrabaixo é a realização da nostalgia de ser contrabaixista. É estar feliz por toda uma vida longe do contrabaixo, porque não há motivos para revoltas. É uma busca da fonte contrabaixística da juventude, daquela alegria serena que nos torna mais jovens, independente da idade real. É a alegria da alma!…
Portanto, penso que não há limite de idade para começar a estudar contrabaixo; os sonhos e objetivos com ele é que mudam ou precisam mudar…
Pois, como bem disse o famoso químico francês Antoine Lavoisier, “na natureza nada se perde, nada se cria, tudo se transforma…”.
<a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/"><img alt="Licença Creative Commons" style="border-width:0" src="http://i.creativecommons.org/l/by-nc-nd/3.0/80x15.png" /></a>
<span xmlns:dc="http://purl.org/dc/elements/1.1/" href="http://purl.org/dc/dcmitype/Text" property="dc:title" rel="dc:type">Orientacoes Contrabaixisticas</span> by <a xmlns:cc="http://creativecommons.org/ns#" href="https://www.contrabaixobr.com/tecnica-teoria-f22/orientacao-contrabaixistica-para-contrabaixistas-acustico-t2297.htm" property="cc:attributionName" rel="cc:attributionURL">Voila Marques</a> is licensed under a <a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/">Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Não a obras derivadas License</a>.
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Quando resolvemos estudar contrabaixo e começamos a estudá-lo, muitas das vezes estamos vencendo uma batalha e começando outra.
Vencer os nossos próprios preconceitos de estudar um instrumento tão trambolhudo sem sabermos como será o futuro, ou mesmo de assumir a música como parte essencial da nossa vida, a despeito do que os nossos pais, cônjuges, filhos ou parentes acharão disso, ou mesmo passando por cima do que eles querem para nós, são algumas das lutas, entre muitas outras lutas, que talvez tenhamos tido para conseguir chegar perto de um contrabaixo e assumi-lo para nós mesmos e para o mundo.
Mas a maior batalha é a que ainda está por vir: continuar no contrabaixo, com todos os problemas que virão depois da nossa escolha.
Os problemas recorrentes são que nem vírus: voltam sempre piores e mais fortes…
Manter-se no contrabaixo é suportar a falta da grana que ainda não veio, mas que talvez – um dia – quem sabe venha.
É suportar as cobranças dos parentes, porque você só quer saber de música e não de trabalhar.
É suportar a insegurança de não saber se haverá mercado de trabalho que sustente as suas contas.
É ter medo da concorrência, principalmente quando se quer muito ser e estar contrabaixista, mas o tempo para estudar é dividido com um emprego, trabalho, família e/ou outros estudos.
É perceber a frustração nos olhos dos nossos pais ao verem nossos colegas e os filhos dos colegas deles escolherem profissões mais “promissoras”, ou sentir na alma a frustração dos nossos filhos pelos brinquedos que não poderemos dar ou pelas viagens que não poderemos fazer.
É não dormirmos direito com medo da nossa própria idade, ou termos insônia pelo complô de contas que podem nos sequestrar na calada da noite.
É não abrirmos o armário com medo do bicho-papão da falta de talento ou da falta de jeito para o contrabaixo, ou mesmo da hora de encerrar a carreira.
É convivermos com o pavor de estarmos errados e termos feito a escolha errada.
Muitas dessas angústias nem chegaremos a ter e outras nos acompanharão por toda a vida contrabaixística e por vidas não contrabaixísticas também.
Portanto, você, eu, nós, nunca estaremos sozinhos nessas horas.
Posso dizer, pela minha vida contrabaixística, que consegui viver somente de contrabaixo até hoje, e lá se vão décadas.
Já foi mais fácil, mas ultimamente tem sido bem difícil.
Mas não posso me arrepender de não ter escolhido ser contrabaixista, ou seja, não posso me arrepender por não ter seguido o que quis.
Vejo muitos contrabaixistas preocupados com a sua própria idade e com medo de assumirem suas escolhas.
Tive um aluno com 66 anos de idade, e ele estava muito feliz por realizar um sonho: o sonho de estudar contrabaixo.
Hoje em dia, o estudo do contrabaixo para crianças e adolescentes está em franca expansão. Com isso, há cada vez mais contrabaixistas jovens e bons no mercado de trabalho.
Penso que o sonho de estudar contrabaixo ou de tocar contrabaixo é um sonho sem limites de idade.
Agora, tocar em uma orquestra profissional, por exemplo, ou de realizar aspirações mais avançadas como ser solista de orquestra ou ser professor de contrabaixo em uma universidade, dependerão muito do seu potencial no instrumento, do seu talento multifacetado para administrar a vida, e também do seu tempo de dedicação quase exclusiva ao contrabaixo, especialmente se você começar a estudá-lo a partir dos 22 anos, sem ter estudado nenhum outro instrumento antes.
Instrumento nessas horas é como um idioma: se você sabe mais de um instrumento ou mais de um idioma estrangeiro, você terá mais facilidade para os próximos e, no caso do contrabaixo, muito provavelmente também “queimará” algumas etapas do estudo do instrumento mais rápido que as pessoas que nunca tocaram um instrumento na vida.
Infelizmente, quando pensamos na dupla idade x profissão, temos que pensar no tempo de investimento no contrabaixo que faremos antes de começar a trabalhar com ele. Passar para uma orquestra profissional, e mesmo assim, mediante concurso, pode levar no mínimo cinco anos e em média oito anos, por exemplo.
Há opções que não exigem tanto tempo, como fazer concurso para tocar contrabaixo em bandas sinfônicas militares. O problema é que há exigência de idade para ingressar nos quadros militares, sem contar que a concorrência para esse tipo de serviço aumentou assustadoramente nos últimos anos.
Mas para tocar em casamentos e/ou shows com bandas, esse tempo é bem mais flexível: dois anos de estudo de contrabaixo bem estudados já são suficientes para você dar os primeiros passos, desde que não se acomode, porque aí a concorrência leva o seu lugar.
Não estou escrevendo que é para quem quer começar a estudar contrabaixo com 22 anos – ou mais -, desistir. Só você sabe é quem sabe se suportará esperar até os 27 ou 30 anos para concorrer à vaga na orquestra dos seus sonhos. É bom lembrar que o quadro de contrabaixistas pode estar completo por essa época. Isso sem contar que tem gente que não aguenta esperar nem dois anos, porque acha que tocar contrabaixo é só resolver hoje e dar recitais em dois meses.
Por isso, sou favorável a uma análise fria dos fatos. Se você chegar à conclusão de que é isso mesmo que você quer da sua vida, vá em frente!
Mas se as suas conclusões não forem tão precisas, e se o seu sonho contrabaixístico não se incomodar de ser adaptado, você poderá ter outro emprego ou outra profissão e fazer do contrabaixo um hobby e tocar numa orquestra amadora, por exemplo. Ou mesmo dar aulas em uma escola de música, ou dar aulas particulares, tocar em uma banda de shows ou em cerimônias de casamento, etc.
Com dedicação, você até poderá tocar contrabaixo em uma orquestra profissional que não esteja nos grandes centros urbanos.
Agora, para tudo isso você terá que ser tão ou mais forte do que quando resolveu peitar a vida e ser contrabaixista. Porque o contrabaixo e a Música não são para pessoas que vivem em dúvidas: são para pessoas que não se deixam sucumbir por elas, já que dúvidas todos nós temos, não é mesmo? O importante é o diferencial.
Mas com 20 anos, eu ainda posso ser contrabaixista?
Na flor dessa idade, tudo ainda é possível, desde que se tenha objetivos, determinação, disposição para estudar, e autoestima suficiente para não esmorecer com a concorrência mais jovem e com a incerteza do futuro contrabaixístico.
E com 30 anos?
Na folha dessa idade, os sonhos profissionais com o contrabaixo são para serem vividos, mas com adaptações. Isso é possível, desde que você tenha consciência que a sua vida tomou muitos rumos e que o seu rumo com o contrabaixo é um caminho complementar. E ele será igualmente bonito, porque aprenderá a se dividir com os seus outros objetivos de vida.
E com 40 anos?
No caule dessa idade, muitos sonhos já se realizaram e o contrabaixo é agora mais um. Um sonho maduro, sensato e não um arroubo de juventude. Pode até ser a realização de um amor platônico pelo contrabaixo. Por que não? Esse é aquele amor que só quer ser sonhado e admirado, de pertinho, mas sem as cobranças dos grandes amores. Você, um banquinho e um contrabaixo em casa e a sua experiência de vida emoldurando o seu sonho contrabaixístico a se realizar tranquilamente.
E aos 50 ou 60 anos?
Nessa raiz da idade, estudar o contrabaixo é a realização da nostalgia de ser contrabaixista. É estar feliz por toda uma vida longe do contrabaixo, porque não há motivos para revoltas. É uma busca da fonte contrabaixística da juventude, daquela alegria serena que nos torna mais jovens, independente da idade real. É a alegria da alma!…
Portanto, penso que não há limite de idade para começar a estudar contrabaixo; os sonhos e objetivos com ele é que mudam ou precisam mudar…
Pois, como bem disse o famoso químico francês Antoine Lavoisier, “na natureza nada se perde, nada se cria, tudo se transforma…”.
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<span xmlns:dc="http://purl.org/dc/elements/1.1/" href="http://purl.org/dc/dcmitype/Text" property="dc:title" rel="dc:type">Orientacoes Contrabaixisticas</span> by <a xmlns:cc="http://creativecommons.org/ns#" href="https://www.contrabaixobr.com/tecnica-teoria-f22/orientacao-contrabaixistica-para-contrabaixistas-acustico-t2297.htm" property="cc:attributionName" rel="cc:attributionURL">Voila Marques</a> is licensed under a <a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/">Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Não a obras derivadas License</a>.
