"Baixistas.Blogspot" reproduzindo o velho mito do "o Baixo é mais fácil".
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Re: "Baixistas.Blogspot" reproduzindo o velho mito do "o Baixo é mais fácil".
TODOS os instrumentos musicais dos quais me lembro agora, me atraem.
Meu primeiro instrumento foi a corneta na banda marcial da escola, aos 12 anos. Tocávamos um monte de coisas.
Creiam... Poucas coisas são mais enlouquecedoras que uma corneta mal tocada...
Meu primeiro instrumento foi a corneta na banda marcial da escola, aos 12 anos. Tocávamos um monte de coisas.
Creiam... Poucas coisas são mais enlouquecedoras que uma corneta mal tocada...
Rico- Eterno Colaborador
- Mensagens : 4894
Localização : Rio de Janeiro
Re: "Baixistas.Blogspot" reproduzindo o velho mito do "o Baixo é mais fácil".
E digo mais, até no rock já apareceu berimbau.
deixados- Membro
- Mensagens : 306
Localização : Sao Paulo
Re: "Baixistas.Blogspot" reproduzindo o velho mito do "o Baixo é mais fácil".
rgustavo32 escreveu:Com todas essas técnicas que o allexcosta citou? nem de Lonte.
Isso que eu citei é o básico do berimbau. Sem isso nem sai som...
allexcosta- Administrador
- Mensagens : 54835
Localização : Terra
Re: "Baixistas.Blogspot" reproduzindo o velho mito do "o Baixo é mais fácil".
Tem o trem ainda de saber aonde posicionar a cabaça...
Se tem pessoas jogando capoeira e um cara tocando berimbau eu paro para ouvir e ver. Esse cara tem meu respeito, muito porque eu mesmo não consigo tocar berimbau... segurar com o dedinho me dá uma agonia tremenda, aflição.
Instrumentos de matizes claramente africanas sofrem preconceito desde sempre sei lá o porquê.
Se tem pessoas jogando capoeira e um cara tocando berimbau eu paro para ouvir e ver. Esse cara tem meu respeito, muito porque eu mesmo não consigo tocar berimbau... segurar com o dedinho me dá uma agonia tremenda, aflição.
Instrumentos de matizes claramente africanas sofrem preconceito desde sempre sei lá o porquê.
Re: "Baixistas.Blogspot" reproduzindo o velho mito do "o Baixo é mais fácil".
Vi um vídeo no YT de um garoto tocando baixo... um tal de Pipoquinha, senhor amado!
Se leva anos pra tocar bem o baixo, esse menino nunca brincou na rua em toda a sua vida.
Se leva anos pra tocar bem o baixo, esse menino nunca brincou na rua em toda a sua vida.
deixados- Membro
- Mensagens : 306
Localização : Sao Paulo
Re: "Baixistas.Blogspot" reproduzindo o velho mito do "o Baixo é mais fácil".
deixados escreveu:Vi um vídeo no YT de um garoto tocando baixo... um tal de Pipoquinha, senhor amado!
Se leva anos pra tocar bem o baixo, esse menino nunca brincou na rua em toda a sua vida.
Talento te dá os atalhos. E ele é filho de músico...
Não que não tenha se esforçado e investido horas e mais horas no instrumento, mas as mesmas horas investidas por uma pessoa normal não teriam o mesmo resultado.
allexcosta- Administrador
- Mensagens : 54835
Localização : Terra
Re: "Baixistas.Blogspot" reproduzindo o velho mito do "o Baixo é mais fácil".
Em países asiáticos é mais comum se ver crianças prodígio. Muito pelo aspecto cultural que deve ser levado em consideração, em alguns desses países eles possuem aula de algum instrumento na escola... desde cedo. Fora a disciplina asiática e mais precisamente japonesa, aqueles caras são metódicos ao extremo (eu tenho descendência meio longinqua mas tenho) e de uma disciplina ímpar.
Lá a taxa de suicídio entre jovens é alta, muitas vezes por não corresponderem as expectativas (sempre altas) dos familiares em relação aos seus estudos (de qualquer coisa).
Pelo menos aqui no interior de SP as bandinhas de música de escolas públicas, bandas municipais etc são uma comédia.
Na minha cidade as aulas pararam, os instrumentos que tem e não tem pra todo mundo são antigos, Weril ruins etc. Depende do poder público injetar grana pra que a banda municipal continue, como o executivo não tem dinheiro pra dar seguimento a banda ela acaba largada, renegada, jogada às traças com os instrumentos que já não são bons jogados.