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Re: Orientação contrabaixística para contrabaixistas (acústico)
(90) O Primo Contrabaixista da Cidade e o Primo Contrabaixista do Campo
Mais uma fábula contrabaixística …
Era uma vez um contrabaixista que morava no campo.
Ele levava sua vida contrabaixística tranquilamente. Estudava pouquíssimas horas de contrabaixo por dia – para quê essa pressa toda, sô? – e, devagar e sempre, ensaiava duas vezes por semana na orquestra da sua cidadezinha campestre.
Um dia, ele recebe a visita-surpresa de seu Primo Contrabaixista da Cidade, que chega de carro com o contrabaixo, banquinho, e toda a parafernália inútil das pessoas pouca afeitas aos ares campestres: aparelhagem de som, amplificador, home theater, hambúrgueres congelados, feijoada enlatada, tudo amontoado dentro do carro pequeno, e a brigar por um lugar ao ar-condicionado com o contrabaixo.
O Primo Contrabaixista do Campo, feliz com a visita para lá de inesperada, logo convida o recém-chegado primo cosmopolita para participar de um ensaio da orquestrinha local.
O Primo Contrabaixista da Cidade aceita o convite muito a contragosto, e vai ao ensaio com o primo, logo após um lanche horrorosamente saudável – com frutas do campo, da grama, da árvore e da moita-, e ainda suporta bravamente o exército de bocejos que o ataca incessantemente durante todo o ensaio. Como? Bocejando mesmo, ora!
Mais um dia no campo e outro ensaio maçante são suficientes para o Primo Contrabaixista da Cidade fazer sua trouxa acústica e eletrônica e botar as quatro rodas na estrada de volta ao lar-doce-lar contrabaixístico, não sem antes convidar o Primo Contrabaixista do Campo para passar uns dias na cidade.
Lá um dia, poucos dias depois, Primo Contrabaixista do Campo chega à casa do Primo Contrabaixista da Cidade, acompanhado do seu contrabaixo, dos seus chás, da sua alface fresquinha – mas não tanto-, trazendo até mesmo uma ripa de madeira recém-salva do trovão para – quem sabe? – o primo fazer um arco.
O Primo Contrabaixista da Cidade, após se refazer do susto de ver o Primo Contrabaixista do Campo aceitar um convite de mentirinha, e de revê-lo assim tão, tão de repente, não vê outra saída senão a de levar o primo para o ensaio de sua orquestra, que começará em uma hora…
Na ida, o Primo Contrabaixista da Cidade, para agradar o Primo Contrabaixista do Campo, resolve fazer mais uma média de mentirinha com o primo e bajulá-lo o quanto pode afinal, “um talento assim tão digamos, campestre, precisa conhecer novos ares, novas orquestras”…
Ele só não falou mais, porque tinha que sobrar espaço para que ele pudesse contar todas as vantagens sem desvantagens de ser um contrabaixista da cidade, com bons salários, bons empregos, contrabaixos maravilhosos, ótimos cachês, com as facilidades ilimitadas para se entrar para uma orquestra, etc, até que termina com uma pérola: “Vou falar com o maestro hoje mesmo, para você fazer um cachezinho básico lá na orquestra! Você precisa mudar de ares, e ver o que é uma orquestra de verdade! …”.
O Primo Contrabaixista do Campo fica tão empolgado com a possibilidade de ver de perto as tão sonhadas luzes da ribalta que, inocente coitado, acredita em tudo o que o primo fala, e o que é pior, ao chegar à orquestra, pega logo um contrabaixo que está abandonado nos bastidores do teatro, o leva para o palco, e põe-se a tocar nele na maior cara de pau interiorana.
O Primo Contrabaixista da Cidade não vê solução a não ser falar de verdade com o maestro sobre o seu maravilhoso primo contrabaixista, solista, concertista, camerista, recitalista, “professorista” renomado da cidade de … como é mesmo o nome?
O maestro concorda com a presença de tão ilustre contrabaixista para abrilhantar ainda mais a “melhor orquestra da cidade”.
Na hora do ensaio, o pobre Primo Contrabaixista do Campo é apresentado, de cara, a uma Sinfonia de Mahler, má o quê mesmo?
Perdido no meio de tantas notas, deslumbrado no meio de uma orquestra tão grande, e tocando qualquer coisa, menos o que está escrito, Primo Contrabaixista do Campo leva um susto sem tamanho quando o maestro para a orquestra para passar somente o naipe de contrabaixos, que está um horror!
Um silêncio acontece, seguido de uma roncadeira contrabaixística de um lado e de um contrabaixista atirando notas a esmo para todos os outros lados, em um autêntico e inacreditável festival de nota fora.
Aí, o maestro para o naipe, e pede:
- Meu filho, quero ouvir só você!
Trêmulo de emoção com o pedido, o Primo Contrabaixista do Campo começa a tocar. Puum – puum – pum – pum – pum – pum, seis notas e ataca a música com voz sôfrega:
“Demorei muito prá te encontraaar …
Agora eu quero só vocêêê! …” (**)
O maestro, enfurecido e vermelho de raiva, responde aos gritos:
- E eu quero você … Fora daqui!
- Êta, gente mais ingrata! Faço o que pedem e ainda me tratam assim! … Vou é me embora! … Não há, ó gente, oh não, luar como aquele do meu campo! …
E, dizendo isso, sai resmungando e maldizendo a maldita orquestra da cidade, com seus salários altos, seus cachês maravilhosos, mas sem chegar aos pés da sua paz contrabaixística campestre!…
Moral da história:
Quer mudar de ares contrabaixísticos?
Às vezes, mais vale uma modesta vida contrabaixística com paz, sossego e oxigênio, que todo o luxo do mundo com preocupações, frustrações e muito gás carbônico orquestral…
<a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/"><img alt="Licença Creative Commons" style="border-width:0" src="http://i.creativecommons.org/l/by-nc-nd/3.0/80x15.png" /></a>
<span xmlns:dc="http://purl.org/dc/elements/1.1/" href="http://purl.org/dc/dcmitype/Text" property="dc:title" rel="dc:type">Orientacoes Contrabaixisticas</span> by <a xmlns:cc="http://creativecommons.org/ns#" href="https://www.contrabaixobr.com/tecnica-teoria-f22/orientacao-contrabaixistica-para-contrabaixistas-acustico-t2297.htm" property="cc:attributionName" rel="cc:attributionURL">Voila Marques</a> is licensed under a <a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/">Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Não a obras derivadas License</a>.
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Mais uma fábula contrabaixística …
Era uma vez um contrabaixista que morava no campo.
Ele levava sua vida contrabaixística tranquilamente. Estudava pouquíssimas horas de contrabaixo por dia – para quê essa pressa toda, sô? – e, devagar e sempre, ensaiava duas vezes por semana na orquestra da sua cidadezinha campestre.
Um dia, ele recebe a visita-surpresa de seu Primo Contrabaixista da Cidade, que chega de carro com o contrabaixo, banquinho, e toda a parafernália inútil das pessoas pouca afeitas aos ares campestres: aparelhagem de som, amplificador, home theater, hambúrgueres congelados, feijoada enlatada, tudo amontoado dentro do carro pequeno, e a brigar por um lugar ao ar-condicionado com o contrabaixo.
O Primo Contrabaixista do Campo, feliz com a visita para lá de inesperada, logo convida o recém-chegado primo cosmopolita para participar de um ensaio da orquestrinha local.
O Primo Contrabaixista da Cidade aceita o convite muito a contragosto, e vai ao ensaio com o primo, logo após um lanche horrorosamente saudável – com frutas do campo, da grama, da árvore e da moita-, e ainda suporta bravamente o exército de bocejos que o ataca incessantemente durante todo o ensaio. Como? Bocejando mesmo, ora!
Mais um dia no campo e outro ensaio maçante são suficientes para o Primo Contrabaixista da Cidade fazer sua trouxa acústica e eletrônica e botar as quatro rodas na estrada de volta ao lar-doce-lar contrabaixístico, não sem antes convidar o Primo Contrabaixista do Campo para passar uns dias na cidade.
Lá um dia, poucos dias depois, Primo Contrabaixista do Campo chega à casa do Primo Contrabaixista da Cidade, acompanhado do seu contrabaixo, dos seus chás, da sua alface fresquinha – mas não tanto-, trazendo até mesmo uma ripa de madeira recém-salva do trovão para – quem sabe? – o primo fazer um arco.
O Primo Contrabaixista da Cidade, após se refazer do susto de ver o Primo Contrabaixista do Campo aceitar um convite de mentirinha, e de revê-lo assim tão, tão de repente, não vê outra saída senão a de levar o primo para o ensaio de sua orquestra, que começará em uma hora…
Na ida, o Primo Contrabaixista da Cidade, para agradar o Primo Contrabaixista do Campo, resolve fazer mais uma média de mentirinha com o primo e bajulá-lo o quanto pode afinal, “um talento assim tão digamos, campestre, precisa conhecer novos ares, novas orquestras”…
Ele só não falou mais, porque tinha que sobrar espaço para que ele pudesse contar todas as vantagens sem desvantagens de ser um contrabaixista da cidade, com bons salários, bons empregos, contrabaixos maravilhosos, ótimos cachês, com as facilidades ilimitadas para se entrar para uma orquestra, etc, até que termina com uma pérola: “Vou falar com o maestro hoje mesmo, para você fazer um cachezinho básico lá na orquestra! Você precisa mudar de ares, e ver o que é uma orquestra de verdade! …”.
O Primo Contrabaixista do Campo fica tão empolgado com a possibilidade de ver de perto as tão sonhadas luzes da ribalta que, inocente coitado, acredita em tudo o que o primo fala, e o que é pior, ao chegar à orquestra, pega logo um contrabaixo que está abandonado nos bastidores do teatro, o leva para o palco, e põe-se a tocar nele na maior cara de pau interiorana.
O Primo Contrabaixista da Cidade não vê solução a não ser falar de verdade com o maestro sobre o seu maravilhoso primo contrabaixista, solista, concertista, camerista, recitalista, “professorista” renomado da cidade de … como é mesmo o nome?
O maestro concorda com a presença de tão ilustre contrabaixista para abrilhantar ainda mais a “melhor orquestra da cidade”.
Na hora do ensaio, o pobre Primo Contrabaixista do Campo é apresentado, de cara, a uma Sinfonia de Mahler, má o quê mesmo?
Perdido no meio de tantas notas, deslumbrado no meio de uma orquestra tão grande, e tocando qualquer coisa, menos o que está escrito, Primo Contrabaixista do Campo leva um susto sem tamanho quando o maestro para a orquestra para passar somente o naipe de contrabaixos, que está um horror!
Um silêncio acontece, seguido de uma roncadeira contrabaixística de um lado e de um contrabaixista atirando notas a esmo para todos os outros lados, em um autêntico e inacreditável festival de nota fora.
Aí, o maestro para o naipe, e pede:
- Meu filho, quero ouvir só você!
Trêmulo de emoção com o pedido, o Primo Contrabaixista do Campo começa a tocar. Puum – puum – pum – pum – pum – pum, seis notas e ataca a música com voz sôfrega:
“Demorei muito prá te encontraaar …
Agora eu quero só vocêêê! …” (**)
O maestro, enfurecido e vermelho de raiva, responde aos gritos:
- E eu quero você … Fora daqui!
- Êta, gente mais ingrata! Faço o que pedem e ainda me tratam assim! … Vou é me embora! … Não há, ó gente, oh não, luar como aquele do meu campo! …
E, dizendo isso, sai resmungando e maldizendo a maldita orquestra da cidade, com seus salários altos, seus cachês maravilhosos, mas sem chegar aos pés da sua paz contrabaixística campestre!…
Moral da história:
Quer mudar de ares contrabaixísticos?
Às vezes, mais vale uma modesta vida contrabaixística com paz, sossego e oxigênio, que todo o luxo do mundo com preocupações, frustrações e muito gás carbônico orquestral…
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Re: Orientação contrabaixística para contrabaixistas (acústico)
(91) Você sabe escrever o nome do seu instrumento em Português contrabaixístico?
1) Qual a grafia correta do nome do seu instrumento musical?
a- ( ) Contra Baixo
b- ( ) Contra-Baixo
c- ( ) Contrabaixo
d- ( ) Contra baixo
e- ( ) Contra-baixo
2) Leia o texto abaixo e, ao final, confira o resultado:
Texto contrabaixístico
Ele era considerado o piolho da casa. Sempre do contra – baixo, alto, inteligente, burro, gordo ou magro -, ninguém escapava às suas críticas ácidas e mordazes.
Detestava instrumentos de sons graves. Era contra baixo acústico e contra baixo elétrico, e nem mesmo a pobre e mondronga tuba escapava da sua lista negra.
Um dia, apaixonou-se perdidamente por uma contrabaixista e deixou de ser do contra, de ser contra baixo de quaisquer modelitos, deixando também de ser contra tudo e contra todos, para viver uma linda história de amor com a ela e um caso grave, intenso e por inteiro com o contrabaixo, que começou pela grafia do nome, e que se perpetuou em infinitas cartas de amor e em partituras por muitas vidas.
CONTRABAIXO é assim, um substantivo único e um amor plural…
Resposta do teste: letra C
Acertou?
<a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/"><img alt="Licença Creative Commons" style="border-width:0" src="http://i.creativecommons.org/l/by-nc-nd/3.0/80x15.png" /></a>
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1) Qual a grafia correta do nome do seu instrumento musical?
a- ( ) Contra Baixo
b- ( ) Contra-Baixo
c- ( ) Contrabaixo
d- ( ) Contra baixo
e- ( ) Contra-baixo
2) Leia o texto abaixo e, ao final, confira o resultado:
Texto contrabaixístico
Ele era considerado o piolho da casa. Sempre do contra – baixo, alto, inteligente, burro, gordo ou magro -, ninguém escapava às suas críticas ácidas e mordazes.
Detestava instrumentos de sons graves. Era contra baixo acústico e contra baixo elétrico, e nem mesmo a pobre e mondronga tuba escapava da sua lista negra.
Um dia, apaixonou-se perdidamente por uma contrabaixista e deixou de ser do contra, de ser contra baixo de quaisquer modelitos, deixando também de ser contra tudo e contra todos, para viver uma linda história de amor com a ela e um caso grave, intenso e por inteiro com o contrabaixo, que começou pela grafia do nome, e que se perpetuou em infinitas cartas de amor e em partituras por muitas vidas.
CONTRABAIXO é assim, um substantivo único e um amor plural…
Resposta do teste: letra C
Acertou?
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<span xmlns:dc="http://purl.org/dc/elements/1.1/" href="http://purl.org/dc/dcmitype/Text" property="dc:title" rel="dc:type">Orientacoes Contrabaixisticas</span> by <a xmlns:cc="http://creativecommons.org/ns#" href="https://www.contrabaixobr.com/tecnica-teoria-f22/orientacao-contrabaixistica-para-contrabaixistas-acustico-t2297.htm" property="cc:attributionName" rel="cc:attributionURL">Voila Marques</a> is licensed under a <a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/">Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Não a obras derivadas License</a>.
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Re: Orientação contrabaixística para contrabaixistas (acústico)
(92) Contrabaixo não vai pro céu: aspectos importantes sobre compra & venda do contrabaixo
Quando a gente pensa em estudar contrabaixo, uma dúvida frequente é sobre a necessidade de comprar um contrabaixo:
“Compro ou não compro um contrabaixo para estudar?”
Se for comprar, compre logo, enquanto você ainda tem excesso de disposição e/ou dinheiro para isso.
Se não for comprar, alugue um ou arranje um emprestado.
Se você não for bem sucedido nas opções acima, aproveite para se matricular em uma escola de música que tenha contrabaixo disponível para estudo e, se possível, que tenha um professor de contrabaixo legítimo, e não um professor genérico de contrabaixo (violinistas, violistas, violoncelistas, tubistas, trombonistas, pianistas, etc, que ensinam contrabaixo).
Depois disso, arranje dois horários por semana, no mínimo, para ir à escola estudar.
Ainda não criaram o curso de contrabaixo da Nasa, para que você o aprenda dormindo, a exemplo de uns controvertidos cursos de idiomas.
Eu até acredito que algumas soluções musicais possam acontecer em sonho, mas sair tocando o que você não estuda ou nunca estudou, é bem pouco provável de acontecer…
Sendo assim, se você quer ser contrabaixista, haverá necessidade de algum investimento, nem que seja de disposição para estudar.
“Vale a pena comprar um contrabaixo barato e de qualidade ruim?”
Você não está sem grana e precisando de um contrabaixo baratinho?
Quando você resolver vender o seu contrabaixo baratinho, alguém estará precisando de um, da mesma forma que um dia você precisou.
Contrabaixistas abastados são exceção, assim como estudantes de contrabaixo ricos.
O contrabaixo pode ser o amor da sua vida mas, mesmo assim, você deve pensar no seu bolso na hora de comprá-lo. O coração não costuma fazer bons investimentos financeiros.
A compra do contrabaixo é um investimento e deve se pagar por ele o preço, no máximo, justo.
Se você puder comprá-lo por um valor menor que o justo, melhor para você e pior para quem o está vendendo, mas quando se vende um instrumento se sabe que o valor depende de oportunidade, e da velocidade com que se precisa vendê-lo.
Quando se vende o contrabaixo, deve se tentar vendê-lo pelo valor, no mínimo, justo.
Se você conseguir vender o seu contrabaixo por um valor acima do mercado, melhor para você e bem pior para o otário que um dia terá dificuldades para encontrar um semelhante.
Para evitar problemas e dores de cabeça no futuro, procure se certificar da qualidade e da procedência do instrumento, e evitar eventuais problemas, às vezes “ocultos”, levando o elefantinho almejado a um luthier, ou a seu professor, ou mesmo a um colega contrabaixista que entenda bem de contrabaixos.
Um contrabaixo de boa qualidade, com problemas graves de falta de manutenção (afundamento de tampo, deslocamento da barra harmônica, braço empenado, rachaduras grandes, etc.), por exemplo, é certeza de gastos extras um dia.
Dependendo do grau do problema, ele pode apresentar problemas de repente e te atrapalhar, e muito.
Essas coisas sempre acontecem quando se tem um monte de despesas para pagar.
Se você não vai conseguir bancar gastos excessivos, é mais seguro optar por um instrumento dentro do seu orçamento, incluindo nisso as despesas com a manutenção do fofo.
“Mas não é melhor comprar logo um contrabaixo bom para estudar?”
Se você tiver possibilidades e certezas, sim.
Agora, se você for como a maioria dos estudantes, que ainda não têm muita certeza do real interesse em ser contrabaixista e, aliado a isso, ainda está sem dinheiro, console- se com um contrabaixo simplesinho. Além de se livrar de dívidas inconvenientes, poderá ser mais fácil dele ser vendido, caso você desista de estudar contrabaixo, ainda mais se você desistir na vigência das dívidas.
Se você optar por comprar um contrabaixo melhor, continue pensando no lindo como um investimento. Já que você vai gastar dinheiro com isso, pense também em comprar um contrabaixo não descartável, que fique bastante tempo com você, ou que possa no futuro vir a ser o seu segundo contrabaixo. É sempre bom ter mais de um. Muitas das vezes, você precisará de um em casa para estudar, e de um na “rua”, para trabalhar (orquestras, shows, casamentos, etc.).
“Mas não é melhor ter um contrabaixo ruim para estudar, porque quando se comprar um instrumento bom, aí fica tudo mais fácil de ser tocado?”
Penso que ter um contrabaixo bom na vida é uma oportunidade que você teve ou está tendo para isso.
Ter um contrabaixo ruim é uma falta de oportunidade de ter um contrabaixo bom, ou uma oportunidade para isso que foi desperdiçada.