Na cidade um pouco maior ao lado tem um projeto da fundação municipal de cultura. É um pouco menos zoado mas também não vai ter trompete pra todo mundo por ex, as aulas são de graça mas não são exclusivas... são em grupo. As vezes o cara vai tocar um instrumento de sopro que não era bem aquele que ele sonhava, vai demorar a evoluir porque não tem a dedicação exclusiva do professor com o aluno.
Fora que o pessoal pobre que vai fazer aula só tem contato com o instrumento no local, conheço uma empacotadora de um supermercado daqui (que faz aula nessa fundação) que já fez umas 3 rifas pra comprar um Sax. Segundo ela diz está próxima de conseguir o Yamaha que ela sonha...
Se o cara quer aprender mesmo, ele tem que se matricular numa escola de música particular e ter o instrumento em casa...
Lá a taxa de suicídio entre jovens é alta, muitas vezes por não corresponderem as expectativas (sempre altas) dos familiares em relação aos seus estudos (de qualquer coisa).
Pelo menos aqui no interior de SP as bandinhas de música de escolas públicas, bandas municipais etc são uma comédia.
Na minha cidade as aulas pararam, os instrumentos que tem e não tem pra todo mundo são antigos, Weril ruins etc. Depende do poder público injetar grana pra que a banda municipal continue, como o executivo não tem dinheiro pra dar seguimento a banda ela acaba largada, renegada, jogada às traças com os instrumentos que já não são bons jogados.
Na cidade um pouco maior ao lado tem um projeto da fundação municipal de cultura. É um pouco menos zoado mas também não vai ter trompete pra todo mundo por ex, as aulas são de graça mas não são exclusivas... são em grupo. As vezes o cara vai tocar um instrumento de sopro que não era bem aquele que ele sonhava, vai demorar a evoluir porque não tem a dedicação exclusiva do professor com o aluno.
Fora que o pessoal pobre que vai fazer aula só tem contato com o instrumento no local, conheço uma empacotadora de um supermercado daqui (que faz aula nessa fundação) que já fez umas 3 rifas pra comprar um Sax. Segundo ela diz está próxima de conseguir o Yamaha que ela sonha...
Se o cara quer aprender mesmo, ele tem que se matricular numa escola de música particular e ter o instrumento em casa...
Re: "Baixistas.Blogspot" reproduzindo o velho mito do "o Baixo é mais fácil".
^^
Na verdade infelizmente no nosso país é raro um incentivo a arte de qualquer aspecto, e a música se inclui.
Eu fui bolsista na fundação das artes em São Caetano do Sul, e quando a bolsa acabou tive que parar os estudos de violino e violão clássico, aos 16 anos. O Governo simplesmente barrou o projeto e pronto.
Meus pais não tinham condições de arcar com a mensalidade na época, e eu já trabalhava fora pra ajudar em casa...
Então fica difícil fazer essa comparação. O que o allexcosta disse é verdade. Não significa que não tenha se empenhado, mas que faz diferença ser filhos de músicos sim. Eu mesmo quando tiver um filho, se notar que ele tem vocação pra música, vou incentivar e se tiver talento, esses atalhos (tanto por talento quanto por dicas que eu ainda possa ajudar) vão dar um resultado diferente.
Na verdade infelizmente no nosso país é raro um incentivo a arte de qualquer aspecto, e a música se inclui.
Eu fui bolsista na fundação das artes em São Caetano do Sul, e quando a bolsa acabou tive que parar os estudos de violino e violão clássico, aos 16 anos. O Governo simplesmente barrou o projeto e pronto.
Meus pais não tinham condições de arcar com a mensalidade na época, e eu já trabalhava fora pra ajudar em casa...
Então fica difícil fazer essa comparação. O que o allexcosta disse é verdade. Não significa que não tenha se empenhado, mas que faz diferença ser filhos de músicos sim. Eu mesmo quando tiver um filho, se notar que ele tem vocação pra música, vou incentivar e se tiver talento, esses atalhos (tanto por talento quanto por dicas que eu ainda possa ajudar) vão dar um resultado diferente.
rgustavo32- Membro
- Mensagens : 31
Localização : Mauá SP
bodhan- Membro
- Mensagens : 1991
Localização : sp-sp
Re: "Baixistas.Blogspot" reproduzindo o velho mito do "o Baixo é mais fácil".
No meu caso (isolado eu acho) sou filho de músico, com tia que também é. Nem eu nem meu primo recebemos qualquer auxílio pra começar a tocar.
Nunca incentivaram, na real eles tinham era medo que fôssemos pro lado da música e sofressemos como eles.