E oportunidade é oportunidade. Se possível, você aproveita e pronto!
Para quem tem um contrabaixo ruim, deve ser um consolo e uma esperança saber que um dia as coisas vão melhorar com um contrabaixo melhor. Até a disposição para estudar muda!
Quem tem um contrabaixo bom logo no início só antecipou essa situação.
Agora, ficar com um contrabaixo ruim, ao invés de um melhor, porque isso vai torná-lo um contrabaixista melhor, é uma penitência incerta.
Você já toca um instrumento grande, ruim de carregar, que fica fazendo pum-pum-pum no fundo de uma orquestra, e você ainda quer tocar num instrumento ruim para melhorar como contrabaixista?
Conselhito: fique com o contrabaixo bom e arranje um chicote para as suas horas mais masoquistas, ou vá estudar mais para se penitenciar do pecado de ter gastado uma grana num… contrabaixo!…
Sabe aquele ditado que diz “junte-se aos bons e seja um igual”?
Junte-se ao contrabaixo – bom ou não-, e seja um contrabaixista…
<a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/"><img alt="Licença Creative Commons" style="border-width:0" src="http://i.creativecommons.org/l/by-nc-nd/3.0/80x15.png" /></a>
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Quando a gente pensa em estudar contrabaixo, uma dúvida frequente é sobre a necessidade de comprar um contrabaixo:
“Compro ou não compro um contrabaixo para estudar?”
Se for comprar, compre logo, enquanto você ainda tem excesso de disposição e/ou dinheiro para isso.
Se não for comprar, alugue um ou arranje um emprestado.
Se você não for bem sucedido nas opções acima, aproveite para se matricular em uma escola de música que tenha contrabaixo disponível para estudo e, se possível, que tenha um professor de contrabaixo legítimo, e não um professor genérico de contrabaixo (violinistas, violistas, violoncelistas, tubistas, trombonistas, pianistas, etc, que ensinam contrabaixo).
Depois disso, arranje dois horários por semana, no mínimo, para ir à escola estudar.
Ainda não criaram o curso de contrabaixo da Nasa, para que você o aprenda dormindo, a exemplo de uns controvertidos cursos de idiomas.
Eu até acredito que algumas soluções musicais possam acontecer em sonho, mas sair tocando o que você não estuda ou nunca estudou, é bem pouco provável de acontecer…
Sendo assim, se você quer ser contrabaixista, haverá necessidade de algum investimento, nem que seja de disposição para estudar.
“Vale a pena comprar um contrabaixo barato e de qualidade ruim?”
Você não está sem grana e precisando de um contrabaixo baratinho?
Quando você resolver vender o seu contrabaixo baratinho, alguém estará precisando de um, da mesma forma que um dia você precisou.
Contrabaixistas abastados são exceção, assim como estudantes de contrabaixo ricos.
O contrabaixo pode ser o amor da sua vida mas, mesmo assim, você deve pensar no seu bolso na hora de comprá-lo. O coração não costuma fazer bons investimentos financeiros.
A compra do contrabaixo é um investimento e deve se pagar por ele o preço, no máximo, justo.
Se você puder comprá-lo por um valor menor que o justo, melhor para você e pior para quem o está vendendo, mas quando se vende um instrumento se sabe que o valor depende de oportunidade, e da velocidade com que se precisa vendê-lo.
Quando se vende o contrabaixo, deve se tentar vendê-lo pelo valor, no mínimo, justo.
Se você conseguir vender o seu contrabaixo por um valor acima do mercado, melhor para você e bem pior para o otário que um dia terá dificuldades para encontrar um semelhante.
Para evitar problemas e dores de cabeça no futuro, procure se certificar da qualidade e da procedência do instrumento, e evitar eventuais problemas, às vezes “ocultos”, levando o elefantinho almejado a um luthier, ou a seu professor, ou mesmo a um colega contrabaixista que entenda bem de contrabaixos.
Um contrabaixo de boa qualidade, com problemas graves de falta de manutenção (afundamento de tampo, deslocamento da barra harmônica, braço empenado, rachaduras grandes, etc.), por exemplo, é certeza de gastos extras um dia.
Dependendo do grau do problema, ele pode apresentar problemas de repente e te atrapalhar, e muito.
Essas coisas sempre acontecem quando se tem um monte de despesas para pagar.
Se você não vai conseguir bancar gastos excessivos, é mais seguro optar por um instrumento dentro do seu orçamento, incluindo nisso as despesas com a manutenção do fofo.
“Mas não é melhor comprar logo um contrabaixo bom para estudar?”
Se você tiver possibilidades e certezas, sim.
Agora, se você for como a maioria dos estudantes, que ainda não têm muita certeza do real interesse em ser contrabaixista e, aliado a isso, ainda está sem dinheiro, console- se com um contrabaixo simplesinho. Além de se livrar de dívidas inconvenientes, poderá ser mais fácil dele ser vendido, caso você desista de estudar contrabaixo, ainda mais se você desistir na vigência das dívidas.
Se você optar por comprar um contrabaixo melhor, continue pensando no lindo como um investimento. Já que você vai gastar dinheiro com isso, pense também em comprar um contrabaixo não descartável, que fique bastante tempo com você, ou que possa no futuro vir a ser o seu segundo contrabaixo. É sempre bom ter mais de um. Muitas das vezes, você precisará de um em casa para estudar, e de um na “rua”, para trabalhar (orquestras, shows, casamentos, etc.).
“Mas não é melhor ter um contrabaixo ruim para estudar, porque quando se comprar um instrumento bom, aí fica tudo mais fácil de ser tocado?”
Penso que ter um contrabaixo bom na vida é uma oportunidade que você teve ou está tendo para isso.
Ter um contrabaixo ruim é uma falta de oportunidade de ter um contrabaixo bom, ou uma oportunidade para isso que foi desperdiçada.
E oportunidade é oportunidade. Se possível, você aproveita e pronto!
Para quem tem um contrabaixo ruim, deve ser um consolo e uma esperança saber que um dia as coisas vão melhorar com um contrabaixo melhor. Até a disposição para estudar muda!
Quem tem um contrabaixo bom logo no início só antecipou essa situação.
Agora, ficar com um contrabaixo ruim, ao invés de um melhor, porque isso vai torná-lo um contrabaixista melhor, é uma penitência incerta.
Você já toca um instrumento grande, ruim de carregar, que fica fazendo pum-pum-pum no fundo de uma orquestra, e você ainda quer tocar num instrumento ruim para melhorar como contrabaixista?
Conselhito: fique com o contrabaixo bom e arranje um chicote para as suas horas mais masoquistas, ou vá estudar mais para se penitenciar do pecado de ter gastado uma grana num… contrabaixo!…
Sabe aquele ditado que diz “junte-se aos bons e seja um igual”?
Junte-se ao contrabaixo – bom ou não-, e seja um contrabaixista…
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ÍNDICE DE ASSUNTOS COM LINKS
Orientação contrabaixística para contrabaixistas (acústico)
01- Ser ou não ser contrabaixista? Eis a questão...
02a- Tempo
02b- Tempo (continuação)
03- Contrabaixo
04- O que preciso comprar para começar os estudos?
05- Gastos mensais com o estudo do contrabaixo
06- Gastos eventuais com o contrabaixo
07- "Luxos" úteis ou necessários
08a- Relógio contrabaixístico
08b- Relógio contrabaixístico (continuação)
09a- Dúvidas na escolha do encordoamento correto?
09b- Trocando as cordas (continuação)
10- Conversando com a preguiça contrabaixística...
11- Escolha do contrabaixo: aspectos importantes
12- Arco francês ou arco alemão?
13a- Alongamentos complementares - parte 1
13b- Alongamentos complementares - parte 2
14a- Sobre tamanho de contrabaixos e de dedos
14b- Sobre comprimento dos dedos... (continuação)
14c- Sobre comprimento do braço...(continuação)
15- Solução alternativa pessoal
16- Problemas com a resina?
17- Sobre a altura do contrabaixo ...
18a- Posições na 1ª corda (sol) para 1-2-4 ou 1-3-4
18b- Posições na 2ª corda (ré) para 1-2-4 ou 1-3-4
18c- Posições na 3ª corda (lá) para 1-2-4 ou 1-3-4
18d- Posições na 4ª corda (mi) para 1-2-4 ou 1-3-4
19a- Sobre cotovelos e tendinites...
19b- Ainda sobre LER ou DORT
19c- Ainda sobre LER ou DORT... (fim)
20-Sobre afinação...
21- Algumas indicações de métodos de improvisação, harmonia e técnica de baixo elétrico...
22a- Sobre a diminuição no ritmo de estudo...
22b- Sobre a diminuição do rítmo de estudo (cont)...
22c- Sobre a diminuição do rítmo de estudo (final)...
23- Sobre os arcos francês e alemão...
24- Definindo as funções...
25- Arco...
26a-Exercícios para relaxar a mão direita (arco)...
26b- Exercícios para a mão direita (arco)... (cont)
27- Blá-blá-blá sobre a mão direita (arco)...
28a- Sobre professor, Escolas e auto-didatismo...
28b-Sobre professor, Escolas e auto-didatismo (cont)...
28c- Sobre professor, Escolas e auto-didatismo (final)...
29- Contrabaixo & carro
30- Como colocar e tirar um contrabaixo do carro (parte1)
30b- Como colocar e tirar um contrabaixo do carro (parte 2)
31- Contrabaixo & carro - detalhes tão pequenos de nós dois ou três...
32- Contrabaixo & carro - regra importante...
33- A-B-C- Dedilhados (acústico): Nós nos dedos!
34- A-B-C- Dedilhados: (acústico) Meus dedinhos, meus dedinhos, aqui estão...
35- A-B-C- Dedilhados (acústico): Sobre extensão e pivot
36- A-B-C- Dedilhados (acústico): Sobre o 3º e o 4º dedos
37- A-B-C- Dedilhados (acústico): Dedilhados cbxtkos e divagações de uma cbxista...
38- A-B-C- Dedilhados (acústico): Dedo 3 (anular): pouco ou muito usado?
39- A-B-C- Dedilhados (acústico): Dedilhado 1-2-3-4 no acústico. E aí?
40- Fortalecimento dos dedos da mão esquerda (acústico): Exercícios fora do contrabaixo
41a- Fortalecimento dos dedos da mão esquerda (acústico): Exercícios de fortalecimento p/ contrabaixista iniciante - parte 1
41b- Fortalecimento dos dedos da mão esquerda (acústico): Exercícios de fortalecimento p/cbxista iniciante - parte 2
42a- Fortalecimento dos dedos da mão esquerda (acústico): Estudo para os dedos
42b- Fortalecimento dos dedos da mão esquerda (acústico): Objetivos e mais variantes
43- Fortalecimento dos dedos da mão esquerda (acústico): Exercícios também com o capotasto (polegar)
44- Sobre afinação (1ª parte)
45- Sobre afinação e pinguins...
46- Sobre afinação, memória e fosfosol...
47- Eu acho que vi uma bolinha passar por aqui! (sobre claves e leitura...)
48a- Com o "coringa" nas mãos: exercícios para pizzicato ou arco... parte 1
48b- Exercício "coringa" (sem acentos, para uniformidade do som) parte 2
48c- Exercício coringa (com acentos, para variação de pressão) parte 3
49 Suono Reale (som real): Existe? É contagioso?
50- Cursos de férias: fazer, não fazer ou o que fazer????
51- Como se livrar das posições contrabaixísticas comprometedoras...
52- Postura: uma "elefância" necessária...
53- Família e vizinhos: guia prático de convivência mútua...
54- Sobre climas variados...
55- Contrabaixo, empregadas e crianças: manual de instruções
56- Se meu contrabaixo falasse: aspectos rápidos de interpretação
57- Se meu contrabaixo falasse: aspectos técnicos rápidos de interpretação.
58- Se meu contrabaixo falasse: alguns “clichês” de interpretação...
59- Se meu contrabaixo falasse: pequenas auto-armadilhas...
60- Venenos orquestrais breves- afinação
61- Venenos orquestrais breves- 1º contrabaixo
62- Ponta do metacarpo é a mãe!...
63- Mudança de posição (regiões grave e média)- revisão de dedos, dedilhados e posição.
64- Mudança de posição nas regiões grave e média
65- Espelho, espelho meu...
66- Venenos orquestrais breves- músicos e orquestras jovens e os concertos sem cachê
67- Venenos orquestrais breves- sobre concertos sem cachê
68- Aula particular de contrabaixo ou em escola?
69- Venenos orquestrais breves: brigando na mesma estante...
70- Venenos orquestrais breves: ai bota aqui, ai bota aqui a minha estante...Ai bota aqui, ai bota aqui junto de mim...
71- Venenos orquestrais breves: e de triângulo em triângulo se chega a um semicírculo...
72- Uni- duni- tê contrabaixístico: sobre escolhas difíceis na vida do contrabaixista...
73- Causa e defeitos: prevenindo as dores contrabaixísticas...
74- Causa e defeitos: prevenindo as dores contrabaixísticas... (continuação)
75- Curta e grossa: unha!
76- Curta e grossa: unha! (continuação)
77- Sangue, suor e ...bolhas!
78- Um “causo” de bolhas…
79- Cuidado com as bolhas assassinas!
80- Carneirinho, carneirão, vibrato não é recurso de afinação...
81- Agruras contrabaixísticas
82- Sobre professores genéricos de contrabaixo...
83-Fábulas contrabaixísticas: O Contrabaixista e a Galinha Ruiva
84-Cuidaditos com o seu contrabaixo, com o contrabaixo do seu vizinho, com o contrabaixo do pai de todos...
85-Fábulas contrabaixísticas: O Contrabaixista Lebre e o Contrabaixista Tartaruga
86- O contrabaixista e o monstro: sobre o uso da força e do peso
87- O trem-fantasma da mudança de posição: aspectos importantes
88- Fábulas contrabaixísticas: A Contrabaixista Adormecida
89- Quando a idade não é documento, mas o sonho contrabaixístico tem limites…
90- O Primo Contrabaixista da Cidade e o Primo Contrabaixista do Campo
91- Você sabe escrever o nome do seu instrumento em Português contrabaixístico?
92- Contrabaixo não vai pro céu: aspectos importantes sobre compra & venda do contrabaixo
Índice dos vídeos do "A-B-C-Dicas de Contrabaixo" com links: clique aqui
<a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/"><img alt="Licença Creative Commons" style="border-width:0" src="http://creativecommons.org/images/public/somerights20.png" /></a>
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01- Ser ou não ser contrabaixista? Eis a questão...
02a- Tempo
02b- Tempo (continuação)
03- Contrabaixo
04- O que preciso comprar para começar os estudos?
05- Gastos mensais com o estudo do contrabaixo
06- Gastos eventuais com o contrabaixo
07- "Luxos" úteis ou necessários
08a- Relógio contrabaixístico
08b- Relógio contrabaixístico (continuação)
09a- Dúvidas na escolha do encordoamento correto?
09b- Trocando as cordas (continuação)
10- Conversando com a preguiça contrabaixística...
11- Escolha do contrabaixo: aspectos importantes
12- Arco francês ou arco alemão?
13a- Alongamentos complementares - parte 1
13b- Alongamentos complementares - parte 2
14a- Sobre tamanho de contrabaixos e de dedos
14b- Sobre comprimento dos dedos... (continuação)
14c- Sobre comprimento do braço...(continuação)
15- Solução alternativa pessoal
16- Problemas com a resina?
17- Sobre a altura do contrabaixo ...
18a- Posições na 1ª corda (sol) para 1-2-4 ou 1-3-4
18b- Posições na 2ª corda (ré) para 1-2-4 ou 1-3-4
18c- Posições na 3ª corda (lá) para 1-2-4 ou 1-3-4
18d- Posições na 4ª corda (mi) para 1-2-4 ou 1-3-4
19a- Sobre cotovelos e tendinites...
19b- Ainda sobre LER ou DORT
19c- Ainda sobre LER ou DORT... (fim)
20-Sobre afinação...
21- Algumas indicações de métodos de improvisação, harmonia e técnica de baixo elétrico...
22a- Sobre a diminuição no ritmo de estudo...
22b- Sobre a diminuição do rítmo de estudo (cont)...
22c- Sobre a diminuição do rítmo de estudo (final)...
23- Sobre os arcos francês e alemão...
24- Definindo as funções...
25- Arco...
26a-Exercícios para relaxar a mão direita (arco)...
26b- Exercícios para a mão direita (arco)... (cont)
27- Blá-blá-blá sobre a mão direita (arco)...
28a- Sobre professor, Escolas e auto-didatismo...
28b-Sobre professor, Escolas e auto-didatismo (cont)...
28c- Sobre professor, Escolas e auto-didatismo (final)...
29- Contrabaixo & carro
30- Como colocar e tirar um contrabaixo do carro (parte1)
30b- Como colocar e tirar um contrabaixo do carro (parte 2)
31- Contrabaixo & carro - detalhes tão pequenos de nós dois ou três...
32- Contrabaixo & carro - regra importante...
33- A-B-C- Dedilhados (acústico): Nós nos dedos!
34- A-B-C- Dedilhados: (acústico) Meus dedinhos, meus dedinhos, aqui estão...
35- A-B-C- Dedilhados (acústico): Sobre extensão e pivot
36- A-B-C- Dedilhados (acústico): Sobre o 3º e o 4º dedos
37- A-B-C- Dedilhados (acústico): Dedilhados cbxtkos e divagações de uma cbxista...
38- A-B-C- Dedilhados (acústico): Dedo 3 (anular): pouco ou muito usado?
39- A-B-C- Dedilhados (acústico): Dedilhado 1-2-3-4 no acústico. E aí?
40- Fortalecimento dos dedos da mão esquerda (acústico): Exercícios fora do contrabaixo
41a- Fortalecimento dos dedos da mão esquerda (acústico): Exercícios de fortalecimento p/ contrabaixista iniciante - parte 1
41b- Fortalecimento dos dedos da mão esquerda (acústico): Exercícios de fortalecimento p/cbxista iniciante - parte 2
42a- Fortalecimento dos dedos da mão esquerda (acústico): Estudo para os dedos
42b- Fortalecimento dos dedos da mão esquerda (acústico): Objetivos e mais variantes
43- Fortalecimento dos dedos da mão esquerda (acústico): Exercícios também com o capotasto (polegar)
44- Sobre afinação (1ª parte)
45- Sobre afinação e pinguins...
46- Sobre afinação, memória e fosfosol...
47- Eu acho que vi uma bolinha passar por aqui! (sobre claves e leitura...)
48a- Com o "coringa" nas mãos: exercícios para pizzicato ou arco... parte 1
48b- Exercício "coringa" (sem acentos, para uniformidade do som) parte 2
48c- Exercício coringa (com acentos, para variação de pressão) parte 3
49 Suono Reale (som real): Existe? É contagioso?
50- Cursos de férias: fazer, não fazer ou o que fazer????
51- Como se livrar das posições contrabaixísticas comprometedoras...
52- Postura: uma "elefância" necessária...
53- Família e vizinhos: guia prático de convivência mútua...
54- Sobre climas variados...
55- Contrabaixo, empregadas e crianças: manual de instruções
56- Se meu contrabaixo falasse: aspectos rápidos de interpretação
57- Se meu contrabaixo falasse: aspectos técnicos rápidos de interpretação.
58- Se meu contrabaixo falasse: alguns “clichês” de interpretação...
59- Se meu contrabaixo falasse: pequenas auto-armadilhas...
60- Venenos orquestrais breves- afinação
61- Venenos orquestrais breves- 1º contrabaixo
62- Ponta do metacarpo é a mãe!...