Tive uma infância humilde, o sustento vinha dos festivais que meu pai e minha tia ganhavam. Às vezes eles tinham que ir até Minas participar, fazer performance, driblar instrumentos ridículos para tal.
Fora que existia a obrigação de ganhar um prêmio. Mas esse não é o pior momento que meu pai cita,
ele diz que tocar uma música que ele compôs com verdade era mais prazeroso e melhor que tocar em qualquer barzinho as mesmas músicas todo fds pros mesmos caras bêbados até as 5 da manhã. E ele fez muito isso também.
Quando encuquei que queria tocar trompete com 12/13 anos (por causa de Ska) meu pai só falou, acho melhor você começar num instrumento de cordas. Eu escolhi o baixo sei lá porquê, no fundo ele me escolheu.
Vendi um vídeo game que eu tinha e comprei um Condor JB na época. Ele só foi junto pra eu não cair em cilada...
Saímos de lá e ele tinha a sensação que o baixo ia ficar jogado...
Cá estou uns 14 anos depois.
Meu primo foi a mesma coisa, ele ficou vidrado em Blues... comprou uma gaita em G e foi ler fóruns, aprendeu por fóruns.
O mais engraçado: minha tia toca flauta transversal, violão, pouco de clarinete e canta. Meu primo gaita.
Meu pai toca de tudo um pouco, de violino a teclado mas é das cordas. Eu também, tenho um trompete hoje em dia mas não dou uma nota dentro.
O máximo que nós tínhamos na infância era um cavaco giannini e um bandolim tonante que eles deixavam a gente bater nas cordas. Tenho vídeos e fotografias desses momentos. Além de um ou outro brinquedinho que emitia som.
No meu caso e do meu primo (que são isolados), ser filhos de músicos não ajudou em nada no começo, pelo contrário. Meu pai não gostava de nada que não fosse regional, MPB e música de festival. O resto pra ele naquela época era lixo. Hoje não mas na época ele pensava assim.
Então ele criticava qualquer música que fosse, isso não é fácil de conviver, parece um músico que não gosta de música. Acho que por conta disso eu cresci tão eclético, minha mãe ouvia músicas dos anos 80 então imagina a treta que não dava.
Ele até tentou me ensinar violão quando criança porque eu fiquei pedindo mas não foi pra frente. Fora que ele me deu um pau com cordas pra tocar, um Giannini estudante, empenado, sem tensor, com as cordas altas e braço gordo que ele ganhou num festival. Isso aí é um terror pra qualquer um, imagina pra uma criança de uns 6 anos...
Enfim nessa longa história tudo isso me moldou, a escolha pelo contrabaixo pode ter sido pela minha péssima experiência na infância com um violão.
Como dizem aqui, comecei a achar aquilo coisa de jacú. Fui pro baixo. Hoje toco violão e tal, sem traumas mas meu primeiro instrumento é o contrabaixo, sempre foi e sempre será.
Nunca incentivaram, na real eles tinham era medo que fôssemos pro lado da música e sofressemos como eles.
Tive uma infância humilde, o sustento vinha dos festivais que meu pai e minha tia ganhavam. Às vezes eles tinham que ir até Minas participar, fazer performance, driblar instrumentos ridículos para tal.
Fora que existia a obrigação de ganhar um prêmio. Mas esse não é o pior momento que meu pai cita,
ele diz que tocar uma música que ele compôs com verdade era mais prazeroso e melhor que tocar em qualquer barzinho as mesmas músicas todo fds pros mesmos caras bêbados até as 5 da manhã. E ele fez muito isso também.
Quando encuquei que queria tocar trompete com 12/13 anos (por causa de Ska) meu pai só falou, acho melhor você começar num instrumento de cordas. Eu escolhi o baixo sei lá porquê, no fundo ele me escolheu.
Vendi um vídeo game que eu tinha e comprei um Condor JB na época. Ele só foi junto pra eu não cair em cilada...
Saímos de lá e ele tinha a sensação que o baixo ia ficar jogado...
Cá estou uns 14 anos depois.
Meu primo foi a mesma coisa, ele ficou vidrado em Blues... comprou uma gaita em G e foi ler fóruns, aprendeu por fóruns.
O mais engraçado: minha tia toca flauta transversal, violão, pouco de clarinete e canta. Meu primo gaita.
Meu pai toca de tudo um pouco, de violino a teclado mas é das cordas. Eu também, tenho um trompete hoje em dia mas não dou uma nota dentro.