63- Mudança de posição (regiões grave e média)- revisão de dedos, dedilhados e posição.
64- Mudança de posição nas regiões grave e média
65- Espelho, espelho meu...
66- Venenos orquestrais breves- músicos e orquestras jovens e os concertos sem cachê
67- Venenos orquestrais breves- sobre concertos sem cachê
68- Aula particular de contrabaixo ou em escola?
69- Venenos orquestrais breves: brigando na mesma estante...
70- Venenos orquestrais breves: ai bota aqui, ai bota aqui a minha estante...Ai bota aqui, ai bota aqui junto de mim...
71- Venenos orquestrais breves: e de triângulo em triângulo se chega a um semicírculo...
72- Uni- duni- tê contrabaixístico: sobre escolhas difíceis na vida do contrabaixista...
73- Causa e defeitos: prevenindo as dores contrabaixísticas...
74- Causa e defeitos: prevenindo as dores contrabaixísticas... (continuação)
75- Curta e grossa: unha!
76- Curta e grossa: unha! (continuação)
77- Sangue, suor e ...bolhas!
78- Um “causo” de bolhas…
79- Cuidado com as bolhas assassinas!
80- Carneirinho, carneirão, vibrato não é recurso de afinação...
81- Agruras contrabaixísticas
82- Sobre professores genéricos de contrabaixo...
83-Fábulas contrabaixísticas: O Contrabaixista e a Galinha Ruiva
84-Cuidaditos com o seu contrabaixo, com o contrabaixo do seu vizinho, com o contrabaixo do pai de todos...
85-Fábulas contrabaixísticas: O Contrabaixista Lebre e o Contrabaixista Tartaruga
86- O contrabaixista e o monstro: sobre o uso da força e do peso
87- O trem-fantasma da mudança de posição: aspectos importantes
88- Fábulas contrabaixísticas: A Contrabaixista Adormecida
89- Quando a idade não é documento, mas o sonho contrabaixístico tem limites…
90- O Primo Contrabaixista da Cidade e o Primo Contrabaixista do Campo
91- Você sabe escrever o nome do seu instrumento em Português contrabaixístico?
92- Contrabaixo não vai pro céu: aspectos importantes sobre compra & venda do contrabaixo
Índice dos vídeos do "A-B-C-Dicas de Contrabaixo" com links: clique aqui
<a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/"><img alt="Licença Creative Commons" style="border-width:0" src="http://creativecommons.org/images/public/somerights20.png" /></a>
<span xmlns:dc="http://purl.org/dc/elements/1.1/" href="http://purl.org/dc/dcmitype/Text" property="dc:title" rel="dc:type">Orientacoes Contrabaixisticas</span> by <a xmlns:cc="http://creativecommons.org/ns#" href="https://www.contrabaixobr.com/tecnica-teoria-f22/orientacao-contrabaixistica-para-contrabaixistas-acustico-t2297.htm" property="cc:attributionName" rel="cc:attributionURL">Voila Marques</a> is licensed under a <a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/">Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Não a obras derivadas License</a>.
Última edição por Voila Marques em Seg Jul 29, 2013 9:55 am, editado 1 vez(es)
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A-B-C-Dicas de Contrabaixo
Este é o mais novo projeto contrabaixístico do Blog da Voila Marques, com dicas variadas sobre a técnica do contrabaixo, que foram escolhidas a partir da minha vivência como contrabaixista e professora de contrabaixo.
As dicas estão sendo filmadas aleatoriamente, em vídeos curtos de, no máximo, 6 minutos – num trabalho conjunto com meu marido, Aurélio Ramalho.
Esperamos que vocês gostem do nosso A-B-C-Dicas de Contrabaixo, assim como esperamos que o resultado dele seja útil para vocês!
Participem e interajam enviando sugestões de futuras dicas, ok?
Abraços contrabaixísticos procês
A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Como segurar o arco (modelo francês):
<iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/_1DpshjT4hY" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Como colocar o arco na corda:
<iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/ahefDRzZT9o" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Como manter a forma da mão direita com o arco:
<iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/wrt1i1zrWHQ" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Noções de dedilhados e como colocar a mão esquerda na corda:
<iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/EToWebrJ-18" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Como se acostumar com o peso do contrabaixo:
<iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/VZIJ239VgWM" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Alongamentos:
<iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/cJWt8FIetyo" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Sobre a altura do contrabaixo:
<iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/YsxNRy2zn98" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Sobre o uso do peso do corpo na mão esquerda:
<iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/PRiHmR5zQjg" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Sobre postura com banco:
<iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/3uUhJWPfIQA" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
A B C Dicas de Contrabaixo- Exercícios iniciais de fortalecimento dos dedos da mão esquerda:
<iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/BdAVF3QDjSA" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
Índice do "A-B-C-Dicas de Contrabaixo" com links: clique aqui
Última edição por Voila Marques em Qua Jan 30, 2013 9:03 am, editado 2 vez(es)
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A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Mais vídeos
A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Sobre as primeiras notas, com dedilhado 1-2-4, sem arco:
<iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/YabG-ssRbLg" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Sobre como juntar a mão esquerda com o arco:
<iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/ATKuHM5RqXM" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Mudança de corda na mesma posição:
<iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/bTcoAtlzWzc" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Movimento inicial do arco na corda:
<iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/4bFNwbKN2e0" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Divisão inicial do arco na corda solta:
<iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/htTzBYSMOzo" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Mudança do arco na corda solta:
<iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/MRSRrvh7DLA" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
Índice do "A-B-C-Dicas de Contrabaixo" com links: clique aqui
<iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/YabG-ssRbLg" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Sobre como juntar a mão esquerda com o arco:
<iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/ATKuHM5RqXM" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Mudança de corda na mesma posição:
<iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/bTcoAtlzWzc" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Movimento inicial do arco na corda:
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A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Divisão inicial do arco na corda solta:
<iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/htTzBYSMOzo" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Mudança do arco na corda solta:
<iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/MRSRrvh7DLA" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
Índice do "A-B-C-Dicas de Contrabaixo" com links: clique aqui
Última edição por Voila Marques em Qua Jan 30, 2013 9:04 am, editado 2 vez(es)
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Re: Orientação contrabaixística para contrabaixistas (acústico)
excelente, querida voila!! parabens p/ vc e p/ o chefekk!!
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fheliojr- Membro
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Localização : Fortaleza-CE
Re: Orientação contrabaixística para contrabaixistas (acústico)
^Obrigadíssima, Helinho querido!fheliojr escreveu:excelente, querida voila!! parabens p/ vc e p/ o chefekk!!
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Re: Orientação contrabaixística para contrabaixistas (acústico)
A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Ligadura em cordas soltas:
<iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/YMQ0nvE7z68" frameborder="0"
allowfullscreen></iframe>
A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Mudança de corda numa mesma posição, com arco:
<iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/_qWV3MNFUAQ" frameborder="0"
allowfullscreen></iframe>
A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Golpes de arco básicos e articulações básicas:
<iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/lpUhv8ALtQQ" frameborder="0"
allowfullscreen></iframe>
A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Divisão básica do arco usando o arco inteiro e parte dele:
<iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/dZFE9kh0-Kw" frameborder="0"
allowfullscreen></iframe>
A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Divisão básica nas três regiões do arco:
<iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/pexZdPfuAGs" frameborder="0"
allowfullscreen></iframe>
A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Notas ligadas e articuladas numa mesma posição:
<iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/W2PfMbB8Tp8" frameborder="0"
allowfullscreen></iframe>
A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Aquecimento da mão esquerda:
<iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/Fu3fbSKsdi8" frameborder="0"
allowfullscreen></iframe>
A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Sobre resina:
<iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/x9rnpucgdzM" frameborder="0"
allowfullscreen></iframe>
A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Como guardar o contrabaixo e o arco:
<iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/_TvSaCFLHLM" frameborder="0"
allowfullscreen></iframe>
A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Como carregar o contrabaixo:
<iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/QQ3YaBV28VA" frameborder="0"
allowfullscreen></iframe>
Índice do "A-B-C-Dicas de Contrabaixo" com links: clique aqui
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A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Mudança de corda numa mesma posição, com arco:
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allowfullscreen></iframe>
A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Golpes de arco básicos e articulações básicas:
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allowfullscreen></iframe>
A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Divisão básica do arco usando o arco inteiro e parte dele:
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A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Divisão básica nas três regiões do arco:
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allowfullscreen></iframe>
A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Notas ligadas e articuladas numa mesma posição:
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A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Aquecimento da mão esquerda:
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A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Sobre resina:
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A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Como guardar o contrabaixo e o arco:
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A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Como carregar o contrabaixo:
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allowfullscreen></iframe>
Índice do "A-B-C-Dicas de Contrabaixo" com links: clique aqui
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Re: Orientação contrabaixística para contrabaixistas (acústico)
A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Sobre a posição do contrabaixo :
<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/P_-szuQDtqw" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Sobre tamanhos de contrabaixo:
<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/wJft-2lsH68" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Detalhes sobre a condução do arco e a emissão do som:
<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/_Qod_JyEJqA" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Pequenos problemas na condução do arco:
<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/Vba8kzFUd-Y" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Sobre como apertar a crina do arco:
<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/UM6XZqcp67U" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
Índice do "A-B-C-Dicas de Contrabaixo" com links: clique aqui
<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/P_-szuQDtqw" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Sobre tamanhos de contrabaixo:
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A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Detalhes sobre a condução do arco e a emissão do som:
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A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Pequenos problemas na condução do arco:
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A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Sobre como apertar a crina do arco:
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Índice do "A-B-C-Dicas de Contrabaixo" com links: clique aqui
Última edição por Voila Marques em Qua Jan 30, 2013 9:06 am, editado 1 vez(es)
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Re: Orientação contrabaixística para contrabaixistas (acústico)
finalmente achei algo, estou perdendo gig's pq nao sei tocar baixo acustico...rsrs
heverton souza- Membro
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Re: Orientação contrabaixística para contrabaixistas (acústico)
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Re: Orientação contrabaixística para contrabaixistas (acústico)
A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Cordas soltas intercaladas:
<iframe src="https://www.youtube.com/embed/_7mVanRiLSQ" frameborder="0" width="560" height="315"></iframe>
Movimento do cotovelo esquerdo no espelho do contrabaixo :
<iframe src="https://www.youtube.com/embed/MREKBnkiCNg" frameborder="0" width="560" height="315"></iframe>
A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Alguns problemas com o braço esquerdo e com a mão esquerda:
<iframe src="https://www.youtube.com/embed/fSqaaTivZaY" frameborder="0" width="560" height="315"></iframe>
A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Sobre postura com banco, com os dois pés sobre o banco ou no chão:
<iframe src="https://www.youtube.com/embed/nGPfTNAwN78" frameborder="0" width="560" height="315"></iframe>
A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Movimento do arco em duas notas com ritmos diferentes e regulares:
<iframe src="https://www.youtube.com/embed/zo8nqcQnQGs" frameborder="0" width="560" height="315"></iframe>
A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Sobre as bolhas com pizzicatto:
<iframe src="https://www.youtube.com/embed/1hYsSHSCPyg" frameborder="0" width="560" height="315"></iframe>
Índice do "A-B-C-Dicas de Contrabaixo" com links: clique aqui
<iframe src="https://www.youtube.com/embed/_7mVanRiLSQ" frameborder="0" width="560" height="315"></iframe>
Movimento do cotovelo esquerdo no espelho do contrabaixo :
<iframe src="https://www.youtube.com/embed/MREKBnkiCNg" frameborder="0" width="560" height="315"></iframe>
A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Alguns problemas com o braço esquerdo e com a mão esquerda:
<iframe src="https://www.youtube.com/embed/fSqaaTivZaY" frameborder="0" width="560" height="315"></iframe>
A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Sobre postura com banco, com os dois pés sobre o banco ou no chão:
<iframe src="https://www.youtube.com/embed/nGPfTNAwN78" frameborder="0" width="560" height="315"></iframe>
A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Movimento do arco em duas notas com ritmos diferentes e regulares:
<iframe src="https://www.youtube.com/embed/zo8nqcQnQGs" frameborder="0" width="560" height="315"></iframe>
A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Sobre as bolhas com pizzicatto:
<iframe src="https://www.youtube.com/embed/1hYsSHSCPyg" frameborder="0" width="560" height="315"></iframe>
Índice do "A-B-C-Dicas de Contrabaixo" com links: clique aqui
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Índice dos vídeos do A-B-C-Dicas de Contrabaixo, com links, numeração e "ordem gradativa" de assuntos
Caros colegas,
Para facilitar, coloquei os vídeos do "A-B-C-Dicas de Contrabaixo" numerados e em uma "ordem gradativa" de assuntos, que pode ser seguida ou não.
1- A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Boatos e bobagens sobre o contrabaixo:
Este vídeo discorre sobre tamanhos de contrabaixo, idade para estudar, altura de banquinho, altura do contrabaixista, tamanho das mãos e sobre a importância de um professor de contrabaixo.
2- A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Sobre tamanhos de contrabaixo:
Este vídeo apresenta algumas dicas sobre como medir o diapasão de um contrabaixo e classificar o tamanho do instrumento, e apresenta também algumas dicas sobre o espaçamento dos dedos em contrabaixos de diferentes tamanhos.
3- A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Como escolher um arco modelo francês:
Este vídeo apresenta os modelos de arco francês e alemão, e dicas sobre como escolher um arco francês: peso, equilíbrio, emissão do som, velocidade das notas e curvatura da vareta.
4- A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Como carregar o contrabaixo:
Este vídeo apresenta algumas dicas sobre como carregar o contrabaixo, por onde pegá-lo, dando ênfase à proteção do instrumento e da coluna do contrabaixista.
5- A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Como se acostumar com o peso do contrabaixo:
Este vídeo demonstra exercícios iniciais somente com o contrabaixo, dando ênfase à percepção do peso do instrumento.
6- A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Como guardar o contrabaixo e o arco:
Este vídeo apresenta algumas dicas sobre como colocar o contrabaixo na cadeira e na parede, e também sobre como guardar o arco após o uso.
7- A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Alongamentos:
Este vídeo demonstra exercícios de alongamento do corpo com e sem o contrabaixo, como forma de prevenção de lesões físicas no contrabaixista.
8- A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Partes do contrabaixo e como o som acontece:
Este vídeo apresenta a nomenclatura das partes do contrabaixo e explica como o som se propaga a partir da emissão da nota.
9- A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Sobre postura com banco:
Este vídeo apresenta algumas dicas sobre postura no contrabaixo, com o uso do banco, dando ênfase à direção do corpo, ombros, pernas e pés.
10- A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Sobre postura com banco, com os dois pés sobre o banco ou no chão:
Este vídeo apresenta algumas dicas sobre postura no contrabaixo, com o uso do banco, com os dois pés nele ou no chão, dando ênfase à coluna do contrabaixista e à direção do corpo, ao equilíbrio dos ombros, e à posição das pernas e pés.
11- A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Sobre a posição do contrabaixo:
Este vídeo apresenta algumas dicas sobre a posição e inclinação do contrabaixo em relação ao corpo do contrabaixista.
12- A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Sobre a altura do contrabaixo:
Este vídeo apresenta algumas dicas sobre a altura do contrabaixo, com ênfase tanto à altura em relação à mão esquerda, quanto à mão direita.
13- A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Sobre resina:
Este vídeo apresenta algumas dicas sobre a resina, com ênfase na sua função, consistência, e como usá-la.
14- A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Sobre o uso do peso do corpo na mão esquerda:
Este vídeo apresenta algumas dicas sobre peso, força e pressão ao colocar a mão esquerda no contrabaixo.
15- A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Sobre as bolhas na mão direita:
Este vídeo apresenta algumas dicas sobre o que fazer para evitar bolhas ao tocar pizzicato.
16- A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Noções de dedilhados e como colocar a mão esquerda na corda:
Este vídeo apresenta os dedilhados 1-2-4, 1-3-4 e 1-2-3-4 e como apoiar a mão esquerda sobre o braço do contrabaixo, dando ênfase ao dedilhado alemão.
17- A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Sobre as primeiras notas, com dedilhado 1-2-4, sem arco:
Este vídeo apresenta algumas dicas sobre como tocar as primeiras notas da mão esquerda no contrabaixo, fazendo o pizzicato com a mão direita.
18- A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Exercícios iniciais de fortalecimento dos dedos da mão esquerda:
Este vídeo apresenta alguns exercícios de fortalecimento dos dedos da mão esquerda.
19- A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Mudança de corda na mesma posição, sem arco:
Este vídeo apresenta algumas dicas de como tocar as notas presas da corda sol para a corda ré, numa mesma posição, sem o arco.
20- A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Sobre ombro esquerdo e cotovelos:
Este vídeo apresenta dicas rápidas sobre a postura do ombro esquerdo e dos cotovelos, e como posicioná-los em relação ao contrabaixo e às cordas.
21- A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Alguns Problemas com o braço esquerdo e com a mão esquerda:
Este vídeo apresenta algumas dicas sobre o ombro alto, o braço esquerdo colado ao corpo, o polegar atrasado, o polegar mal posicionado, os dedos chapados, entre outros problemas, com ênfase na identificação, nas consequências e na solução desses problemas.
22- A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Sobre como apertar a crina do arco:
Este vídeo apresenta algumas dicas sobre a tensão necessária entre vareta e a crina, sobre a diferença entre um arco com crina tensa e um arco com crina frouxa, e como procurar uma tensão adequada da crina.
23- A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Pegadas de arco francês:
Este vídeo apresenta as pequenas diferenças de empunhadura do arco francês entre as escolas italiana e francesa do contrabaixo.
24- A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Como segurar o arco (modelo francês):
Este vídeo demonstra como segurar o arco francês, destacando-se a posição dos dedos e alguns exercícios para sentir o peso do arco.
25- A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Como colocar o arco na corda:
Este vídeo demonstra como colocar o arco de contrabaixo na corda, destacando-se a importância do uso do peso do corpo na emissão do som.
26- A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Movimento inicial do arco na corda:
Este vídeo apresenta algumas dicas sobre o movimento inicial do braço direito e da mão direita para movimentar o arco.
27- A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Como manter a forma da mão direita com o arco:
Este vídeo demonstra um exercício básico para manter a forma da mão direita com o arco sem tensionamentos, com o auxílio da mão esquerda.
28- A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Mudança de arco na corda solta:
Este vídeo apresenta algumas dicas sobre o movimento inicial do braço direito e da mão direita para movimentar o arco.
29- A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Cordas soltas intercaladas:
Este vídeo apresenta algumas dicas sobre o movimento do arco ao fazer cordas soltas intercaladas, com ênfase no espaçamento entre as cordas, na forma da mão e no movimento do braço.
30- A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Golpes de arco básicos e articulações básicas:
Este vídeo apresenta dicas sobre o détaché longo, usado em notas separadas (articuladas) e executado com pouquíssima interrupção do som, e sobre o détaché secco, também usado em notas separadas e executado com maior interrupção do som.
31- A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Alguns pontos importantes com relação ao arco:
Este vídeo apresenta algumas dicas sobre a relação entre vareta e a crina, a perpendicularidade do arco em relação à corda, ao espelho e ao cavalete, e o movimento do braço direito e dos dedos na condução do arco.
32- A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Alguns detalhes importantes sobre a condução do arco e a emissão do som:
Este vídeo apresenta algumas dicas sobre a manutenção do peso do corpo na condução do arco e a importância disso para a linearidade do som.