O máximo que nós tínhamos na infância era um cavaco giannini e um bandolim tonante que eles deixavam a gente bater nas cordas. Tenho vídeos e fotografias desses momentos. Além de um ou outro brinquedinho que emitia som.
No meu caso e do meu primo (que são isolados), ser filhos de músicos não ajudou em nada no começo, pelo contrário. Meu pai não gostava de nada que não fosse regional, MPB e música de festival. O resto pra ele naquela época era lixo. Hoje não mas na época ele pensava assim.
Então ele criticava qualquer música que fosse, isso não é fácil de conviver, parece um músico que não gosta de música. Acho que por conta disso eu cresci tão eclético, minha mãe ouvia músicas dos anos 80 então imagina a treta que não dava.
Ele até tentou me ensinar violão quando criança porque eu fiquei pedindo mas não foi pra frente. Fora que ele me deu um pau com cordas pra tocar, um Giannini estudante, empenado, sem tensor, com as cordas altas e braço gordo que ele ganhou num festival. Isso aí é um terror pra qualquer um, imagina pra uma criança de uns 6 anos...
Enfim nessa longa história tudo isso me moldou, a escolha pelo contrabaixo pode ter sido pela minha péssima experiência na infância com um violão.
Como dizem aqui, comecei a achar aquilo coisa de jacú. Fui pro baixo. Hoje toco violão e tal, sem traumas mas meu primeiro instrumento é o contrabaixo, sempre foi e sempre será.
Re: "Baixistas.Blogspot" reproduzindo o velho mito do "o Baixo é mais fácil".
^^
E como você se comportaria se um filho seu se interessasse por música?
E como você se comportaria se um filho seu se interessasse por música?
rgustavo32- Membro
- Mensagens : 31
Localização : Mauá SP
Re: "Baixistas.Blogspot" reproduzindo o velho mito do "o Baixo é mais fácil".
^ Apoiaria irrestritamente, eu cursei Ciências Sociais... em sociais nós costumamos falar em "Capital Humano".
Capital Humano pode ser revertido em forma de empregos melhores, salários melhores mas não necessariamente. É um investimento que você faz em valorização pessoal. Nessa condição nós temos que um jovem de classe alta tem mais chances e oportunidades que um jovem de classe média-baixa pois desde a infância o jovem de classe alta tem investimentos em Capital Humano. Seja em escolas melhores particulares, cursos livres de teatro, dança, música etc. Isso um dia vai se reverter (provavelmente) em melhores salários e empregos, qualidade de vida no final.
Música hoje em dia é um pouco disso. É investimento em Capital Humano, geralmente ela acaba não dando oportunidades maiores ou empregos melhores mas é um diferencial em diversas coisas. Se eu sair com um violão na praça da matriz da minha cidade e convidar transeuntes para tocá-lo, muito pouca gente vai saber pegar nele, em menor quantidade ainda vão saber D-C-G e em menor quantidade ainda vão tocar alguma coisa.
A Música na maioria das vezes só leva nosso dinheiro embora mas ela de certa forma faz que a nossa vida não seja uma tremenda besteira (parafraseando Nietzsche)
Já existem empresas hoje que consideram no currículo um ponto diferencial se o cara fala que toca violão, bateria, baixo, cavaco sei lá o que. Sério, tem gente que adiciona o instrumento que toca no currículo e as empresas gostam... tem-se a impressão que músico é zem, um cara antenado (jovem) e que está aberto a fazer coisas novas. (É um esteriótipo ao bem da verdade, tem músico ranzinza pra caramba aí )
Então no caso hipotético do meu filho (a) eu diria: "Vai fundo! super apoio, isso que você quer tocar é assim ou assado. Não pense nisso como profissão a não ser que você realmente queira isso pra sua vida mas veja como pode acrescentar coisas novas. Vai te dar boas horas de estudo, provavelmente você gaste mais grana que jamais vai recuperar com música mas você será no final, uma pessoa melhor"
Basicamente é isso, estudar música como hobby, profissão ou qualquer coisa te abre um leque, uma visão de mundo, uma garimpagem de sons lá da cracóvia ou sei lá onde. Te faz conhecer Krzysztof Komeda, que vai te fazer assistir Polanski no seu auge como diretor.
Além de que você não vai ser um analfabeto musical... já ouvi de muita gente "se não tá no top da billboard não presta", "se está tocando direto na rádio é porque é bom".