33- A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Pequenos problemas na condução do arco:
Este vídeo apresenta algumas dicas sobre problemas com o ombro, cotovelo e pulso direitos, a serem observados na condução do arco.
34- A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Divisão inicial do arco na corda solta:
Este vídeo apresenta algumas dicas sobre a divisão inicial do arco, com ênfase na linearidade do som.
35- A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Ligadura em cordas soltas:
Este vídeo apresenta algumas dicas sobre o movimento inicial do braço direito e da mão direita para movimentar o arco nas ligaduras, dando ênfase à forma da mão.
36- A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Sobre como juntar a mão esquerda com o arco:
Este vídeo apresenta algumas dicas de como tocar as primeiras notas presas junto com o arco, com ênfase na divisão do arco.
37- A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Mudança de corda numa mesma posição, com arco:
Este vídeo apresenta algumas dicas sobre como mudar de corda e tocar as notas numa mesma posição, com o auxílio do arco, dando ênfase ao sincronismo do movimento e à forma da mão direita.
38- A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Divisão básica do arco usando o arco inteiro e parte dele:
Este vídeo apresenta dicas sobre a divisão do arco, dando ênfase às diferenças de velocidade e de espaço na execução de um mesmo desenho ritmico em corda solta.
39- A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Divisão básica nas três regiões do arco:
Este vídeo apresenta dicas sobre a divisão do arco de um mesmo desenho ritmico (em corda solta) na ponta, no talão e no meio do arco, e este mesmo desenho com algumas variações de velocidade.
40- A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Notas ligadas e articuladas numa mesma posição:
Este vídeo apresenta dicas sobre a execução de notas ligadas e articuladas (não ligadas) numa mesma posição (posição parada), dando ênfase à divisão do arco.
41- A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Aquecimento da mão esquerda:
Este vídeo apresenta um trabalho de aquecimento gradual e em sequência dos dedos da mão esquerda.
42- A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Mudança de Posição Inicial:
Este vídeo apresenta algumas dicas sobre como fazer a mudança de posição e sobre os movimentos básicos da mão esquerda, do braço esquerdo e dos dedos para realizá-la.
43- A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Movimento do cotovelo esquerdo no espelho do contrabaixo:
Este vídeo apresenta algumas dicas sobre o movimento do cotovelo na mudança de posição, nas regiões grave, média e aguda do contrabaixo, e a importância da rotação do cotovelo na região média para a aguda do contrabaixo.
44- A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Movimento do Arco em Duas Notas com Ritmos Diferentes e Regulares:
Este vídeo apresenta algumas dicas sobre algumas formas de executar duas notas com ritmos diferentes, com ênfase nos movimentos necessários para compensar o espaçamento do arco e tornar o movimento regular.
45- A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Papo informal sobre timbre e som:
Neste vídeo, Voila Marques conversa sobre como conseguir um som no contrabaixo que agrade ao próprio contrabaixista.
Índice das "Orientações Contrabaixísticas", com link: CLIQUE AQUI
Última edição por Voila Marques em Seg Jul 29, 2013 10:02 am, editado 5 vez(es)
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Re: Orientação contrabaixística para contrabaixistas (acústico)
A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Partes do contrabaixo e como o som acontece:
<iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/2ZpUvL4SI9U?vq=hd1080" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Sobre ombro esquerdo e cotovelos:
<iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/JkD9LOkzr0o?vq=hd1080" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Pegadas de arco francês:
<iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/kW5khzt3H8I?vq=hd1080" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Boatos e bobagens sobre o contrabaixo:
<iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/IP-Vc8frxAI?vq=hd1080" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Como escolher um arco modelo francês:
<iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/NGl9xyONeWI?vq=hd1080" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Papo informal sobre timbre e som:
<iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/xoH0OrAN0_g?vq=hd1080" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Mudança de posição inicial:
<iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/llHE_UHRjIE?vq=hd1080" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Alguns pontos importantes com relação ao arco:
<iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/CExVSIgV21E?vq=hd1080" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
Índice do "A-B-C-Dicas de Contrabaixo" com links: clique aqui
<iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/2ZpUvL4SI9U?vq=hd1080" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
A-B-C-Dicas de Contrabaixo - Sobre ombro esquerdo e cotovelos:
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Re: Orientação contrabaixística para contrabaixistas (acústico)
muito legal, mestra voila!!
não sou baixista de acústico, mas gosto muito de acompanhar esta sua coluna.
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fheliojr- Membro
- Mensagens : 11950
Localização : Fortaleza-CE
Re: Orientação contrabaixística para contrabaixistas (acústico)
Obrigada, Helinho!fheliojr escreveu:muito legal, mestra voila!!
não sou baixista de acústico, mas gosto muito de acompanhar esta sua coluna.
É um prazer vê-lo por aqui!
Abs cbxtkos procê
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Re: Orientação contrabaixística para contrabaixistas (acústico)
Maravilha de tópico.
Em breve de volta ao mundo vertical e tô matando a saudades aqui!
Acho que vou pegar umas aulinhas via skype logo mais.
Bjs
Em breve de volta ao mundo vertical e tô matando a saudades aqui!
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Fernando Zadá- Moderador
- Mensagens : 14306
Re: Orientação contrabaixística para contrabaixistas (acústico)
Obrigada, Zadá!Fernando Zadá escreveu:Maravilha de tópico.
Em breve de volta ao mundo vertical e tô matando a saudades aqui!
Acho que vou pegar umas aulinhas via skype logo mais.
Bjs
Tô na torcida para que você volte logo a ver o lado vertical da música, hahaha!
Beijocas contrabaixísticas procê
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Re: Orientação contrabaixística para contrabaixistas (acústico)
Eae Galera ,hj eu entrei em um grupo de orquestra,e dentre todos os instrumentos,eu escolhi o Contrabaixo Acústico,e eu não toco e nunca toquei nada na minha vida,não tenho experiência,e hoje pela primeira vez peguei esse contrabaixo e comecei a praticar e o professor começou a me ensinar e tal,gostei muito!Só hoje em 2 Horas de Aula,em termos de notas musicais,tipo dó ré mi ... Foi de boa,achei até fácil,mas ta sendo difícil tipo,aperta a corda,a prática na mão,tipo to muito entrevado,o que vocês me recomendam?Tem algum exercícios caseiros na mão que vocês usam?Pra melhorar,e a mão ficar mais leve e solta,(fico tenso na hora,não consigo relaxar como o professor diz e também dói os dedos kk )Será que é porque é a primeira vez?Com vocês aconteceu isso tbm?Que dica vocês me dão?
H. Romeu Pinto da Silva- Banido
- Mensagens : 1
Localização : Acre
Re: Orientação contrabaixística para contrabaixistas (acústico)
Índice de assuntos com link:
https://www.contrabaixobr.com/t2297p150-orientacao-contrabaixistica-para-contrabaixistas-acustico#532678
Índice dos vídeos do A-B-C-Dicas de Contrabaixo, com links, numeração e "ordem gradativa" de assuntos:
https://www.contrabaixobr.com/t2297p150-orientacao-contrabaixistica-para-contrabaixistas-acustico#551813
https://www.contrabaixobr.com/t2297p150-orientacao-contrabaixistica-para-contrabaixistas-acustico#532678
Índice dos vídeos do A-B-C-Dicas de Contrabaixo, com links, numeração e "ordem gradativa" de assuntos:
https://www.contrabaixobr.com/t2297p150-orientacao-contrabaixistica-para-contrabaixistas-acustico#551813
Re: Orientação contrabaixística para contrabaixistas (acústico)
H. Romeu Pinto da Silva, vc é parente do Dércio Pinto Aquino Rego?
fheliojr- Membro
- Mensagens : 11950
Localização : Fortaleza-CE
Adeusinho contrabaixístico...
O tópico de "Orientação contrabaixística para contrabaixistas (acústico)" teve, ao longo de cinco anos:
113 textos escritos por mim;
45 vídeos do meu projeto "A-B-C-Dicas de Contrabaixo - muitos dos quais foram "privatizados" por mim há poucos meses.
Esse é um material bem abrangente - no qual dediquei muito do meu tempo e da minha experiência-, e que disponibilizei gratuitamente tanto no meu blog (voilamarques.com) quanto aqui no Fórum Contrabaixo BR, com a intenção de ajudar os colegas em seus estudos no contrabaixo acústico.
Como não tem havido postagens "úteis" no tópico há mais de um ano, e como não quero que ele vire alvo de trollagens desnecessárias - em respeito a mim mesma e ao meu trabalho - ele estará trancado a partir de hoje.
Agradeço aos que o leram e aos que ainda o lerão, assim como aos que escreveram nele e aos que não escreverão mais...
Abraços contrabaixísticos,
Voila
Índice de assuntos do "Orientação contrabaixística", com link:
https://www.contrabaixobr.com/t2297p150-orientacao-contrabaixistica-para-contrabaixistas-acustico#532678
Índice dos vídeos do "A-B-C-Dicas de Contrabaixo", com links, numeração e "ordem gradativa" de assuntos:
https://www.contrabaixobr.com/t2297p150-orientacao-contrabaixistica-para-contrabaixistas-acustico#551813
113 textos escritos por mim;
45 vídeos do meu projeto "A-B-C-Dicas de Contrabaixo - muitos dos quais foram "privatizados" por mim há poucos meses.
Esse é um material bem abrangente - no qual dediquei muito do meu tempo e da minha experiência-, e que disponibilizei gratuitamente tanto no meu blog (voilamarques.com) quanto aqui no Fórum Contrabaixo BR, com a intenção de ajudar os colegas em seus estudos no contrabaixo acústico.
Como não tem havido postagens "úteis" no tópico há mais de um ano, e como não quero que ele vire alvo de trollagens desnecessárias - em respeito a mim mesma e ao meu trabalho - ele estará trancado a partir de hoje.
Agradeço aos que o leram e aos que ainda o lerão, assim como aos que escreveram nele e aos que não escreverão mais...
Abraços contrabaixísticos,
Voila
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