E sabe da maior a moça ou moço que tocar um instrumento vai encantar qualquer pretendente que aparecer, é um plus, um investimento como eu disse em Capital Humano no final. Pode trazer dinheiro, ou como na maioria dos casos não (te faz é torrar tudo) só que sua vida não vai mais ser a mesma (a abertura pra outras artes é enorme), sua estadia na terra será diferente, sua personalidade será diferente. A gente só tem uns 70 anos pra aprender uma ou outra coisa nesse milhão de possibilidades então pegar um contrabaixo e ir pra guerra é um ato de coragem (ainda mais que pode NÃO RENDER NADA e hoje só se faz coisas que deem rendimentos).
Tocar um instrumento é como aquela música dos Novos Baianos "Eu só to beijando o rosto de quem dá valor, pra quem vale mais o gosto do o que cem mil réis".
Capital Humano pode ser revertido em forma de empregos melhores, salários melhores mas não necessariamente. É um investimento que você faz em valorização pessoal. Nessa condição nós temos que um jovem de classe alta tem mais chances e oportunidades que um jovem de classe média-baixa pois desde a infância o jovem de classe alta tem investimentos em Capital Humano. Seja em escolas melhores particulares, cursos livres de teatro, dança, música etc. Isso um dia vai se reverter (provavelmente) em melhores salários e empregos, qualidade de vida no final.
Música hoje em dia é um pouco disso. É investimento em Capital Humano, geralmente ela acaba não dando oportunidades maiores ou empregos melhores mas é um diferencial em diversas coisas. Se eu sair com um violão na praça da matriz da minha cidade e convidar transeuntes para tocá-lo, muito pouca gente vai saber pegar nele, em menor quantidade ainda vão saber D-C-G e em menor quantidade ainda vão tocar alguma coisa.
A Música na maioria das vezes só leva nosso dinheiro embora mas ela de certa forma faz que a nossa vida não seja uma tremenda besteira (parafraseando Nietzsche)
Já existem empresas hoje que consideram no currículo um ponto diferencial se o cara fala que toca violão, bateria, baixo, cavaco sei lá o que. Sério, tem gente que adiciona o instrumento que toca no currículo e as empresas gostam... tem-se a impressão que músico é zem, um cara antenado (jovem) e que está aberto a fazer coisas novas. (É um esteriótipo ao bem da verdade, tem músico ranzinza pra caramba aí )
Então no caso hipotético do meu filho (a) eu diria: "Vai fundo! super apoio, isso que você quer tocar é assim ou assado. Não pense nisso como profissão a não ser que você realmente queira isso pra sua vida mas veja como pode acrescentar coisas novas. Vai te dar boas horas de estudo, provavelmente você gaste mais grana que jamais vai recuperar com música mas você será no final, uma pessoa melhor"
Basicamente é isso, estudar música como hobby, profissão ou qualquer coisa te abre um leque, uma visão de mundo, uma garimpagem de sons lá da cracóvia ou sei lá onde. Te faz conhecer Krzysztof Komeda, que vai te fazer assistir Polanski no seu auge como diretor.
Além de que você não vai ser um analfabeto musical... já ouvi de muita gente "se não tá no top da billboard não presta", "se está tocando direto na rádio é porque é bom".
E sabe da maior a moça ou moço que tocar um instrumento vai encantar qualquer pretendente que aparecer, é um plus, um investimento como eu disse em Capital Humano no final. Pode trazer dinheiro, ou como na maioria dos casos não (te faz é torrar tudo) só que sua vida não vai mais ser a mesma (a abertura pra outras artes é enorme), sua estadia na terra será diferente, sua personalidade será diferente. A gente só tem uns 70 anos pra aprender uma ou outra coisa nesse milhão de possibilidades então pegar um contrabaixo e ir pra guerra é um ato de coragem (ainda mais que pode NÃO RENDER NADA e hoje só se faz coisas que deem rendimentos).
Tocar um instrumento é como aquela música dos Novos Baianos "Eu só to beijando o rosto de quem dá valor, pra quem vale mais o gosto do o que cem mil réis".
Re: "Baixistas.Blogspot" reproduzindo o velho mito do "o Baixo é mais fácil".
Eu só sei é que depois que cliquei no link que o Tio postou faz uma hora e 40 minutos que eu tô ouvindo George Benson.
Renato Aversari- Membro
- Mensagens : 378
Localização : João Pessoa - PB
Re: "Baixistas.Blogspot" reproduzindo o velho mito do "o Baixo é mais fácil".
Renato Aversari escreveu:Eu só sei é que depois que cliquei no link que o Tio postou faz uma hora e 40 minutos que eu tô ouvindo George Benson.
allexcosta- Administrador
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Localização : Terra
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